A série Tales possui incontáveis títulos para as mais variadas plataformas possíveis e imagináveis, essa enorme quantidade de jogos tornou a franquia famosa por ser um JRPG genérico e foi conquistando a má fama de ser um jogo estagnado para o seu tempo e vítima de uma estratégia não recomendada de lançar 8 jogos em 10 anos que impediu uma revitalização da série tornando-a sempre alvo de críticas da mídia e até do seu próprio público.
Quando se via em aparentes sinais de desgaste, a série Tales foi assumindo a estratégia de inovar em um jogo e repetir as mesmas mecânicas, personagens ruins e motor gráfico nos subsequentes. Isso aconteceu em Tales of Simphonia de 2003 e no Tales of Xillia de 2011 onde uma revitalização da série era feita e replicada em diversos outros jogos depois como meio de mitigar custos de produção.
Com Tales of Berseria, algo havia mudado, sendo bem aceito pela crítica por uma narrativa bem menos genérica, personagens cativantes e um sistema de batalha com reais melhorias, mas ainda residia uma roupagem gráfica antiquada, ultrapassada e vexatória para o tamanho da franquia.
Ouvindo as críticas de fãs e mídia e vendo as vendas de seus jogos caírem, a Bandai Namco decidiu ter um ponto de virada e finalmente fazer um jogo da série jus à sua história e a geração de consoles presentes no mercado, com maior tempo de produção (5 anos após Berseria), o estúdio anunciou na E3 2019 o seu mais novo jogo, Tales of Arise.
Com gráficos modernos, modelos de personagens mais fieis a anatomia humana, um sistema de combate renovado, a apresentação deixou claro que essa seria a maior revitalização da série em anos, impressionando e hypando todos os fãs e a mídia especializada que pediu por tantos anos uma maior valorização da série.
A pergunta que fica é, Tales of Arise é realmente tão inovador para a franquia? Há alguma mudança na sua linguagem narrativa? Há a necessidade de ter mecânicas de combate muito diferentes da série ou melhorias já seriam o bastante?
História
A história de Tales of Arise é sustentada pelos enredos dos planetas gêmeos, Dahna e Rehna. No seu início, os povos dos dois planetas viveram de forma pacífica, mas há 300 anos algo terrível aconteceu. Rehna, famosa por sua tecnologia e domínio de Ars Astrais (uma espécie de magia), acabaram invadindo o planeta Dahna afim de colher todos os recursos naturais e escravizarem os dahnianos. Portanto, nos últimos 3 séculos, Rehna subjugou Dahna e dividiu o planeta em cinco regiões sendo dominados por cinco Lordes para manter cada área sob controle de Rehna.
Na mitologia do jogo, as Ars Astrais residem em todas as coisas vivas, os rehnanos as usam por meio do trabalho escravo dahniano para colher essa energia sugada das pessoas para uma espécie de “Torneio de Sucessão”. O Lorde que obtiver a maior força concentrada, irá ganhar o direito de ser o Soberano.
Neste cenário caótico de escravidão e exploração, você assume o controle do “Máscara de Ferro”, um escravo que vive na região de Cazália reinado pelo Lorde Balseph. Sem memória nenhuma de como chegou ou de sua origem, o Máscara de Ferro possui uma característica incomum, apesar de sofrer os danos ele é incapaz de sentir dor.
Trabalhando em uma operação de rotina no comboio dos soldados rehnanos, o trem é atacado por um grupo de resistência chamado “Corvos Carmesim”. No trem assaltado, é descoberto que uma mulher rehnana estava sendo levada, essa mulher é Shionne Imeris, uma mulher de passado misterioso que possui uma maldição dos espinhos onde é capaz de machucar ou matar qualquer um que ouse tocá-la. Uma série de eventos acontecem e o Máscara de Ferro consegue se juntar ao grupo de resistência junto com a mulher de personalidade forte, Shionne.
