Glen Schofield, cocriador da icônica franquia Dead Space, revelou que possui “algumas ideias” para seus próximos projetos, sendo uma delas nada menos do que Dead Space 4. Em meio à iminente venda da EA por 55 bilhões de dólares para um consórcio de investidores, Schofield enxerga uma oportunidade única para que esse desejo se torne realidade. “Já estou fazendo ligações“, afirmou ele em entrevista ao IGN, demonstrando sua postura proativa.
Apesar de sua profunda ligação com a série original, Schofield não participou do desenvolvimento de Dead Space 2 ou Dead Space 3. Sobre o aclamado remake de 2023, confessou à VGC que jogou apenas “um pouquinho”, mas que gostou do que viu. No entanto, ele expressou uma visão cautelosa, mencionando na mesma entrevista ao IGN sua crença de que o remake pode não ter sido o sucesso financeiro que a EA esperava, levantando a possibilidade de a empresa querer abandonar a franquia.
Seu otimismo, contudo, foi reacendido com a potencial mudança na liderança da gigante dos jogos. “Estou mais otimista [desde a venda da EA], porque alguém novo pode comprar [a propriedade intelectual de Dead Space]”, declarou. Schofield também acredita que o universo de Dead Space tem um potencial muito além dos games, podendo prosperar em adaptações para cinema e TV.
Este cenário ganha força com a teoria de que a EA pode precisar vender algumas de suas franquias para levantar capital, já que a empresa enfrenta uma dívida colossal de 20 bilhões de dólares decorrente da transação. O acordo de venda, que só deve ser concluído em 2026, sugere que qualquer movimento relacionado a Dead Space ainda está num futuro distante. Nesse contexto incerto, estúdios como a BioWare também são mencionados como possíveis ativos em revisão.
A trajetória de Schofield após sair da EA o levou para a Activision, onde atuou em vários títulos de Call of Duty pela Sledgehammer Games. Em 2019, ele fundou a Striking Distance Studios, que lançou o aterrorizante The Callisto Protocol em 2022. Atualmente, ele comanda a Pinstripe Games.
Em suas aparições recentes, o veterano desenvolvedor também tocou em outros temas cruciais da indústria. Ele defendeu que os criadores devem adotar a inteligência artificial, e não temê-la. Paralelamente, externou uma preocupação “imensa” com o futuro da série Call of Duty agora sob a égide da Microsoft, indicando que o destino das franquias que ajudou a construir continua a ser uma de suas principais reflexões.