Life is Strange conquistou um lugar especial no coração dos fãs de jogos narrativos, especialmente devido ao impacto emocional e à profundidade do seu primeiro título. A trama envolvente e os personagens marcantes ainda são lembrados com carinho, sendo a relação entre Max Caulfield e Chloe Price um dos pontos mais celebrados. A química entre as duas protagonistas não apenas emocionou o público, mas também gerou um clamor constante por uma continuação direta focada nessa dupla.
Atendendo a esses pedidos, a Square Enix e a Deck Nine decidiram unir forças para trazer uma nova aventura com a personagem amada. O anúncio de Life is Strange: Double Exposure trouxe euforia para a comunidade, confirmando o retorno de Max como a protagonista fotógrafa. No entanto, a nova trama promete mais do que nostalgia: desta vez, Max se verá envolvida em uma narrativa densa sobre morte e perda, sendo obrigada a enfrentar seus medos para proteger aqueles que ama.
Com esse novo capítulo, Max não estará apenas lidando com as consequências de seus poderes temporais, mas também buscando redenção. Determinada a não repetir os erros do passado, ela fará de tudo para evitar que o sofrimento toque novamente quem lhe é querido.
Life Is Strange: Double Exposure foi lançado nos consoles PlayStation 5 e PlayStation 4 em 29 de Outubro de 2024.
História
No primeiro jogo da série, Max Caulfield, uma estudante de fotografia que descobre a habilidade de voltar no tempo, enfrenta uma decisão devastadora que marcou profundamente os jogadores. Diante de uma escolha que testa os limites de sua moralidade e amor, Max precisa optar entre salvar Chloe, sua rebelde paixão de cabelos azuis, sacrificando todos os habitantes de Arcadia Bay, ou deixar Chloe morrer para preservar a cidade.
Por anos, os fãs debateram intensamente sobre qual seria o final “canônico”, e muitos assumiram que a morte de Chloe era o verdadeiro desfecho. Essa interpretação se manteve como consenso até o anúncio de Double Exposure, a nova sequência da franquia.
A história avança cerca de dez anos após os acontecimentos trágicos de Arcadia Bay. Max, agora uma fotógrafa formada, decidiu se afastar do passado e vive em Lakeport, Vermont, onde trabalha para a Universidade de Caledon. O trauma que vivenciou a levou a fazer uma promessa solene: nunca mais usar seus poderes para manipular o tempo.
A primeira grande decisão em Double Exposure é escolher se Chloe morreu ou não no jogo original. Se optarmos por sua morte, Arcadia Bay foi salva; caso contrário, a cidade foi destruída, mas Chloe continua viva. Surpreendentemente, essa escolha não tem grande impacto imediato no desenrolar da trama, o que intriga os jogadores logo de início.
Max agora construiu novos laços. Entre seus amigos estão Moses, um astrólogo excêntrico, e Safi, uma poetisa talentosa e filha da diretora da universidade, que se tornou sua melhor amiga.
Em uma noite de inverno, os três estão reunidos no topo do prédio da universidade para observar a chuva de meteoros. Durante essa conversa íntima, Safi revela com entusiasmo que finalmente conseguiu uma editora interessada em publicar seu livro de poemas, o que gera um clima de celebração entre os amigos. Max e Moses brindam pela conquista, mas a noite toma um rumo sombrio quando Safi recebe uma ligação misteriosa e se afasta para atendê-la.
Max e Moses esperam por alguns minutos, mas Safi não retorna. Inquieta, Max decide procurá-la. Ao atravessar o pátio escuro do campus, ela é acometida por uma dor aguda na cabeça, que a faz desmaiar repentinamente. Quando recobra a consciência, percebe que algo estranho está acontecendo: o ambiente ao seu redor parece distorcido por anomalias temporais.
Confusa e desesperada, Max avista Safi caminhando em direção ao mirante e resolve segui-la. No trajeto, escuta fragmentos da conversa de Safi pelo celular, que termina com um som repentino de tiro. Ao chegar ao mirante, Max encontra Safi sentada em um banco, imóvel. O sangue mancha seu casaco, e um tiro no peito revela que ela está morta.