É descoberto no meio da narrativa que Shionne carrega um núcleo de Ars Astrais dentro do seu corpo e por isso ela foi sequestrada e enviada para lá a mando do Lorde Balseph, que deseja o artefato. Em uma investida dos guardas de Cazália, Alphen (o nome verdadeiro do Máscara de Ferro) consegue retirar uma espada cheia de fogo do núcleo que reside no peito de Shionne sem se machucar ao tocá-la e sem sentir dor ao manejar a arma, a Espada Flamejante, e consegue derrotar todos os soldados com um único e devastador golpe.
Os dois, Alphen e Shionne, surpresos pela possibilidade de grande poder juntos, decidem derrubar todos os cinco Lordes que escravizam cinco regiões de Dahna e é aí que o mote principal da narrativa se sustenta nas longas horas.
Campanha
A campanha do jogo se desenvolve por meio de arcos narrativos de cada um dos 5 reinos. Você chegará no reino, saberá a situação da população, conhecerá um novo personagem para a sua party onde o roteiro irá trabalhar com um background básico desse personagem e irá enfrentar o Lorde respectivo da região.
Para quem desconhece os jogos da série Tales ou até mesmo JRPGs, os personagens são desenvolvidos com muitos diálogos e esquetes para desenvolvimento do personagem e do grupo. Esquetes agora que abandonaram o formato antigo de imagens desenhadas acompanhadas de caixas de texto, ganhando um visual mais animado parecendo quadrinhos de um mangá.
A argumentação adotada para motivar que estes personagens entrem para a sua aventura é um dos pontos fracos da narrativa, se resumindo a motivos genéricos e forçados por pouco trabalho de roteiro. Este trabalho vai se desenvolvendo apenas ao decorrer da narrativa, onde cada um possui pontos de conflito a serem resolvidos dentro do arco da história junto com os outros personagens, cativando e convencendo o jogador aos poucos, como um legítimo JRPG. E como todo jogo de gênero, a narrativa começa com conflitos pequenos e mistérios a serem resolvidos e vão escalando cada vez mais em um ritmo frenético onde cada arco vai se revelando uma trama ainda maior contendo diversas viradas de roteiro e perguntas sendo respondidas.
Se no geral o grupo de personagens vai crescendo de tamanho e empatia com o jogador, outros personagens ficam pelo caminho contendo nenhuma qualidade na sua escrita. O primeiro é o próprio Law, que se resume a apenas ser um alívio cômico na maior parte da jornada e seu único arco narrativo é completamente disperso e descartável quando a história vai crescendo de tamanho, se tornando apenas um personagem inseguro sustentado por outro personagem melhor que surge no início da narrativa.
Outro nesse caso que considero ainda pior seria um dos vilões, Vholran, que se resume a ser um personagem estiloso, mas completamente unidimensional com algum tempo de tela, mas nenhum desenvolvimento profundo, apenas sendo mau pela única razão rasa de ser, não contendo nenhuma grande história de origem que o fez ser assim.
Nesse caso, em suma a história de Tales of Arise vai sim cativar a maior parte dos jogadores que desejam acompanhar uma história comovente, cheia de aventura, mistérios e descobertas passando ótimas mensagens de otimismo, companheirismo, aceitação, respeito com o diferente, igualdade e amor mostrando a importância de cessar ciclos de ódio para que conflitos seculares terminem, mas como joguei outros jogos da franquia, infelizmente não considero que a história de Tales of Arise seja a que melhor se saiu. Com um roteiro onde diversas vezes tropeça para romper a barreira entre jogo e jogador, ele tem dificuldades pra emocionar, mesmo tentando até demais e geralmente conseguindo um resultado com rompantes de vergonha alheia.
Gameplay
Pra quem desconhece as mecânicas da série Tales, o jogo é um JRPG, portanto suas mecânicas possuem foco somente nas batalhas e não se foca em fluidez de movimentos nos cenários, apenas se importando no que compete as batalhas e deixando em segunda prioridade a exploração de mapas.
Adiantando que Tales of Arise possui uma dificuldade padrão, não sendo fácil e nem difícil, tendo inimigos que podem exigir maiores cuidados e chefes com grandes pontos de vida e defesa que podem dar trabalho.
