A Ubisoft fez um esclarecimento em resposta às recentes críticas sobre o novo título da franquia, Assassin’s Creed Shadows. Em particular, a empresa abordou as preocupações sobre a precisão histórica e as escolhas criativas que moldaram o jogo.
Anunciado em maio de 2024, Assassin’s Creed Shadows gerou uma onda de críticas devido à sua interpretação do Japão feudal. Um dos aspectos mais controversos foi a introdução do samurai africano Yasuke como um dos protagonistas. Yasuke, o primeiro personagem jogável da série inspirado em uma figura histórica real, dividiu opiniões. Alguns usuários de redes sociais expressaram que sua inclusão impediu uma representação mais genuína do Japão, sugerindo que o jogo poderia ter explorado mais profundamente o contexto japonês sem a intervenção de um personagem não-japonês. Outras críticas focaram na representação de Yasuke como guerreiro, questionando se a patente de samurai, que ele possuía no jogo, era apropriada, visto que essa honraria não era exclusivamente destinada a soldados no Japão pré-moderno.
A Ubisoft, ao esclarecer essas questões, reforçou seu compromisso com a narrativa e a criatividade, explicando que, embora o jogo tome liberdades criativas, ele visa oferecer uma experiência enriquecedora e diversificada para os jogadores.
Ubisoft responde às críticas de Yasuke em Assassin’s Creed Shadows
Em uma declaração emitida em 23 de julho, a Ubisoft abordou as reações de fãs japoneses a respeito de Assassin’s Creed Shadows. A empresa defendeu a inclusão de Yasuke, descrevendo-o como “um candidato ideal” para a narrativa do jogo. Embora o papel real de Yasuke na corte do senhor Oda Nobunaga seja debatido, a Ubisoft optou por retratá-lo como um guerreiro samurai tradicional com a intenção de criar uma narrativa envolvente.
Em relação às críticas sobre a representação japonesa, a Ubisoft afirmou que Assassin’s Creed Shadows não peca nesse aspecto. A empresa destacou que o shinobi japonês Naoe desempenha um papel “igualmente importante” na história do jogo, enfatizando que a narrativa busca refletir tanto a diversidade quanto a riqueza cultural do Japão feudal.
A declaração também incluiu um pedido de desculpas da empresa à comunidade japonesa em relação a alguns materiais promocionais de Assassin’s Creed Shadows. Embora o comunicado não tenha detalhado o motivo, é provável que se referisse ao fato de que algumas artes conceituais do jogo, divulgadas anteriormente, apresentavam um banner de um grupo de reconstituição japonês. A Ubisoft Japan já havia se desculpado por esse erro em meados de julho de 2024.
Sobre as críticas gerais de autenticidade, a Ubisoft esclareceu que os jogos Assassin’s Creed nunca foram destinados a ser “representações factuais da história”, mas sim ficção histórica. Shadows não é uma exceção, pois foi projetado para oferecer uma experiência envolvente e divertida, segundo a empresa.
Apesar disso, a Ubisoft confirmou que as liberdades criativas tomadas no desenvolvimento do novo jogo foram fundamentadas em extensa colaboração com historiadores, pesquisadores e outros consultores. A empresa assumiu total responsabilidade por suas escolhas criativas e pediu aos fãs que não direcionassem suas críticas a seus colaboradores.
0 Comentários