Essa morte repentina mergulha Max de volta no pesadelo da perda, confrontando-a com a necessidade de decidir: quebrará sua promessa e usará seus poderes novamente para tentar salvar Safi, ou aceitará que alguns destinos são imutáveis?
Campanha
Max logo descobre o despertar de um novo poder chamado “Pulsar”, uma habilidade que permite não apenas ver uma linha temporal alternativa, mas também interagir diretamente com ela. Nessa linha, conhecida como “Viva”, Safi não foi morta — mas seu carro foi vandalizado por alguém misterioso, quebrando o vidro. Max decide explorar essa realidade na esperança de encontrar pistas que possam revelar se o responsável por vandalizar o carro de Safi na linha “Viva” seria o mesmo que a matou na linha “Morta”. Assim, começa a sua investigação, onde tempo e realidade se entrelaçam, forçando Max a navegar por dilemas morais e verdades ocultas.
Durante essa busca obsessiva por respostas, Max cruza o caminho de várias pessoas ligadas à Universidade Caledon, cada uma com seus segredos e dramas pessoais. Essas figuras complexas e intrigantes são essenciais para desvendar o mistério por trás da morte de Safi:
- Yasmin Fayyad, mãe de Safi e presidente da universidade, é uma figura influente e enigmática, carregando o peso de uma relação complicada com a filha.
- Amanda Thomas, garçonete no bar local Snapping Turtle, conhece detalhes inesperados sobre os alunos e professores que frequentam o lugar.
- Vinh Lang, assistente administrativo de Yasmin, lidera a sociedade secreta Abraxas, cujos interesses parecem mais obscuros do que aparentam à primeira vista.
- Gwen Hunter, professora de ficção não criativa, esconde cicatrizes emocionais e tem uma ligação intrigante com Safi e seus poemas.
- Lucas Colmenero, chefe do departamento de literatura, aparenta ser um mentor distante, mas seus segredos pessoais começam a emergir conforme Max se aproxima da verdade.
- Loretta Rice, Reggie Kagan e Diamond Washington, estudantes de graduação, são peças fundamentais no quebra-cabeça. Cada um deles tem sua própria conexão com Safi e com eventos que ocorreram nas semanas anteriores à sua morte.
À medida que Max avança na investigação, novas camadas da história se revelam, desmontando completamente as certezas iniciais. As narrativas de cada personagem adicionam complexidade emocional e trazem à tona segredos há muito enterrados, alterando o curso dos eventos de forma inesperada.
Os jogadores se veem envolvidos em reviravoltas magistralmente construídas que desafiam a lógica, transformando tudo o que acreditavam saber. A trama muda drasticamente na segunda metade, e o que parecia ser uma simples investigação sobre um assassinato se converte em algo muito maior — um thriller psicológico, onde cada decisão altera o futuro e as consequências do passado vêm à tona de maneiras devastadoras. Max é obrigada a questionar não apenas quem matou Safi, mas se é possível salvar alguém sem destruir outras vidas no processo.
Gameplay
Em Double Exposure, Max Caufield retorna com uma nova habilidade ainda mais poderosa: a capacidade de transitar entre duas linhas temporais paralelas. No primeiro Life is Strange, ela podia voltar no tempo para alterar o presente; agora, ela navega entre duas realidades — uma onde Safi morreu na noite dos meteoros (“Morta”) e outra onde nada aconteceu com sua amiga (“Viva”). Essa mudança de mecânica desloca o foco da narrativa: não se trata mais de corrigir o passado, mas sim de aproveitar as diferenças entre as realidades para investigar o assassinato e revelar segredos que justificariam o motivo do crime.
Como o jogo é narrativo, os diálogos são fundamentais, e cada escolha influencia como alunos, professores e funcionários da Universidade de Caledon se relacionam com Max. As interações constroem lentamente a rede de informações que a protagonista precisa para descobrir a verdade. As microdecisões afetam pequenas conversas e relacionamentos, mas as escolhas macro — típicas da franquia — têm impacto profundo, alterando tanto os desfechos individuais dos personagens quanto o mistério central da morte de Safi.
