Review | Resident Evil 4 Remake


Na sua época, quando Resident Evil 4 foi lançado para Gamecube e posteriormente para PlayStation 2 em 2005, ele representou uma mudança gigantesca para a franquia e a forma como jogávamos jogos em 3D.

Trazendo uma visão por cima do ombro (over the shoulder) e uma dinâmica de gameplay versátil, ágil e direta, o jogo mostrava um desvio de rota para mais ação e menos survival horror. Naquele tempo, o jogo foi reverenciado e rapidamente se transformando em um dos melhores títulos da franquia e inspirando não só suas sequências (Resident Evil 5 e 6) como todo um novo mercado como jogos de sucesso como The Last of Us, Gears of Wars, Mass Effect, God of War de 2018 e muitas outras IPs.

O sucesso foi tanto que a Capcom o lançou em inúmeras plataformas, ganhando vários remasters, versões alternativas e até uma para o console brasileiro, Zeebo. Mas faltava um remake definitivo e moderno.

A luz da esperança começou a brilhar quando a Capcom decidiu relançar remakes da franquia, começando com o fabuloso Resident Evil 2 Remake em 2019 e o decepcionante Resident Evil 3 Remake em 2020. Os fãs do mundo inteiro já se remexeram nas cadeiras gamers na expectativa do iminente e esperado anúncio do Resident Evil 4 Remake, que aconteceu em 2022. Mas preocupações e dúvidas surgiram.

O Resident Evil 3 Remake sofreu por cortes severos de conteúdo que prejudicaram toda a experiência, se revelando uma chance perdida, apesar de ter sido produzido por uma equipe terceirizada, os fãs começaram a se preocupar se o RE 4 Remake poderia sofrer com o mesmo destino.

Finalmente disponível no PlayStation 5 (PS5), PlayStation 4 (PS4), Xbox Series X, Xbox Series S e PC, o jogo finalmente chega ao mercado com a tarefa de manter o patamar de qualidade que original trouxe, Resident Evil 4 Remake tenta equilibrar o respeito pela versão de 2005 e apelar para novas audiências com uma roupagem moderna e divertida.

História

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A história se passa em 2004, seis anos depois os eventos de Resident Evil 2 onde houve a explosão de Raccoon City, Leon S. Kennedy se tornou agora um agente do governo dos Estados Unidos. Leon é enviado em uma missão especial para um vilarejo pacato da zona rural da Espanha, a missão é nada mais que resgatar a filha do presidente, Ashley Graham.

Sendo levado de carro por dois policiais locais, no caminho Leon se perde dos oficiais e percebe que ambos foram brutalmente assassinados pelos aldeões. Aos poucos, o agente percebe que todos estão sendo controlados por um parasita chamado Las Plagas, onde seguem um culto chamado de Los Iluminados, sob o comando do misterioso Osmund Sadler.

Após conhecer o chefe da aldeia, Bitores Méndez, e perceber a gravidade da situação, Leon se vê em uma corrida contra o tempo para salvar Ashley das garras da seita enquanto tenta se livrar do controle da praga.

Campanha

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A mudança mais relevante no que compete a sua campanha, é a adição de novas e velhas cutscenes aprimoradas que adicionam profundidade, complexidade, duração e atmosfera para o remake. Algumas partes do jogo foram adicionadas, mas também foram removidas. Por experiência própria, não achei que as ausências sejam muito sentidas pelos fãs, e diria que a não presença ajudou o jogo a não se estender demais, se concentrando no que era essencial para o enredo.

Alguns personagens ganham papéis de maior destaque e registros que aprofundam melhor suas personalidades e enriquecem suas velhas versões. O primeiro deles é o nosso protagonista, Leon, que continua introspectivo e transmissor de frases sarcásticas, mas agora se comunica melhor, de uma forma mais clara e direta e menos infantilizada que a versão de 2005. Ashley também foi beneficiada com uma personalidade moderna e um pouco menos donzela indefesa, ganhando maior autonomia em algumas partes do enredo e se tornando uma personagem mais simpática. A relação entre ela e Leon também foi incrementada, com o protagonista atuando mais como um “irmão mais velho” da jovem e em certas partes a encorajando.

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Talvez o personagem que mais ganhou profundidade no remake seja o bem humorado e carismático, Luis Sera. Contendo algumas novas cenas, o personagem ganha profundidade e complexidade no seu background narrativo, se tornando uma peça essencial pra dentro da lore do quarto jogo.

Conforme já conhecido, o modo Separate Ways será vendido em separado como DLC, portanto apesar da Ada Wong roubar a cena em todas as suas aparições mais pela figura misteriosa do que grandes momentos, ela é pouco desenvolvida durante a campanha. Talvez devêssemos esperar mais da personagem quando o DLC for lançado.

