Forspoken pode ter agradado alguns, mas muitos outros acharam a narrativa ruim, e Frey e seu Bracelete irritaram com a sua tagarelice constante.
Uma reação curiosa, considerando que o jogo deveria ter alguns dos melhores contadores de histórias da indústria trabalhando nele. O que aconteceu com a história, no entanto, agora teve um pouco mais de luz, graças a uma entrevista recente.
De acordo com Gary Whitta, que trabalhou no conceito original de Forspoken, a história que ele e sua sala de roteiristas “escolhidos a dedo” apresentaram para a Square Enix e a Luminous Productions não tem praticamente nada a ver com o que temos no jogo final.
Whitta detalhou sua experiência trabalhando no jogo e revelou que ele, e provavelmente Amy Hennig, podem não ter causado o impacto que os jogadores pensaram que tiveram.
Whitta originalmente começou a trabalhar em Forspoken depois de ser abordado pela Square Enix para desenvolver narrativa e conceitualmente um “germe de uma ideia”, para usar a frase de Whitta.
Depois de enviar à Square Enix o que ele havia inventado e obter uma reação positiva, a Square pediu que ele continuasse trabalhando no jogo e administrasse uma sala de roteiristas para desenvolver ainda mais a história.
Whitta então escolheu escritores que ele “admirava” em jogos, filmes e televisão, para se unirem e trabalharem na história.
Depois de todos apresentarem seu trabalho à Square Enix, é aqui que as coisas se tornam mais parecidas com o que sabemos que Forspoken é.
“Alguns meses depois disso, eles voltaram para mim e para um dos outros escritores e disseram: ‘Vamos começar de novo e reiniciar completamente a história, queremos que seja assim agora.’
E o que eles nos apresentaram foi algo muito próximo do que eles realmente têm agora, que é sobre uma garota do mundo real que é sugada para este mundo de fantasia.
Isso não era nada; a versão que fizemos não era nada disso. Eles [Square Enix] disseram ‘Queremos que essa garota do mundo real seja sugada para esse universo de fantasia.
Whitta também diz que a Square Enix queria que ele e o outro escritor realmente escrevessem o jogo, o que ambos recusaram por motivos de agendamento.
Portanto, parece que, embora um artigo do PlayStation Blog vindo do diretor criativo da Luminous Production chame Whitta e Hennig de “alguns dos escritores talentosos por trás deste jogo“, parece que o trabalho deles como escritores acabou tão atrasado no projeto que não foi usado.
Com exceção do mundo de Forspoken ser chamado de “Athia”, que Whitta aponta ser a única coisa que ele sabe que criou e que chegou ao jogo final.
O que torna o artigo de setembro de 2021 ainda mais curioso é que Whitta enquadra o momento em que a Square Enix o abordou como “cinco ou seis” anos atrás e relata apenas “alguns meses” entre a conclusão da sala dos roteiristas e a apresentação da Square para rebootar a história.
Talvez na época ainda houvesse mais de Whitta e do resto do conceito original da sala do escritor dentro do DNA de Forspoken, mas mesmo isso parece um exagero ao considerar como Whitta já descreve Frey vindo do mundo real como “nada” a ver com o conceito original.
No final, Whitta foi creditado apenas como tendo trabalhado no conceito original, e não listado como escritor nos créditos finais do jogo.
Em suma, é uma visão interessante por trás da cortina de como Forspoken se tornou o jogo que conhecemos hoje. Confira o que achamos do jogo no nosso review de Forspoken.