Agora formada em fotografia, Max ainda pode tirar fotos, capturando personagens, locais e provas, mas essa mecânica não interfere muito na narrativa até o último capítulo. A habilidade que dá nome ao jogo, a “dupla exposição”, só é explorada mais tarde na história. Embora seja fundamental na identidade da protagonista, sua utilização parece mais um cumprimento de obrigação do que uma ferramenta central da experiência, o que pode desapontar quem esperava usá-la com mais frequência.
Explorando as Duas Realidades
O conceito de transitar entre as linhas “Viva” e “Morta” é essencial para resolver os mistérios. Em cada realidade, os personagens têm comportamentos e contextos diferentes, e cabe ao jogador utilizar essas diferenças a seu favor. Por exemplo, para descobrir a senha de um celular, é necessário mudar para a linha onde o personagem está mais propenso a fornecê-la. Da mesma forma, portas trancadas na realidade “Morta” podem ser acessadas trocando para a linha “Viva”, permitindo o avanço na investigação.
Essas anomalias temporais são o núcleo da jogabilidade, sustentando toda a experiência do jogo. A investigação é rica em momentos intrigantes, revelando fatos inesperados que deixam o jogador mais confuso e engajado conforme a narrativa avança. Entretanto, faltam momentos de urgência: a maior parte do gameplay é voltada para a investigação meticulosa, com poucas situações que exigem ações rápidas ou geram alta tensão.
Picos Isolados de Tensão
Apesar de seu ritmo investigativo consistente, o jogo carece de momentos em que a troca de realidades é usada em situações críticas. Existe um ponto alto específico na narrativa em que o jogador precisa alternar repetidamente entre as realidades para proteger um personagem de um investigador, mas essa sequência acaba se destacando como um evento isolado, sem muitos outros exemplos de ação ou suspense intenso ao longo da história.
Double Exposure oferece uma experiência densa e cheia de reviravoltas, mas se distancia da ação frenética de outros jogos. Em vez disso, aposta em uma narrativa mais investigativa e emocional, onde cada conversa e descoberta acrescenta uma nova peça ao quebra-cabeça da morte de Safi. A habilidade de transitar entre duas realidades é fascinante, mas poderia ter sido explorada de forma mais ousada e com maior impacto. Mesmo assim, a teia complexa de personagens e segredos mantém o jogador imerso, transformando a busca pela verdade em um thriller psicológico profundo e envolvente.
Gráficos e Direção de Arte
Graficamente, Double Exposure representa uma evolução clara em relação ao seu antecessor, True Colors (2021). A melhoria mais marcante está nas expressões faciais dos personagens. Embora o jogo mantenha um estilo visual mais cartunesco e estilizado, ele consegue transmitir emoções de forma convincente, especialmente em cenas dramáticas e momentos de maior impacto emocional. As expressões faciais se destacam na construção do tom narrativo, aproximando o jogador dos dilemas e sentimentos dos personagens.
Ambientação e Cenários
O jogo se passa em um número limitado de locações: o campus da Universidade Caledon, com suas áreas principais (biblioteca, cafeteria, salas de professores, diretoria), o bar Snapping Turtle, e a casa de Max. Assim como nos títulos anteriores da série, o design do mundo é intimista e contido, com foco em pequenos espaços que reforçam a atmosfera de uma narrativa pessoal e investigativa. A única exceção dentro da franquia continua sendo Life is Strange 2, que explorou cenários mais variados e expansivos.
Embora os cenários de Double Exposure cumpram seu papel na narrativa, não impressionam visualmente. Eles servem como pano de fundo funcional, mas não são particularmente inspiradores ou memoráveis. A direção de arte minimalista reforça o foco na história e nos personagens, mas a falta de cenários impactantes pode deixar a experiência visual um pouco aquém das expectativas para jogadores que apreciam design ambiental detalhado.
Problemas Gráficos e Bugs
Infelizmente, problemas recorrentes da franquia ainda estão presentes, e um dos mais notáveis é a modelagem e animação dos cabelos. O movimento dos fios continua sendo plástico e pouco natural, comprometendo a imersão em momentos mais próximos dos personagens. Essa limitação já é uma crítica comum nos jogos anteriores e, mais uma vez, não foi plenamente resolvida aqui.