Os vilões continuam com os seus papéis, com boas atuações e performances esperadas. Senti que o jogo deveria ter explorado um pouco mais o excêntrico Salazar e a adição de algumas partes com ele poderia ter aproveitado melhor o personagem.

Gameplay

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A característica mais notável de Resident Evil 4 Remake é que ele não é só uma releitura com todos os recursos modernos de jogabilidade da atual geração, ele se resolve sozinho como um produto original e sua experiência não depende em nada de conhecer o jogo lançado em 2005, pelo contrário, ele o substitui tão firmemente que torna o conhecimento do original algo quase dispensável.

Além de Leon poder se movimentar de forma descomplicada, responsiva e fluida, podemos correr, se abaixar, chutar, esfaquear, realizar suplex, coletar recursos em caixas e barris de uma maneira tão agradável que nenhum desses movimentos necessários e repetitivos se torna algum obstáculo para a fluidez do jogo.

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A sensação dos ótimos controles responsivos também se revela com o manejo e troca de armas. Ao contrário do original onde tínhamos que acessar a maleta toda vez que precisávamos trocar de arma, usamos o D-pad para mapear espaços com cada arma, os usando como atalhos ágeis que contribuem com as dezenas de encontros que demandam respostas rápidas, ajudando na sensação de diversão durante o gameplay ao não interromper o ritmo da experiência como acontecia no original. Isso também cresce de figura, já que o jogo te força a ter que usar a maior quantidade de armas disponível durante os encontros, evitando problemas recorrentes de outros jogos onde podemos zerar um jogo inteiro usando no máximo duas armas.

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Essa maior necessidade e foco na dinâmica é escancarada com uma diminuição substancial dos QTES (Quick Time Event), que agora são menos artificiais e mais situacionais, não atrapalhando o ritmo e imersão, deixando o jogador ainda mais no controle desses momentos.

Seguindo no aspecto de fluidez e adicionando elementos novos, a faca ganhou uma importância ainda maior no remake, se tornando um recurso mais vital durante os combates, seja no manejo, no efeito e na administração do seu uso. De início, agora a faca possui dois tipos, a padrão e uma mais descartável, contendo força e durabilidade distintas, podendo tirar danos diferentes e se quebrar caso usada até o seu limite. Além disso, agora é possível realizar os úteis parries, que é a capacidade de aparar ataques inimigos, adicionando uma camada nova em relação ao original, ajudando a nos salvar em momentos únicos nos confrontos, seja aparando facadas, machadadas, ataques de serra elétrica do Dr. Salvador e até mesmo ser mais relevante na lendária luta de facas contra o Krauser.

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Leon agora pode andar e atirar ao mesmo tempo, apesar de ser uma melhoria óbvia para um remake, no original isso não era possível.

Sobre alguns elementos novos de movimento, Leon pode se agachar, se esgueirar e realizar abates furtivos com a faca atrás dos inimigos. Pena que as possibilidades furtivas do jogo sejam limitadas, portanto, somente em algumas partes será possível passar por áreas sem despertar a atenção dos Iluminados. Outro incremento é a possibilidade de desviar de machados sejam jogados ao se abaixar.

Mas não só Leon recebeu melhorias de movimentos e novos recursos, os Ganados, os inimigos do jogo, também foram presenteados com novos truques e variações. Apesar de não tão inteligentes assim, eles agora se reúnem de forma mais rápida e são mais agressivos nos encontros, adicionando a necessidade de um grau maior de urgência e resposta do jogador. Isso tudo ganha maiores dimensões quando velhos e novos inimigos vão surgindo durante a campanha, ganhando capacetes, avançando rapidamente, sendo possuídos os deixando mais agressivos, mais letais, ganhando mutações, se aproximando pelo ar, se arrastando pela água ou sendo quase imortais.

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Os chefes também voltaram, com mecânicas reproduzidas, melhoradas e algumas refeitas, ganhando uma roupagem mais moderna e sendo potencializadas com mecânicas mais modernas. Cada encontro ganha novas estratégias onde a única preocupação é apresentar sistemas novos com o propósito de divertir. Talvez o único ponto baixo seja a luta final, onde o desafio para servir um propósito mais scriptado que os demais.

Permeado de preocupação e o sistema de maior crítica negativa do original durante décadas, Ashley Graham não é mais a grande pedra no sapato. É claro, ainda precisamos protegê-la, mas dessa vez ela não possui mais uma barra de saúde e uma IA terrível que precisamos nos preocupar. Agora podendo escolher entre deixá-la escondida em uma distância mais segura do que no meio do campo de batalha ou acompanhá-lo de perto, Ashley só irá te atrapalhar se um Ganado levá-la nas costas até uma saída ou se deixarmos ela sem assistência quando cair, mas tudo isso é facilmente resolvido.

