Doze anos se passaram desde que a Capcom lançou Dragon’s Dogma no PS3, uma jornada de fantasia com boas ideias e um pouco desajeitada. Embora não tenha sido um sucesso estrondoso, o interesse dos fãs pelo jogo manteve o nome da IP em alta, todos aguardando ansiosamente por uma sequência, mesmo que parecesse improvável. Então, em 2022, o diretor Hideaki Itsuno surpreendeu ao anunciar que a Capcom voltaria ao mundo implacável de Dragon’s Dogma para concretizar sua visão original. Dragon’s Dogma 2 surge, com o missão de aperfeiçoar o primeiro e ainda manter a sua essência.
Esta sequência não tenta se reinventar e repete muitas coisas que o primeiro jogo já revolucionou. Claro, apresenta novos recursos e conteúdos, mas, acima de tudo, é mais Dragon’s Dogma, com toda a sua essência. Você estabelecerá vínculos com seus peões, participará de combates intensos ao derrubar criaturas mortais de penhascos e cavalgará um grifo elos céus e travará lutas tensas e perigosas contra dragões. Tudo isso é Dragon’s Dogma, com as suas vantagens e desvantagens.
História
Dragon’s Dogma 2 se desenrola em um mundo distinto, embora intrinsecamente conectado ao universo do primeiro jogo, onde o destino do Nascen (Arisen), o protagonista do jogador, é o fio condutor que une as duas narrativas.
Seguindo a premissa estabelecida no jogo original, Dragon’s Dogma 2 apresenta um enredo familiar: um dragão escolhe um indivíduo para se tornar o Nascen, arrancando-lhe o coração e desencadeando a busca pelo seu resgate como principal objetivo do jogador.
Os elementos temáticos semelhantes entre os dois jogos são evidentes, especialmente no que diz respeito às consequências das escolhas feitas pelos nascen. Assim como no primeiro jogo, as decisões do jogador podem influenciar o destino do reino de Vermund, ecoando a possibilidade de se tornar o governante de Gransys. O enredo se desenrola com o Nascen em uma jornada para confrontar o dragão, enfrentando dilemas importante.
A narrativa de Dragon’s Dogma 2 nos trará para diferentes reinos, como Vermund e Battahl, em busca de informações sobre o paradeiro do dragão.
Você começa no trono do reino, sendo celebrado, algo acontece e você acorda como um prisioneiro nas minas. Após uma sucessão de acontecimentos, conseguimos escapar da prisão para logo descobrirmos uma teia de acontecimentos políticos.
O cenário político de Vermund se intensifica com a presença de um falso Nascen, uma trama costurada pela Rainha Disa, que deseja consolidar o trono para seu filho. Nesse reino historicamente governado pelos Nascen, a luta pelo poder se torna iminente, oferecendo ao jogador desafios intrincados além das batalhas com criaturas fantásticas.
Campanha
Em Dragon’s Dogma 2, a trama principal é de certa forma muito simples, às vezes parece desconexa. Os personagens principais muitas vezes parecem rasos, meros guias para o Nascen, apontando o caminho para o próximo destino. Às vezes, são introduzidos como peças importantes, apenas para serem descartados rapidamente pela narrativa. Esse sentimento de história apagada é contribuído pelo o seu péssimo início, onde os capítulos iniciais decepcionam por não acontecer nada muito interessante, apesar dos últimos finalmente justificarem o investimento de tempo do jogador.
Apesar disso, a narrativa de Dragon’s Dogma 2 é mais cativante do que a do seu antecessor. Ainda é simples, mas cheio de mistério e reviravoltas que mantêm os jogadores intrigados. O jogo incentiva a exploração do vasto mundo, tornando a história principal apenas uma parte de uma jornada maior, escrita pelo próprio jogador.
Gameplay
Em Dragon’s Dogma 2, o criador de personagens é um vasto playground onde a imaginação dos jogadores ganha vida. Você pode personalizar praticamente tudo, desde altura e peso até os detalhes mais íntimos. Embora eu não seja do tipo que passa horas nessa tela, consegui fazer um personagem quase à minha semelhança.
E em Dragon’s Dogma 2, você não está criando apenas um, mas dois personagens. Você também molda o seu Peão (Pawn) principal, um companheiro que está sempre ao seu lado. Escolhi fazer do meu personagem principal o personagem Khimahri do Final Fantasy X, um personagem humanoide felino.
O Nascen nunca está sozinho. Sempre há pelo menos um peão ao seu lado, e você pode até formar um grupo de quatro. Esses peões não são simples acompanhantes; cada um tem suas próprias habilidades e personalidade. Gosto de manter um equilíbrio no grupo, então busco por diferentes classes para preencher as lacunas.