Outro ponto fraco é a animação do tornado, que aparece em algumas cenas. A modelagem e os efeitos visuais dessa sequência não transmitem realismo, prejudicando o impacto que a cena deveria causar. Ao invés de intensificar a tensão, essas animações acabam destoando do restante da direção artística, deixando algumas cenas visualmente “feias”.
Experiência com Bugs
Durante o jogo, alguns bugs técnicos foram perceptíveis. Em duas ocasiões, a tela ficou completamente preta, com apenas o áudio continuando a funcionar. Em outro momento, os diálogos dos personagens estavam mutados, e apenas os sons ambientes eram audíveis. Esses problemas, embora não constantes, podem prejudicar a experiência narrativa, já que o jogo é fortemente baseado em diálogos e cenas cinematográficas. A presença desses bugs sugere que o polimento técnico poderia ter sido melhor antes do lançamento.
Graficamente, Double Exposure faz avanços significativos, especialmente nas expressões faciais e animações emocionais, que são essenciais para dar peso à narrativa. No entanto, algumas limitações recorrentes da franquia ainda permanecem, como a modelagem dos cabelos e alguns efeitos visuais insatisfatórios. Os cenários, embora adequados para a história, não se destacam por sua beleza ou impacto visual. Além disso, bugs técnicos pontuais podem quebrar a imersão em momentos-chave, prejudicando uma experiência que, de outra forma, é envolvente e intrigante.
Trilha Sonora e Som
Suas músicas continuam sendo o ponto mais alto da franquia e em Double Exposure isso continua acontecendo. Tendo músicas inéditas de artistas como Dodie, Chloe Moriondo e Matilda Mann, podemos dizer que as faixas possuem grande parte inspiração em canções do gênero indie folk. Suaves, calmas e instrospectivas, o jogo faz um ótimo trabalho de casar muito bem não só com o tom narrativo, mas com a personalidade da Max. Várias delas tocam quando a protagonista está refletindo sobre os acontecimentos da campanha.
Infelizmente o jogo não conta com dublagens em português, apenas legendas e localização. O trabalho de dublagem em inglês é competente, onde Hannah Telle volta para interpretar a Max Caufield. Por ser uma personagem mais comedida e tímida, é pouco explorada, dando espaço para a dubladora de Safi, Olivia AbiAssi, que rouba a cena com as suas falas.
Vale a Pena?
O retorno de Max Caulfield, a protagonista mais querida da franquia Life is Strange, marca uma mudança significativa no rumo da série em Double Exposure. A decisão de mudar o foco do poder temporal – de voltar no tempo para alterar eventos a navegar entre linhas do tempo paralelas – foi acertada, permitindo à série se reinventar sem repetir as mesmas ideias do jogo original. Essa nova mecânica não só mantém o frescor da jogabilidade, como também aprofunda a narrativa investigativa, dando um novo peso à história.
A campanha oferece personagens bem desenvolvidos e com arcos narrativos que trazem complexidade e profundidade à trama. Cada um dos alunos, professores e membros da universidade contribui com um pedaço essencial do mistério em torno da morte de Safi. As revelações são bem dosadas, com viradas de roteiro que surpreendem e deixam o jogador intrigado. O mistério cresce a cada descoberta, especialmente quando uma foto reveladora, tirada pela própria Safi na noite de sua morte, mostra um personagem inesperado ao fundo, ampliando ainda mais o suspense e a sensação de urgência em descobrir a verdade.
No entanto, alguns arcos são deixados em aberto, sugerindo a possibilidade de uma futura continuação. Embora isso deixe espaço para a série evoluir e manter o interesse dos jogadores, pode causar certa frustração em quem esperava um fechamento mais conclusivo para todos os personagens apresentados.
