Os 10 jogos mais decepcionantes de 2023


Jogos mais decepcionantes de 2023

O universo dos jogos viveu um ano extraordinariamente marcante em 2023, com o lançamento de títulos altamente aguardados como Baldur’s Gate 3, Street Fighter 6, Star Wars Jedi: Survivor e outros. A Nintendo, em particular, celebrou um de seus anos mais grandiosos na memória recente, trazendo à vida grandes jogos originais, como Super Mario Bros. Wonder e o tão esperado The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom. No entanto, esse mesmo período também presenciou lançamentos desanimadores, jogos que não alcançaram as expectativas dos fãs ou simplesmente não corresponderam ao que se aguardava.

Os jogos decepcionantes não são necessariamente ruins somente em termos técnicos ou de desempenho, já que muitos podem ser considerados divertidos ou consistentes em sua essência. Eles figuram nesta lista devido a um elemento que falhou, seja por um lançamento deficiente, a falta de recursos esperados ou por não corresponderem às expectativas dos aficionados. Sem uma ordem específica, apresentamos os 10 jogos mais decepcionantes de 2023.

Atomic Heart

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Inicialmente, parecia ser o herdeiro espiritual da série BioShock da Irrational Games, mas Atomic Heart não conseguiu alcançar essas proezas. Ambientado em uma realidade alternativa da União Soviética dos anos 1950, o jogo mergulha os jogadores em experimentos robóticos e biomecânicos corrompidos, situados na Instalação 3826. Embora a premissa seja intrigante, tanto jogadores quanto críticos concordaram que ele não alcançou as alturas de BioShock. Os sistemas de combate e progressão parecem desanimadores quando comparados aos de outros jogos do gênero. A versão Xbox de Atomic Heart enfrentou problemas técnicos e de desempenho, incluindo questões relacionadas à taxa de quadros e uma série de bugs de jogabilidade.

Além disso, o protagonista, Major Sergey “P-3” Nechayev, não foi bem recebido, muitas vezes recorrendo a palavrões ou diálogos clichês, os quais surgiam em momentos estranhos ou fora de contexto na narrativa. Muitos jogadores também se sentiram desinteressados nos segmentos de mundo aberto entre os níveis mais focados no estilo de masmorra. O mundo aberto pareceu mais como um preenchimento para estender o tempo de jogo, devido ao constante reaparecimento de inimigos, batalhas pouco inspiradoras contra chefes e itens colecionáveis que nem sempre valiam o esforço para serem encontrados.

Call of Duty: Modern Warfare 3

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Apesar de ser uma fonte constante de receita para a Activision, Modern Warfare 3 acabou tropeçando mais do que o habitual no momento do lançamento. Os problemas começaram quando os fãs tiveram acesso antecipado à campanha, gerando muita expectativa com a promessa de um confronto épico entre a Força-Tarefa 141 e o retorno do icônico vilão, Vladimir Makarov, da série Modern Warfare. No entanto, a campanha desapontou os fãs, pois boa parte dela parecia ser preenchimento, dependendo fortemente do conteúdo retirado de Warzone e, no fim das contas, ofereceu uma experiência curta, com apenas quatro horas de duração. A inclusão de missões de combate aberto também não agradou a muitos, pois retirou os cenários tensos e repletos de ação pelos quais as campanhas de Call of Duty são conhecidas.

Embora o multiplayer tenha sido mais bem recebido pela comunidade, houve problemas no lançamento, com spawns instáveis em modos como Hardpoint e a ausência de modos de jogo populares como Gun Game e Gun Fight. Apesar dos 16 mapas apresentados no jogo, eles não eram originais, sendo resgatados de Modern Warfare 2 de 2011, embora tenham recebido melhorias visuais e alguns ajustes. Ainda assim, para um jogo vendido a preço premium, muitos consideraram o custo difícil de justificar, especialmente porque a versão inicial de Modern Warfare 3 mais se assemelhava a uma expansão do que a um jogo completo.

Cities: Skylines 2

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Na esteira de um amado construtor de cidades, amplamente apoiado pela comunidade com anos de conteúdo pós-lançamento e suporte para modificações, os jogadores esperavam que Cities: Skylines 2 fosse um rico conjunto de recursos desde o Dia 1, expandindo o legado de seu antecessor. Contudo, a realidade foi diferente, gerando desapontamento quando os jogadores perceberam a ausência de elementos presentes no jogo original, como aeroportos, que foram posteriormente introduzidos. A mudança dos mods de usuário para a biblioteca Paradox Mods, longe do Steam Workshop — um componente vital do jogo anterior — também deixou muitos jogadores insatisfeitos.