Sistema de Combate
Sobre as batalhas, a série ao decorrer de sua história sempre se focou a ser um action RPG, onde o jogador possui a liberdade de se movimentar nos cenários e atacar com combos de forma livre. Em Tales of Arise esse principal característica básica da série retorna, ainda mais refinada do que no seu antecessor, Tales of Berseria, e muito mais divertida.
Toda vez que você encontrar um inimigo no mapa, você será levado para outra tela em um campo de batalha, você possuirá os comandos básicos de ataque terrestre, pulo, ataque aéreo, esquiva e corrida. O ataque normal possuirá cerca de 4 a 5 ataques em sequência em combo, estes ataques não consomem nenhuma energia, podendo ser usados a qualquer momento da batalha. Agora indo para comandos mais complexos, no jogo você poderá usar Ars Marciais e Ars Arcanas, que são ataque imbuídos de magia, estes ataques você pode equipá-los em três botões do controle e que podem ser usados nas batalhas, no total você pode equipar cerca de seis Ars dividas em dois grupos, terrestre e aéreo. Ao usar estas Ars, elas não consomem pontos de magia, elas consomem pontos que BA, que são nada mais que pontos que vão recarregando durante a batalha.
Na batalha você poderá contar com quatro personagens da sua party, obviamente todos são controlados, onde você pode trocá-los a qualquer momento fora ou dentro da batalha e cada um possui uma forma de jogabilidade que se difere, onde Alphen é o personagem padrão tendo um gameplay mais diversificado de combos de espada e um ataque mais forte, Law é o lutador, portanto possui uma defesa mais frágil, mas é mais rápido nos combos e um estilo mais próximo do inimigo, Shionne possui uma arma e ataca mais de longa distância e capacidade de lançar magias elementais e de cura, Rinwell é uma maga e lança mais ars elementais de longa distância e entre outros personagens, sendo um jogo bem divertido e acessível a todos os gostos de estilo de gameplay.
Falado sobre os personagens, é preciso lembrar de outro elemento dos comandos do combate que é o Ataque de Impulso. Nas batalhas, há uma barra que se enche localizada na arte de rosto dos personagens, quando essa barra se completa você consegue usar esse ataque escolhendo usando um dos quatro botões do direcional digital, cada botão represente um personagem e quando você aciona, o jogo irá realizar um ataque especial obtendo diversos efeitos.
Sobre os inimigos, ao decorrer da batalha, surge uma barra azul no inimigo que vai se enchendo na medida que você o ataca emendando combos, quando ela se enche você consegue realizar um super ataque em conjunto com outro companheiro, este é são as Ars Místicas.
Como o jogo não possui uma barra individual de MP, ele possui uma barra universal de PC (Pontos de Cura), cada vez que um personagem usar Ars de Cura ou comandos para remover obstáculos nos mapas, essa barra é consumida, fazendo o jogador pensar muito bem o método do seu uso.
Como pode perceber, o combate é muito baseado na troca rápida de combos e todos as suas mecânicas servem esse propósito de deixar a batalha muito dinâmica, ágil, frenética usando simples toques de botões para nunca deixar o ritmo cair. Se por um lado os mais afeitos a uma batalha mais estratégia e cadenciada possa se frustrar, os não tão fãs de mecânicas tradicionais de JRPGs irão se divertir muito, abrindo ainda mais as portas para novatos na franquia.
Exploração e Mapas
Todo RPG se sustenta também na sua exploração, onde você encontra itens, armas, armaduras, acessórios, materiais para craftar novos itens, inimigos e dungeons secretas e a série Tales continua com essa característica.
A franquia já foi elogiada pelo lado de exploração do seu mapa semiaberto no seu passado, mas os últimos jogos da franquia como Tales of Zestiria e Tales of Berseria possuíam levels designs bem ultrapassados para a época de seus respectivos lançamentos. Não que Tales of Arise tenha melhorado tanto nesse quesito, mas houve um esforço maior nessa área.
