Depois de revolucionar o conceito de Dark Souls ao transformá-lo em um mundo aberto, Elden Ring rapidamente ganhou reputação como a obra-prima da FromSoftware. Esse jogo não apenas redefiniu o gênero, mas também se tornou um ícone entre os melhores jogos de todos os tempos.
A nova expansão, Shadow of the Erdtree, é uma continuação magistral dessa jornada épica. FromSoftware elevou a barra, oferecendo um DLC que se assemelha a um “álbum de grandes sucessos”, com pântanos venenosos, vistas de tirar o fôlego e desafios inspirados em seus títulos anteriores. Para alguém que explorou cada canto de Elden Ring várias vezes, incluindo finais como Elden Lord, Ranni e Frenzied Flame, minha curiosidade sobre o que mais a FromSoftware poderia trazer em Shadow of the Erdtree era imensa. E, após mais de 60 horas jogando essa expansão, posso dizer que a espera valeu a pena.
A expansão Shadow of the Erdtree foi lançada dois anos e meio após Elden Ring, em 2022. Para acessar o novo conteúdo, os jogadores devem derrotar Mohg, Lord of Blood, um chefe escondido nas profundezas do jogo, exigindo um bom nível de habilidade. Novatos no jogo não poderão mergulhar no DLC imediatamente. Derrotando Mohg, os jogadores interagem com o “Braço Withered” para serem transportados para o Reino das Sombras, uma área totalmente nova e isolada do mapa principal. O nível recomendado para enfrentar esses novos desafios é 150+, garantindo uma experiência intensa e recompensadora.
História
Desde seu lançamento, Elden Ring tem fascinado jogadores com seu vasto mundo aberto e intrincadas histórias. Um dos maiores mistérios sempre foi Miquella, uma figura envolta em segredo, especialmente para aqueles que se aprofundaram nos conteúdos cortados do jogo. Malenia, a mística e temida guerreira, e os horrores de um braço gigante caindo inerte de um ovo apenas aumentaram a curiosidade sobre este deus gêmeo.
Com a expansão Shadow of the Erdtree, os jogadores finalmente têm a chance de explorar esse mistério. Ao tocar a mão murcha na arena do Senhor do Sangue, você é transportado para o Reino das Sombras, um reino oculto fora do tempo e do espaço convencionais.
Você não está sozinho nesta jornada. Juntam-se a você sete discípulos, todos em busca de Miquella e ansiosos para desvendar os segredos escondidos sob o baldaquino desta terra secreta.
Ao entrar no Reino das Sombras, você percebe imediatamente a profundidade e complexidade dos personagens. Miquella, a divindade desaparecida, é o foco central, com um destino que pode alterar o equilíbrio do mundo. Guiado pelo Cavaleiro da Agulha Leda e apoiado por uma variedade de aliados, The Tarnished se aventura em um território marcado por um antigo conflito entre a Ordem Dourada e os habitantes sombrios do reino. Esta jornada promete ser um verdadeiro teste de habilidade e coragem.
No Reino das Sombras, novos personagens com histórias ricas o recebem. Os seguidores de Miquella formam um grupo diversificado, unidos por um encantamento de amizade lançado pelo próprio Miquella. Esse feitiço garante cooperação e lealdade, oferecendo aos jogadores suporte e informações vitais. Cada seguidor tem um papel crucial, muitas vezes entrelaçado com a missão principal.
A devoção do Cavaleiro da Agulha Leda a Miquella impulsiona a narrativa e oferece orientação em batalhas importantes. Redmane Freyja, um ex-soldado leal ao General Radahn, contribui com apoio no combate e uma perspectiva única sobre os conflitos internos do reino, enriquecendo ainda mais a trama.
Assim, Shadow of the Erdtree não só expande o universo de Elden Ring, mas também aprofunda o mistério em torno de Miquella, proporcionando uma experiência de jogo ainda mais envolvente e desafiadora.