Tão moderno quanto o gameplay, o level design também se beneficiou dos novos recursos tecnológicos. Sendo menos planos e diretos que o original de 2005, Resident Evil 4 Remake ganha mais aspectos horizontais, um backtracking elogiável para o tipo de jogo, puzzles, algumas novas áreas, missões secundárias que expandem a experiência e exploração, se tornando um produto muito mais completo e estruturado que sua referência, sendo mais extenso sem a sensação de se alongar demais e deixando a necessidade de mais conteúdo.

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Outra volta essencial é a do Mercador, o folclórico “amigo” dono de um comércio útil que provoca um grande alívio cada vez que avistamos as tochas roxas que sinalizam sua área segura. Com mais itens adicionais e com mais opções de equipamentos e melhorias, o rapaz encapuzado também cresce de importância e relevância durante o gameplay, oferecendo descontos que estimulam o jogador a gastar suas pesetas, vender tesouros combinados com pedras preciosas e participar de um divertido minigame de tiro ao alvo que garante mais chaveiros com melhorias de efeitos.

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É claro o jogo não está livre de alguns problemas como uma exagerada quantidade de encontros pouco criativos na parte da Ilha, algo que já ocorria no original, mas que achei que fosse ganhar mudanças mais efetivas, fazendo o jogador ter que lidar com maneiras específicas para derrotar os mesmos inimigos de determinadas formas, hordas atrás de hordas, entediando e agregando muito pouco no último terço da campanha. Outro fator é que apesar de Leon ser um super agente secreto com habilidades quase inigualáveis durante a maior parte da experiência, resistindo a uma grande quantidade de danos e efeitos, ainda somos alvos de morte instantânea, tornando a preparação prévia essencial para esse tipo de jogo, algo inócuo e decepcionante.

Gráficos

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Será que é possível mudar substancialmente o visual de uma produção e ainda assim respeitar a memória do original? Resident Evil 4 Remake prova que sim. Abandonando a paleta de cores com tons terrosos da versão antiga, a nova roupagem é mais escura e azulada que o seu antecessor, adicionando uma camada ainda mais sombria e de suspense, tornando a atmosfera do remake muito mais assustadora que o antecessor.

Obviamente há melhorias óbvias de qualidade gráfica, ganhando ainda mais fidelidade na retratação de cenários como uma vila fantasma, com árvores secas, cabanas rudimentares, carcaças de seres vivos em decomposição, castelos com grandes salões com uma estranha fumaça tomando o chão, cheio de salas com objetos caros e trazendo uma história da família que vivia ali até laboratórios escuros e revirados habitados por cobaias e experimentos mal sucedidos.

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O jogo ganha mais cutscenes que revelam o domínio da Capcom com a sua ótima RE Engine, com expressões que valorizam mais os seus modelos e embelezam a experiência e reformulações de modelos que respeitam tanto o original quanto segue padrões modernos. Não só expressões, mas as animações como um todo expressam esse avanço, até mesmo em comparação ao Resident Evil 2 Remake. As animações de morte são das mais variadas e violentas, com a possibilidade de ver não só inimigos, mas o nosso protagonista morrer das formas mais brutais possíveis.

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Obviamente o jogo não é a prova de problema. Infelizmente, como um gameplay que se sustenta com a mecânica de hordas, o jogo cai na armadilha de repetir os modelos de diversos Ganados, tirando um pouco a imersão do cenário. Alguns itens na tela não carregam, o efeito de chuva com visual feio, miras de rifles revelam problemas de baixa resolução e há quedas de fps contra hordas que prejudicam algumas dinâmicas da jogabilidde.

Trilha Sonora e Som

Por ser um jogo que preza pela atmosfera de suspense e terror, Resident Evil 4 Remake não possui uma trilha sonora presente na maior parte do tempo, mais se concentrando nos sons do jogo para criar o seu clima de terror característico.

 

Com um design de áudio hábil, o jogo induz a diversos momentos de tensão. Se em momentos de aparente calmaria o jogo concentra em construir o terror com sons de Ganados venerando Sadler, barulhos estranhos em sentidos opostos e estalos em cantos escuros em outros quando confrontos são travados, somos cercados de gritos em espanhol, sons de passos correndo em sua direção, rosnados de monstros rasgando o ar, machados lançados zumbindo no seu ouvido, sons de disparos de armas e muitos barulhos de desmembramentos produzem uma qualidade que a Capcom domina pra construir um produto audiovisual de terror invejável.