Apesar da mecânica de alternar entre duas realidades temporais ser envolvente e trazer frescor para a série, o foco principal é a investigação e resolução de mistérios, o que pode não agradar jogadores que esperam algo mais dinâmico e cheio de ação. Diferente dos jogos de terror da Supermassive Games ou das narrativas futuristas da Quantic Dream, Double Exposure tem um ritmo mais lento e contempla diálogos, exploração e coleta de pistas. Isso faz com que o jogo brilhe mais como uma experiência narrativa investigativa, voltada para quem aprecia a construção cuidadosa de enredos e personagens.
O final do jogo sugere que a história de Max está longe de acabar, deixando pistas sobre o que o futuro da série pode reservar. No entanto, aqueles que esperam grandes aparições de Chloe Price – a icônica personagem de cabelo azul do primeiro jogo – podem se decepcionar. Embora seu nome e legado permeiem a experiência de Double Exposure, sua presença é discreta, e a narrativa foca quase inteiramente na investigação do mistério de Safi e nos novos personagens da universidade.
No fim, Double Exposure é uma adição envolvente ao universo de Life is Strange, capaz de renovar sua mecânica e narrativa sem perder a essência da série. Mesmo com alguns momentos mais lentos e a falta de grandes sequências de ação, a complexidade da investigação e as reviravoltas na história garantem uma experiência intrigante e emocionalmente satisfatória para fãs antigos e novos.
*Jogo analisado no PS5 com cópia digital fornecida pela Square Enix.
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Notas do Jogo
Título: Life Is Strange: Double Exposure
Descrição do jogo: Max Caulfield, fotógrafa residente na prestigiada Universidade Caledon, encontra a grande amiga dela, Safi, morta na neve. Assassinada. Max tenta retroceder para salvá-la, mas ela não usava tal poder há muitos anos, então acaba acidentalmente abrindo um portal para uma linha do tempo alternativa onde Safi ainda está viva e correndo perigo! Max percebe que a pessoa responsável pelo crime pretende agir novamente nas duas realidades. Será que a Max consegue usar os novos poderes dela de alternar entre linhas do tempo para desvendar o mistério e impedir o assassinato?
Gênero: Aventura e Narrativo
Lançamento: 29/10/2024
Produtora: Deck Nine Games
Distribuidora: Square Enix
Nota
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História - 8.5/10
8.5/10
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Jogabilidade - 7.5/10
7.5/10
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Gráficos - 8/10
8/10
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Trilha Sonora e Som - 10/10
10/10
Veredito
O retorno de Max Caulfield em Double Exposure marca uma mudança importante na série, trocando a habilidade de voltar no tempo pela navegação entre realidades paralelas. Essa nova mecânica traz frescor à jogabilidade e aprofunda a narrativa investigativa, mantendo a essência da franquia sem repetir o passado.
A história é centrada no mistério da morte de Safi, com personagens bem construídos, cada um contribuindo para o desenrolar da trama. Revelações surpreendentes mantêm o suspense, especialmente uma foto tirada por Safi, que mostra uma figura inesperada ao fundo. Apesar de algumas pontas soltas sugerirem uma possível continuação, isso pode frustrar jogadores que esperavam um desfecho completo.
Embora a mecânica temporal seja envolvente, o foco está na investigação e resolução de mistérios, com um ritmo mais lento, voltado para diálogos e coleta de pistas. Isso pode não agradar quem busca ação frenética, mas faz do jogo uma narrativa densa e emocional.
Chloe Price, icônica no primeiro jogo, tem uma presença discreta, com seu legado apenas sugerido, enquanto a trama se concentra em Max e nos novos personagens da universidade.
No geral, Double Exposure renova a série com uma história intrigante e bem elaborada, garantindo uma experiência gratificante para fãs antigos e novos, mesmo com momentos menos dinâmicos.
Vantagens
- Ótimo desenvolvimento narrativo;
- Nova Mecânica de Realidades Paralelas;
- Ótima Trilha Sonora;
- Personagens Complexos e Bem-Desenvolvidos.
Desvantagens
- Poucas cenas de ação e ritmo lento pode afastar novos jogadores;
- Exploração Limitada da Nova Mecânica;
- Cenários Não Inspiradores;
- Alguns Problemas Gráficos.