Campanha
A narrativa de Shadow of the Erdtree é tão envolvente e complexa quanto a do jogo principal. Rica em tradição, mistério e histórias entrelaçadas, a expansão apresenta novos personagens profundamente desenvolvidos, cada um com suas próprias histórias de fundo, motivações e missões que acrescentam camadas à jornada geral. Ela habilmente expande a já intricada tapeçaria das Terras Intermediárias, oferecendo uma continuação perfeita para o universo de Elden Ring.
Cada personagem possui objetivos, crenças e histórias de fundo que frequentemente se conectam com as narrativas mais amplas do Reino das Sombras e das Terras Intermédias, incentivando os jogadores a explorar cada canto deste novo mundo em busca das rachaduras que logo serão reveladas.
Atualmente, consideramos a natureza enigmática das narrativas Soulsborne como algo garantido, mas é importante reiterar ocasionalmente por que a abordagem icônica de Miyazaki continua eficaz em Shadow of the Erdtree: em primeiro lugar, há sempre uma ênfase em diminuir a importância do protagonista. Ninguém lhe dá muitas respostas porque, canonicamente, você não é crucial, o que contextualiza a luta à frente: você é basicamente um coadjuvante tentando se destacar como personagem principal. Em segundo lugar, a história ainda pode ser desvendada por aqueles dispostos a investigar, transformando a narrativa em um jogo por si só. Mesmo sem o contexto adequado, o objetivo é simples e claro: encontrar Miquella. Se um grande monstro com uma trilha sonora orquestral e uma introdução enigmática bloqueia seu caminho, então você está no caminho certo.
Fiquei gratificado ao ver a história se desdobrar ao longo do tempo, conforme eu lia as descrições dos itens e considerava o contexto das conversas dos personagens. O ressentimento de Messmer se torna evidente, e as ambições de Miquella são reveladas. Isso não significa que seja uma jornada simples, mas essa é a terceira razão pela qual essa estrutura funciona tão bem: a FromSoftware não economizou na narrativa, mas a dispersou pelo mundo para que os jogadores descubram histórias interconectadas, grandes e pequenas. Vinte anos depois, ainda é fascinante quando bem executado, especialmente contrastado com os muitos imitadores que falharam em replicar esse modelo.
Gameplay
Os inimigos encontrados no Reino das Sombras são notavelmente mais poderosos, exigindo habilidades aprimoradas e equipamentos melhores para serem enfrentados com sucesso. Essa escalada na dificuldade não apenas acrescenta um elemento de desafio estratégico, mas também enriquece a imersão na história, garantindo que a progressão para o novo conteúdo seja significativa e gratificante para os jogadores.
Shadow of the Erdtree apresenta um sistema de progressão único, exclusivo para o Reino das Sombras. Ao explorar esta expansão, os jogadores encontram Fragmentos de Umbrárvore que, quando ativados em altares específicos, aumentam tanto o dano causado quanto a resistência do personagem. Mesmo tendo alcançado o nível 160 no final do jogo base, experimentei uma sensação contínua de crescimento, algo que muitas vezes se estagna nos jogos do tipo soulslike, especialmente ao iniciar suas expansões. Conforme descobria o mapa, pude sentir meu personagem se fortalecendo, sofrendo menos danos e infligindo golpes consideravelmente mais poderosos.
Um dos recursos distintivos da expansão são dois sistemas de progressão de personagem exclusivos do Reino das Sombras: as Bênçãos de Umbrárvore e as Bênçãos de Cinzas Espirituais Reverenciadas. As Bênçãos de Umbrárvore melhoram a capacidade de sobrevivência e a força do jogador, enquanto as Bênçãos de Cinzas Espirituais Reverenciadas fortalecem os aliados espirituais. É crucial adquirir essas bênçãos o mais cedo possível para progredir eficazmente nesta zona desafiadora. Importante notar que esses buffs são aplicados apenas no Reino das Sombras e não afetam o jogo principal. Após completar Shadow of the Erdtree, alguns podem considerar esses sistemas menos relevantes, mas eles são uma excelente maneira de manter o equilíbrio dentro do jogo.