Os grandes mapas abertos com poucos caminhos para exploração foram drasticamente reduzidos para dar lugar a grandes mapas com bifurcações e caminhos alternativos que dão a novas áreas ou a baús e materiais para coletar. A sensação de level design ultrapassado ainda reside, alguns podem dizer que é uma característica de JRPGs, mas ainda para mim é um fator preguiçoso, barato e mais cômodo para a desenvolvedora, contribuindo bem pouco para o jogo no sentido geral, sendo apenas áreas recheadas de inimigos para justificar o grinding.
Armas, Armaduras e Acessórios
O jogo possui uma quantidade boa de armas, armaduras e acessórios de efeitos. Para novas armas será necessário forjá-las em lojas específicas e para isso você terá que usar materiais categorizados pela sua raridade. Para consegui-los o jogo irá te obrigar a explorar o mapa e a lutar contra inimigos para ganhar estes itens. Já as armaduras e acessórios não precisam disso, sendo possível apenas comprá-las em lojas comuns tendo a diferença que os acessórios possuem um sistema de melhorias onde você precisa também usar estes itens coletados.
Uma crítica que tenho sobre as armas e armaduras é que muitas não possuem efeitos especiais de status elementais, proteções, efeitos negativos e etc, sendo apenas equipamentos de aumentos básicos de atributos como força, defesa, perfuração, resistência e magia.
Painel de Habilidades
Ao aumentar de nível e fazer missões você irá ganhar PH (Pontos de Habilidade), estes pontos de habilidade você irá gastar no painel de habilidades que é dividido por Títulos. Estes títulos possuem cinco pontos que podem ser efeitos, magias e habilidades que você pode gastar para adquirir para o seu personagem.
É uma das mudanças de Tales of Arise, onde antes armas te concediam ars astrais, isso é desbloqueado no painel de habilidades. O funcionamento desses títulos permanece um mistério, já que você não sabe quando e como é o funcionamento para desbloqueá-los, já que isso é pouco explicado no jogo, alguns destes títulos vão sendo desbloqueados ao decorrer de conversas, nível e pontos da história de forma aleatória.
Algumas habilidades contidas dentro desses títulos possuem explicações genéricas e funcionamentos pouco sentidos, fazendo o jogador completar os cinco pontos só para um bônus de melhoria de status.
Gráficos
A principal mudança da série foi iniciada em Tales of Arise. O produtor Yusuke Tomizawa havia revelado que o jogo não seria apenas um reboot, mas Tales of Arise iria representar um upgrade da franquia. Como os fãs já sabem, a franquia foi criticada por não inovar no seu aspecto técnico e visual parecendo mais um jogos de duas a três gerações atrás usando um motor gráfico bem antigo. Tales of Arise é diferente, com a mudança do motor gráfico para a Unreal Engine 4, o jogo sofreu uma mudança bem perceptível.
Como é óbvio perceber, como normal da série, o estilo de arte adotado é o anime e com o novo motor gráfico, o estilo casou muito bem com a mudança. Com cores vibrantes e até passando a sensação de pintado a mão, o jogo possui um grande salto nessa área. Mesclando arte parecida com cel-shading do motor gráfico e cinemáticas em anime, sua direção artística também se esforçou entregando um dos produtos mais estilosos da franquia, mas nem tudo são rosas.
Os cenários, apesar de belos, possuem pouca inspiração. Casas, castelos, construções, cavernas, mobílias e objetos são bem genéricos, tendo quase nenhum cuidado com uma fidelidade mínima natural, sendo jogados de forma aleatória nos cenários. Se compararmos com o trailer de anúncio, os gráficos estão abaixo do prometido, faltando muito de sua qualidade como efeitos de iluminação e partículas. Em cidades um pouco mais populosas, notei quedas de FPS.
Em suma, Tales of Arise não é um jogo feio, ele é sim bem bonito, mas ele só supera os anteriores mais por demérito do seus antecessores do que um grande mérito real.