Logo após o lançamento, Cities: Skylines 2 enfrentou notáveis problemas técnicos, com a confirmação da Colossal Order, desenvolvedora do jogo, de que ele não alcançaria o desempenho ideal esperado. Muitos fãs sentiram que o jogo buscava mais realismo, mas isso afetou a apresentação geral e o charme característico. As cores não eram tão vibrantes como no título anterior, e certos edifícios ou estruturas não pareciam adequados se construídos em terrenos que não fossem completamente planos. Além disso, os jogadores aguardando ansiosamente a versão para consoles receberam a notícia repentina do adiamento das versões para PlayStation e Xbox, com uma nova janela de lançamento na primavera de 2024.

Forspoken

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Quando foi inicialmente anunciado, Forspoken carregava consigo uma série de vantagens na Luminous Productions, graças ao histórico de indivíduos notáveis envolvidos no projeto, como Amy Hennig, Todd Stashwick e Gary Whitta encarregados da escrita, além de Bear McCreary e Garry Schyman na trilha sonora. No entanto, o desenvolvimento do jogo encontrou diversos obstáculos, incluindo atrasos consideráveis e outros problemas que surgiram antes do lançamento. Whitta chegou a mencionar que a história de Forspoken passou por extensas revisões e edições ao longo do processo, divergindo significativamente do tom original.

Os sinais já eram visíveis na demo pré-lançamento, deixando muitos jogadores desanimados com um mundo aberto sem vida e desprovido de inspiração para explorar. Além disso, houve críticas ao diálogo de Forspoken, que muitos consideraram excessivamente “embaraçoso” ou forçado, no mínimo. As análises críticas foram mistas: embora muitos tenham elogiado as mecânicas de combate e movimentação, problemas técnicos e de desempenho afetaram negativamente a experiência como um todo.

Poucos meses após o lançamento, a Square Enix anunciou que o jogo não atendeu às expectativas de vendas e que a Luminous Productions seria reintegrada à empresa, tornando-se, essencialmente, um estúdio de suporte para “reforçar ainda mais a capacidade competitiva dos estúdios de desenvolvimento do Grupo”. Confira o nosso review do jogo.

The Last of Us Parte 1 (PC)

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Apesar de The Last of Us continuar sendo uma propriedade altamente lucrativa para a Sony e ter desfrutado de outro ano de destaque devido à série de TV, a franquia enfrentou alguns percalços em 2023. Os fãs comemoraram a tão aguardada chegada do primeiro jogo para PC, que reunia a expansão DLC, melhorias exclusivas e um desempenho aprimorado em um pacote único. Entretanto, o lançamento para PC também trouxe consigo alguns problemas inesperados.

Logo no lançamento, jogadores de PC depararam-se com questões técnicas ausentes nas versões originais ou remasterizadas, prejudicando a experiência, especialmente quando jogado nas configurações gráficas High ou Ultra. A versão para PC, mal otimizada, apresentou anomalias visuais, instabilidade na taxa de quadros e texturas intermitentes, chegando a travar em configurações mais elevadas. Além disso, o jogo encontrou dificuldades para funcionar no Steam Deck, principalmente devido aos longos tempos de carregamento necessários para compilar os shaders. Esses problemas resultaram em críticas negativas para The Last of Us em plataformas como o Steam, proporcionando aos jogadores uma maneira de expressar sua insatisfação e, por conseguinte, chamando a atenção da Naughty Dog.

The Lord of the Rings: Gollum

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A empolgação em torno de um jogo centrado no personagem Gollum, do universo de O Senhor dos Anéis, era palpável, mas o resultado final se mostrou inesperadamente desastroso. A decepção foi agravada pelo uso inadequado de uma das IPs mais icônicas, uma série originada da obra de JRR Tolkien, que alcançou enorme sucesso em adaptações para filmes, videogames e mais.

Lord of the Rings: Gollum enfrentou uma série de problemas significativos, tanto técnicos quanto relacionados à jogabilidade, com gráficos aquém do esperado, abaixo até mesmo de muitos jogos clássicos mais antigos. Questões técnicas, desde quedas na taxa de quadros até falhas aleatórias nas animações dos personagens, ampliaram as deficiências visuais já evidentes. A câmera parecia atuar contra os jogadores, contribuindo para animações desajeitadas.

A jogabilidade revelou-se bastante básica, limitando-se a tarefas elementares, enquanto as mecânicas furtivas e de plataforma foram mal implementadas. Além dos problemas inerentes ao jogo, surgiram relatos alarmantes sobre um ambiente de trabalho tóxico, horas extras não remuneradas para os funcionários e má gestão por parte da liderança, culminando no fechamento total do estúdio responsável pelo desenvolvimento. Confira a nossa crítica para o jogo do Gollum.

Consequentemente, Senhor dos Anéis: Gollum rapidamente se destacou como um dos piores jogos de 2023.


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San Moreira
San Moreira tem 33 anos e é natural de São Paulo. Eu sou formado em Banco de Dados e Gestão Empresarial. Amante da cultura gamer, sempre apaixonado pelo universo. Atuando como jornalista e Content Manager de games com foco na plataforma PlayStation e Battle Royales como Free Fire. Teve a ideia de criar este site exclusivamente pela vontade informar e ajudar a comunidade gamer.

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