Essas Bênçãos do Reino das Sombras ajudam a equilibrar a dificuldade da expansão sem afetar drasticamente o jogo base de Elden Ring, e sua implementação é cuidadosamente projetada. Em essência, os fragmentos de Umbrárvore e as cinzas reverenciadas fortalecem tanto o jogador quanto as invocações de Cinzas Espirituais, mas exclusivamente enquanto estão no Reino das Sombras. Ao retornar rapidamente às Terras Intermédias, esses bônus não permanecem ativos, seguindo um paralelo ao sistema de progressão dos frascos de lágrimas sagradas/sementes douradas de Elden Ring, onde os jogadores recebem melhorias temporárias à medida que avançam no jogo, sem alterações permanentes significativas.
Mesmo os jogadores mais experientes de Souls podem enfrentar dificuldades se não prestarem atenção nesta nova mecânica, sendo quase obrigatório coletar o máximo de fragmentos possível em suas viagens para enfrentar os chefes subsequentes.
A expansão começa sem cerimônia, lançando você em planícies onduladas com múltiplos caminhos para explorar e encontros ocasionais com chefes que bloqueiam seu progresso como obstáculos intransponíveis. Explore o suficiente em qualquer direção e você inevitavelmente encontrará áreas de horrores — seja um castelo, uma vila, uma dungeon ou até mesmo um pântano venenoso. Em um caso particular, o pântano se estende por vários andares de uma estrutura quadrada de pedra, evocando a sensação de um bloco de apartamentos envenenado.
A não linearidade é crucial aqui; às vezes é propositalmente desafiador saber para onde seguir em seguida, explorando desfiladeiros e adentrando catedrais empoeiradas na esperança de encontrar um enredo esperando dentro delas. Embora Erdtree seja uma expansão ampla com pelo menos seis ou sete áreas principais para explorar, apenas metade delas pode ser considerada essencial. No entanto, a necessidade de coletar os novos “Fragmentos de Umbrárvore” para fortalecer seu personagem faz com que até as áreas opcionais se tornem essenciais de uma maneira técnica. Quando um monstro colossal com um capacete instável avança furiosamente contra você, você certamente ficará grato por ter explorado as áreas secundárias em busca de buffs e equipamentos adicionais.
A expansão traz uma vasta quantidade de novas armas, Cinzas Espirituais, Cinzas da Guerra, feitiços e trajes para descobrir, incluindo meu novo acessório de cabeça favorito, que foi obtido derrotando um dos primeiros chefes de Shadow of the Erdtree. Há uma variedade impressionante de novos inimigos para enfrentar, uma diversidade de batalhas contra chefes para localizar e superar, além de alguns dos cenários mais deslumbrantes já criados pela FromSoftware.
A exploração agora se beneficia de uma ampla gama de novos equipamentos, feitiços e habilidades, proporcionando não apenas maior versatilidade tática, mas também uma personalização expandida. Destacam-se entre essas novidades as Garras da Besta e as espadas de mão invertida, que se destacam por seus ataques agressivos e exagerados, especialmente desenhados para estratégias baseadas em destreza. As Grandes Katanas oferecem uma combinação única da rápida sutileza característica da katana com um poder aumentado, complementado por efeitos de sangramento que atraem construções focadas em força e qualidade. Por outro lado, as espadas grandes leves colocam ênfase na agilidade e velocidade, sem comprometer o alcance, oferecendo uma alternativa distinta às armas mais pesadas disponíveis.
Essas adições não só enriquecem as possibilidades de combate, mas também diversificam significativamente as estratégias adotadas pelos exploradores, antes dominadas pelas tradicionais Poleblades de Eleonora.
Além das opções já mencionadas, há outras inovações criativas que estão moldando o panorama do combate. Artes corpo a corpo focadas em combos e chutes não apenas desafiam os jogadores a demonstrar habilidades de alto nível, mas também atraem aqueles que procuram emular o estilo dos monges nas batalhas. Para quem prefere manter distância, as armas de arremesso e os frascos de perfume oferecem uma versatilidade incomparável, capaz de aplicar efeitos de status a longo alcance.