Trilha Sonora e Som
Como sempre, Motoi Sakuraba assina a composição da trilha sonora mais uma vez, tendo trabalhando além de vários jogos da franquia Tales, mas também em Mario Golf, Super Smash Bros, Star Ocean, Dark Souls e dezenas de outros jogos.
Como sempre, mais um jogo da série continua com belas composições de uma soma de diferentes estilos musicais, desde os mais calmos, emotivos, dramáticos, acelerados e os cantados. Como direção musical, Tales of Arise alcança mais uma vez a conquista de ter um ótimo produto musical.
https://www.youtube.com/watch?v=0OQZxp0LMcg
O jogo, como sempre, não foi dublado em português do Brasil, apenas contendo legendas e sendo dublado em japonês e inglês. Eu joguei a versão em inglês e considerei a dublagem nessa versão surpreendente até para os padrões de JPRG, passando emoção e momentos cômicos tal qual a sua versão em japonês, um ponto de crítica é a ausência de sincronização labial com a dublagem em inglês, prejudicando a experiência em diversas partes da narrativa.
Vale a Pena?
Tales of Arise certamente é um ótimo novo ponto de inovação para a série. Com uma história que irá agradar uma boa parte dos fãs e irá conquistar um novo público, bons personagens que vão crescendo ao decorrer da narrativa, apesar de deslizes. Seu combate, ágil, versátil e divertido, é sem dúvida o melhor da franquia e até mesmo um dos melhores já lançado para o gênero. Com gráficos revitalizados e uma nova roupagem, Tales of Arise passa a dar o primeiro passo para a nova geração.
Se Tales of Arise é um ponto de virada da série? Definitivamente ainda não. Contendo problemas no seu roteiro comum, mecânicas de level design ultrapassadas e um sistema de progressão esquisito, o jogo mostra que ainda falta chão para que a franquia atinja o patamar esperado, mas certamente se apresenta como um produto que irá chamar novos públicos e o melhor JRPG do ano.
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Notas do Jogo
Título: Tales of Arise
Descrição do jogo: Por 300 anos, Rehna governou Dahna com punho de ferro, saqueando os recursos do planeta e subjugando brutalmente o povo. A história começa com dois jovens de mundos diferentes, cada um procurando mudar o destino e criar um novo futuro. Com um elenco diverso, um combate intuitivo e gratificante e uma história envolvente num mundo vibrante que vale a pena salvar, Tales of Arise é um JRPG imperdível de primeira categoria.
Gênero: RPG
Lançamento: 10/09/2021
Produtora: Bandai Namco
Distribuidora: Bandai Namco
Nota
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História - 8/10
8/10
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Jogabilidade - 9/10
9/10
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Gráficos - 8/10
8/10
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Trilha Sonora e Som - 9/10
9/10
Veredito
Tales of Arise certamente é um ótimo novo ponto de inovação para a série. Com uma história que irá agradar uma boa parte dos fãs e irá conquistar um novo público, bons personagens que vão crescendo ao decorrer da narrativa, apesar de deslizes. Seu combate, ágil, versátil e divertido, é sem dúvida o melhor da franquia e até mesmo um dos melhores já lançado para o gênero. Com gráficos revitalizados e uma nova roupagem, Tales of Arise passa a dar o primeiro passo para a nova geração.
Se Tales of Arise é um ponto de virada da série? Definitivamente ainda não. Contendo problemas no seu roteiro comum, mecânicas de level design ultrapassadas e um sistema de progressão esquisito, o jogo mostra que ainda falta chão para que a franquia atinja o patamar esperado, mas certamente se apresenta como um produto que irá chamar novos públicos e o melhor JRPG do ano.
Vantagens
- Combate divertido
- História em escala épica
- Bom desenvolvimento de personagens
- Ótimos gráficos de personagens
- Trilha sonora mais uma vez competente
Desvantagens
- Vilão raso
- Qualidade de roteiro ainda raso
- Sistema de progressão ruim
- Level design dos mapas ultrapassado
- Gráficos genéricos de cenário
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