O jogo conta também com legendas e uma ótima dublagem em português do Brasil, contribuindo para valorizar diversos momentos e dando como sempre um show de interpretação brasileira. Talvez o único problema nessa área é a ausência de mais falas em espanhol para os Ganados para que não fiquem tão repetitivos em seus diálogos.

Vale a Pena?

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Se tornando a melhor releitura de um clássico em forma de remake, a Capcom aumenta a baliza e supera até mesmo o trabalho feito em Resident Evil 2 Remake, tornando o Resident Evil 4 Remake o melhor jogo de ação e terror da atualidade e uma aula de como fazer remakes. Respeitando tudo aquilo que fez o original ser tão reverenciado, a desenvolvedora adiciona diversos elementos modernos que engrandecem ainda mais o título e revela que uma ideia espetacular não tem idade.

Com incrementos competentes de história, melhorias nos papéis dos personagens e remoção de alguns elementos narrativos que envelheceram mal, o jogo remodela sua narrativa que se mantêm atual e ainda interessante. Se aproveitando de mecânicas de jogabilidade modernas, o remake do quarto jogo é um dos games mais divertidos e gostosos de se jogar, não permitindo que o jogador se canse durante quase toda a campanha.

Em suma, Resident Evil 4 Remake não só faz jus ao original lançado no longínquo ano de 2005, mas ele o supera em todos os quesitos possíveis, se tornando um dos melhores jogos já lançados da franquia e se firmando como o substituto definitivo da versão antiga.

Notas do Jogo
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Título: Resident Evil 4 Remake

Descrição do jogo: Sobrevivência é apenas o começo. Seis anos se passaram desde o desastre biológico em Raccoon City. O agente Leon S. Kennedy, um dos sobreviventes do incidente, foi enviado para resgatar a filha raptada do presidente. Ele segue o rastro dela até uma isolada vila europeia, onde há algo terrivelmente errado com os habitantes. Então a cortina se abre nessa história de um resgate ousado e um terror medonho, onde vida e morte, terror e catarse, se encontram. Com jogabilidade modernizada, uma história reimaginada e gráficos com detalhes vívidos, Resident Evil 4 marca o renascimento de um gigante da indústria. Reviva o pesadelo que revolucionou o terror de sobrevivência.

Gênero: Ação, Aventura e Survival Horror

Lançamento: 24/03/2023

Produtora: Capcom

Distribuidora: Capcom

COMPRAR

Nota
9/10
9/10
  • História - 9/10
    9/10
  • Jogabilidade - 10/10
    10/10
  • Gráficos - 9/10
    9/10
  • Trilha Sonora e Som - 8/10
    8/10

Veredito

Se tornando a melhor releitura de um clássico em forma de remake, a Capcom aumenta a baliza e supera até mesmo o trabalho feito em Resident Evil 2 Remake, tornando o Resident Evil 4 Remake o melhor jogo de ação e terror da atualidade e uma aula de como fazer remakes. Respeitando tudo aquilo que fez o original ser tão reverenciado, a desenvolvedora adiciona diversos elementos modernos que engrandecem ainda mais o título e revela que uma ideia espetacular não tem idade.

Com incrementos competentes de história, melhorias nos papéis dos personagens e remoção de alguns elementos narrativos que envelheceram mal, o jogo remodela sua narrativa que se mantêm atual e ainda interessante. Se aproveitando de mecânicas de jogabilidade modernas, o remake do quarto jogo é um dos games mais divertidos e gostosos de se jogar, não permitindo que o jogador se canse durante quase toda a campanha.

Em suma, Resident Evil 4 Remake não só faz jus ao original lançado no longínquo ano de 2005, mas ele o supera em todos os quesitos possíveis, se tornando um dos melhores jogos já lançados da franquia e se firmando como o substituto definitivo da versão antiga.

Vantagens

  • Respeito ao material original;
  • Mecânicas modernas tornam a jogabilidade divertida;
  • Avanços significativos de level design;
  • Personagens retrabalhados ganham mais profundidade e carisma;
  • Nova identidade visual equilibra melhor terror e ação;
  • Ashley é bem menos irritante;
  • Design de áudio consegue criar uma boa atmosfera.

Desvantagens

  • Ausência do modo “Separate Ways”;
  • Missões secundárias repetitivas e pouco criativas;
  • Level design da parte da Ilha cansa pela repetição;
  • Bugs gráficos e de performance;
  • Som exagerado da respiração da Ashley.

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San Moreira
San Moreira tem 33 anos e é natural de São Paulo. Eu sou formado em Banco de Dados e Gestão Empresarial. Amante da cultura gamer, sempre apaixonado pelo universo. Atuando como jornalista e Content Manager de games com foco na plataforma PlayStation e Battle Royales como Free Fire. Teve a ideia de criar este site exclusivamente pela vontade informar e ajudar a comunidade gamer.