Os escudos de impulso são um exemplo perfeito de como defesa e ataque podem ser equilibrados de maneira inovadora. Combinando a capacidade defensiva tradicional com ataques de impulso ofensivos, eles transformam o campo de batalha, proporcionando novas estratégias tanto para defensores quanto para aqueles que preferem um estilo mais agressivo.
Essas novas armas e habilidades não apenas diversificam as estratégias de combate, mas também atendem às preferências estéticas dos jogadores, garantindo que cada explorador possa personalizar sua experiência de jogo de acordo com seu estilo único. Se você é um estrategista ávido por otimizar construções ou simplesmente um entusiasta da moda virtual, há uma infinidade de equipamentos poderosos e divertidos esperando para serem explorados.
Novo Mapa, Melhor Level Design
Desde o início, o tamanho do mapa foi um dos aspectos mais fascinantes para mim ao entrar no DLC. Eu me perguntava se Shadow of the Erdtree seguiria os passos do jogo base, expandindo ainda mais a escala das expansões anteriores.
Antes do lançamento, uma das maiores sugestões era que o Reino das Sombras seria “aproximadamente do tamanho de Limgrave”. No entanto, essa afirmação se mostrou bastante modesta! É difícil ter uma noção precisa da escala ao alternar entre os dois mapas, mas com base na minha experiência pessoal, eu diria que o Reino das Sombras é facilmente metade do tamanho do mapa base, se não maior.
O que torna isso ainda mais impressionante é que grande parte dessa expansão não está apenas visível no caminho principal. Muito do seu conteúdo está indiscutivelmente “escondido” em áreas opcionais. Não estou falando apenas de locais que podem ser facilmente ignorados, mas de seções inteiras do mapa que requerem descobertas como paredes ilusórias, dungeons intricadas e dispositivos engenhosos para serem acessadas.
Explorar Shadow of the Erdtree revelou-se uma experiência de descoberta contínua, onde cada canto do mapa ocultava segredos e desafios. Entre os cinco novos fragmentos de mapa do DLC, um se destacava pela dificuldade de acesso, exigindo uma rota longa e facilmente perdida. A intricada concepção desse caminho, tão característica da FromSoftware, não apenas desafia visualmente, mas também narra uma história oculta aos olhos desatentos.
Lembro-me vividamente da busca exaustiva por um gesto específico que desbloquearia uma área escondida. Horas foram dedicadas a explorar cada detalhe do mapa, tentando decifrar o segredo que abriria novas possibilidades. Cada gesto ou movimento errado poderia significar perder uma oportunidade crucial de descoberta.
Minha jornada foi marcada por uma constante paralisia de escolha, onde novas rotas se abriam continuamente, desviando-me dos planos originais que havia traçado. A habilidade de navegação se tornou essencial, com os marcadores de mapa se transformando em guias confiáveis através desse labirinto de alternativas e desafios.
Assim, cada passo em Shadow of the Erdtree não apenas desafiou minhas habilidades de jogo, mas também redefiniu minha experiência de explorar um mundo virtual onde o desconhecido sempre se revelava mais intrigante do que o planejado.
Novas Dungeons
Nas profundezas do Reino das Sombras, onde as dungeons são menos frequentes, cada mergulho subterrâneo revela um escopo substancialmente expandido. O que antes eram apenas algumas salas e cinco minutos de jogo agora se transformaram em complexos de vários andares, repletos de rotas alternativas para explorar.
Entre as novas dungeons, destaca-se as Ruined Forges, imersas em lava, e as Gaols, desafiadoras ao extremo. No entanto, foram as Catacumbas que mais me impressionaram, mesmo que eu já estivesse um pouco cansado delas no jogo base.
Os corredores estão agora repletos de novos tipos de inimigos, quebra-cabeças intrigantes para resolver e chefes únicos aguardando no final de cada desafio. Cada dungeon parece verdadeiramente única, oferecendo aspectos desafiadores para superar. A sensação de estar quatro níveis profundos em uma cripta escura, sem saber quanto ainda resta para explorar, reacende um misto de desespero e determinação característico dos melhores trabalhos da FromSoftware.
Lembro-me das palavras do diretor Hidetaka Miyazaki sobre a importância da interconexão nas dungeons do DLC, algo que se manifesta de maneira fascinante durante o jogo. Em várias ocasiões, caminhos se abriram após a derrota de um chefe de dungeon, revelando áreas secretas e horripilantes. Uma visão que certamente permanecerá vívida em minha memória por muito tempo.
Em termos de tamanho geral do mapa, existem apenas três dungeons legadas no sentido tradicional, com alguns castelos menores de tamanho médio adicionados ao mix. No entanto, essa menor quantidade permitiu que cada uma delas se destacasse em termos de escopo e qualidade.
As Legacy Dungeons da expansão, como Belurat e Shadow Keep, são vastas cidadelas repletas de passagens traiçoeiras, armadilhas ocultas e inimigos formidáveis. Cada dungeon requer exploração meticulosa e uma abordagem cuidadosa para emergir do outro lado com tesouros, segredos e novos chefes conquistados.
Enquanto nossa análise inicial de Elden Ring criticou algumas repetições nas dungeons, Shadow of the Erdtree certamente introduz uma variedade refrescante de ambientes para explorar.
Belurat, a primeira das principais dungeons legadas e casa do desafiador Leão Dançante da Besta Divina, é um prazer para os exploradores. Como em Stormveil, você pode optar por seguir o caminho principal e atravessá-lo rapidamente, mas há muitas rotas secundárias e portas trancadas que garantem horas de exploração detalhada.
No entanto, foi Shadow Keep, localizado no ponto médio do DLC, que verdadeiramente me cativou, e posso afirmar com certeza que é minha dungeon legada favorita criada pela FromSoftware até agora.
Não apenas o visual é espetacular, mas também seu tamanho é fascinante. Cada nova sala abre caminho para duas novas rotas a explorar, e seus corredores labirínticos podem prender sua atenção por horas a fio. Foi um lugar para o qual retornei várias vezes, descobrindo novos segredos mesmo depois de horas de ter derrotado seu chefe final. Destaca-se uma seção da dungeon que só é acessível através de outra área escondida, que por sua vez leva a pelo menos três novas áreas adicionais, criando uma estrutura complexa como um conjunto elaborado de bonecas russas.
Este reescrito oferece uma descrição mais fluida e detalhada da experiência na Shadow Keep, destacando suas características únicas e a complexidade de seu design labiríntico.
Inimigos e Chefes
Shadow of the Erdtree é um jogo que se destaca pela intensidade de seus desafios e pela emoção constante que proporciona através de seus inimigos. Seguindo a tradição da FromSoftware, cada adversário é meticulosamente projetado para exigir habilidades de combate e adaptabilidade dos jogadores.
Um dos primeiros desafios imponentes é o Golem da Fornalha, uma imensa máquina de guerra dos exércitos de Messmer. Esses colossos flamejantes possuem vulneráveis cestos incandescentes em suas costas, destacando-se não apenas por seu tamanho massivo, mas também pela área de efeito devastadora de seus movimentos e pelos padrões de ataque dinâmicos. Enfrentar um Golem da Fornalha é como travar uma batalha épica contra um colosso em chamas.
O Divine Beast Dancing Lion, por sua vez, é o primeiro grande chefe que os jogadores encontram. Este ser desencadeia uma tempestade de raios e gelo, desafiando os jogadores com movimentos rápidos e mudanças abruptas de elementos durante a batalha. Sua agilidade e comportamento dinâmico garantem que cada encontro seja energético e imprevisível, exigindo dos jogadores não apenas habilidades de combate, mas também uma adaptação constante de estratégias. A maneira como ele carrega no início da batalha e se move pela arena de Belurat não é apenas uma demonstração de habilidade animada, mas também uma provação assustadora para os aventureiros.
Shadow of the Erdtree não apenas desafia os jogadores com seus inimigos formidáveis, mas também os envolve em uma narrativa rica e cheia de detalhes, transformando cada confronto em uma experiência única e memorável.
Shadow of the Erdtree continua a desafiar os jogadores com uma variedade impressionante de chefes, como Rellana, Twin Moon Knight, que se destaca desde o início do DLC. Este adversário apresenta uma mecânica de combate em duas fases e uma forte resistência à magia, o que exige dos jogadores pensamento rápido e criativo. Dominar os complexos padrões de ataque de Rellana e finalmente derrotá-la é extremamente gratificante, uma recompensa tão valiosa quanto os tesouros que se conquista. O design inteligente do chefe não apenas se mantém consistente, mas também evolui à medida que o jogador avança, forçando constantemente adaptações nas estratégias e equipamentos.
No entanto, nem todas as adições foram igualmente bem-sucedidas. Enquanto o DLC introduziu uma abundância de novos inimigos e chefes, houve também a transição de alguns inimigos do jogo base que causaram um pouco de frustração. Alguns desses adversários pareciam redundantes e desnecessários, servindo mais como obstáculos adicionais do que desafios significativos. Essa falta de originalidade, embora não seja um problema grave no contexto geral do jogo expandido, destoa um pouco em uma expansão que busca reconfigurar e enriquecer a experiência geral do jogo.
Gráficos
Shadow of the Erdtree é um testamento à visão incomparável de Hidetaka Miyazaki, que expande os horizontes do universo Elden Ring mantendo-se fiel à sua essência. O DLC apresenta o assustadoramente belo, porém perigoso, Shadow Realm, ampliando o estilo magistral visto no jogo principal.
Áreas como a Costa Cerulean e o Rio Ellac são exemplos vívidos dessa expansão. A Costa Cerulean cativa com sua exuberância, criando uma atmosfera serena e misteriosa, enquanto o Rio Ellac mergulha os jogadores em um ambiente igualmente desafiador e fascinante. Por outro lado, o Túmulo Oculto de Charo oferece um contraste marcante, com uma paisagem rochosa e agreste tingida por tons laranja-avermelhados. As cavernas sinistras e o terreno acidentado evocam uma sensação palpável de perigo e desolação. A Floresta Abissal, por sua vez, mergulha em um tom mais sombrio, onde árvores retorcidas e caminhos sombrios criam uma atmosfera opressiva de desespero e decadência. Mesmo locais góticos como a Catedral de Manus Metyr impressionam com seu design arquitetônico detalhado, proporcionando um cenário arrepiante para batalhas épicas.
O brilho artístico se estende aos modelos de personagens e inimigos, cada um meticulosamente projetado para refletir os diversos ambientes e temas do DLC. Moore, por exemplo, é uma figura favorita, retratado com uma presença estóica e quase pétrea que reflete sua personalidade sincera e resiliência. Enquanto isso, o Furnace Golem se destaca como um testemunho imponente do design criativo dos inimigos do jogo, com sua forma flamejante e detalhes mecânicos que o tornam visualmente deslumbrante e formidável.
Em suma, Shadow of the Erdtree não só amplia o mundo de Elden Ring com novas e desafiadoras experiências de jogo, mas também eleva os padrões de excelência artística e narrativa que os fãs da FromSoftware esperam e apreciam.
Vale a Pena?
Shadow of the Erdtree é muito mais do que uma simples expansão para Elden Ring. Representa não apenas uma ampliação das tradições e mecânicas de jogo já conhecidas, mas também uma imersão profunda em uma narrativa atmosférica e um design de mundo intrincado. Convida os jogadores a mergulharem no Reino das Sombras, prometendo uma jornada emocionante que combina desafio e descoberta de maneira única. Esta expansão não apenas captura o que fez Elden Ring especial, mas eleva a experiência a novos patamares.
Shadow of the Erdtree é uma obra-prima da FromSoftware, destacando-se entre seus melhores trabalhos até hoje. Expandindo significativamente o universo de Elden Ring, apresenta uma narrativa meticulosamente tecida, desafios implacáveis de chefes e um mundo repleto de segredos intrigantes, desafiando os jogadores a explorarem cada canto em busca de mistérios ocultos.
Fiquei continuamente surpreso com a profundidade desta expansão, que não só expande, mas também redefine aspectos já excepcionais do jogo base. As expansões sempre foram o ponto alto dos jogos da FromSoft, mas Shadow of the Erdtree pode facilmente superar todas as expectativas anteriores.
Poderia passar horas elogiando Shadow of the Erdtree, tamanho é seu mérito. Superando as expectativas geradas por Elden Ring, esta expansão entrega um mundo vasto e complexo, repleto de segredos que desafiam até mesmo os jogadores mais experientes. Os mistérios que permeiam o Reino das Sombras não se limitam à exploração do mundo, mas também enriquecem a narrativa central, expandindo os horizontes do jogo base de maneira fascinante.
Além disso, os desafiadores chefes apresentados em Shadow of the Erdtree são verdadeiras obras de arte, combinando espetacularidade visual com mecânicas complexas que mantêm a adrenalina em níveis altíssimos. Cada confronto é uma experiência única, elevando ainda mais o nível de excelência que já conhecemos dos melhores trabalhos da FromSoftware.
Em suma, Shadow of the Erdtree é mais do que uma simples adição a Elden Ring. É uma continuação que mantém e até supera os padrões de excelência estabelecidos, consolidando esta aventura como uma das melhores já criadas pela FromSoftware. É um fechamento adequado para a saga de Elden Ring, deixando-nos ansiosos e curiosos sobre como a FromSoftware irá superar este marco no futuro.
*Jogo analisado no PS5 com cópia digital fornecida pela Bandai Namco.
Notas do Jogo
Título: Elden Ring: Shadow of the Erdtree
Descrição do jogo: A Terra das Sombras. Um lugar obscurecido pela Térvore. Onde a deusa Marika fez sua primeira aparição. Uma terra destruída numa batalha esquecida. Incendiada pelas chamas de Messmer. Foi para essa terra que Miquella partiu. Despojando-se de sua carne, sua força e sua linhagem. De tudo que era dourado.E agora Miquella aguarda o retorno de seu Senhor prometido.
Gênero: Soulslike e RPG
Lançamento: 21/06/2024
Produtora: FromSoftware
Distribuidora: Bandai Namco
Nota
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História - 8.5/10
8.5/10
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Jogabilidade - 9.5/10
9.5/10
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Gráficos - 9/10
9/10
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Trilha Sonora e Som - 8.5/10
8.5/10
User Review
( vote)Veredito
Shadow of the Erdtree transcende a mera expansão de Elden Ring, elevando-se como uma obra-prima da FromSoftware. Ampliando o universo do jogo base, oferece uma narrativa meticulosa e desafios implacáveis de chefes em um mundo repleto de segredos. Essa expansão redefine e expande os pontos fortes de Elden Ring, superando expectativas com um mundo vasto e complexo que enriquece tanto a exploração quanto a narrativa. Os confrontos com chefes são destacados pela espetacularidade visual e mecânicas envolventes, elevando o padrão de excelência da FromSoftware. Em suma, Shadow of the Erdtree não só mantém, mas supera os altos padrões estabelecidos, solidificando-se como uma das melhores adições à saga de Elden Ring.
Vantagens
- Rico em conhecimento e narrativa.
- Combate desafiador e variado.
- Excelente qualidade visual e áudio.
- Ambientes criativos e design de níveis bem elaborados.
- Adição significativa de novas armas e feitiços.
- Mundo aberto detalhado e rico em segredos.
- Dungeons melhoradas com histórias intrigantes.
- Variedade impressionante de novas armas, armaduras e equipamentos.
- Paisagens deslumbrantes e evocativas.
- Chefes excepcionalmente desafiadores.
- Narrativa enigmática que mantém o interesse.
Desvantagens
- Alguns inimigos repetidos e reutilizados.
- Desafio e direção às vezes são exagerados.
- Troféus/Conquistas não são totalmente suportados.
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