Mas o mais incrível é o conceito de que, enquanto você dorme, seu peão está viajando por outros mundos, ajudando outros Arisen. É uma ideia fascinante e, ao receber relatos das aventuras de meu peão no jogo, eu me sinto conectado a uma comunidade maior de jogadores.
Em resumo, Dragon’s Dogma 2 não apenas oferece uma experiência de criação de personagens abrangente, mas também integra os peões de uma maneira única, tornando-os mais do que simples NPCs. E cada encontro com um novo peão nas fendas é uma oportunidade emocionante de explorar novas estratégias e personalidades.
Mundo e Atividades
Dragon’s Dogma 2 muitas vezes evoca a nostalgia dos RPGs da era PS3, mas também traz uma sensação contemporânea única. O jogo mergulha os jogadores em um mundo vasto e os desafia a descobrir seu próprio caminho, sem muitas orientações. Essa abordagem pode ser considerada clássica por alguns e frustrante por outros.
No entanto, o jogo também apresenta uma série de elementos contemporâneos, como sistemas de combate complexos e eventos dinâmicos que dão vida ao mundo de uma forma que lembra os RPGs daquela época. A sensação de descobrir que todos os NPCs têm suas próprias rotinas, como em Oblivion, é revivida em Dragon’s Dogma 2, mas em uma escala ainda maior.
Dragon’s Dogma 2 realmente imerge os jogadores em uma aventura cativante. Ao renunciar às conveniências modernas, como navegação guiada e registros de missões detalhados, o jogo abre espaço para momentos de jogo verdadeiramente emergentes. A interação com NPCs aparentemente comuns pode desencadear uma série de eventos inesperados, criando uma experiência memorável onde nada é certo.
O desafio em Dragon’s Dogma 2 pode ser uma faca de dois gumes, causando frustração para alguns jogadores, mas também adicionando profundidade e recompensa para aqueles dispostos a se envolver totalmente no jogo. O foco está mais na jornada do que no destino, e seguir o caminho mais fácil raramente é uma opção viável. O jogo é notoriamente difícil, punindo aqueles que não planejam com antecedência ou não sabem quando recuar. Tentar usar atalhos como as carroças de boi de viagem rápida muitas vezes resulta em encontros perigosos, enquanto as soluções rápidas são escassas.
No entanto, é nesses momentos desafiadores que Dragon’s Dogma 2 se destaca. O jogo respeita a inteligência do jogador, recompensando a paciência e a exploração. Cada pequena tarefa tem seu propósito e pode levar a descobertas inesperadas. Embora possa parecer enganoso, o jogo quer que os jogadores explorem todas as nuances do mundo para seu próprio benefício, embora por muitas vezes ele acabe mais irritando do que recompensando.
O mundo de Dragon’s Dogma 2 está repleto de personagens que buscam os favores do Nascen. Nobres e camponeses clamam por ajuda, levando os jogadores a uma infinidade de missões secundárias que adicionam profundidade ao mundo. Embora muitas dessas missões possam parecer simples, a verdadeira beleza está na jornada para completá-las, destacando a força da exploração no jogo.
Além disso, mesmo que as longas jornadas sejam magníficas, algumas missões podem não valer a pena ser concluídas devido às limitadas opções de viagem rápida, mesmo após explorar uma grande parte do mapa. Embora seja possível teleportar para locais com Crisalporto, esses cristais são escassos e cada viagem requer um consumível caro e raro. Considerando que muitas missões exigem retornar ao ponto de origem após esperar alguns dias, viajar pelo mundo de Dragon’s Dogma 2 é um problema considerável.
No entanto, Dragon’s Dogma 2 tenta recompensar essa limitação tornando seu mundo dinâmico, embora ele falhe na maioria das vezes. Eventos aleatórios e encontros com inimigos são comuns, mantendo o jogo constantemente atualizado e com surpresas, mas aos poucos ele acaba se repetindo e revelando uma falta de criatividade.
Além do jogo te forçar a ter que percorrer longos caminhos sem um único recurso de viagem rápida, ele te joga desafios no meio do caminho que vão se tornando um ciclo interminável de tarefas enfadonhas. Desde grupos de goblins causando tumulto até grifos atacando carroças puxadas por bois, há sempre algo acontecendo e te desviando da sua próxima missão. Às vezes, até mesmo grupos inteiros de inimigos são atraídos para confrontos próximos, resultando em caos total.
Além disso, Dragon’s Dogma 2 incorpora sutis mecânicas de sobrevivência que aumentam o senso de aventura. Conforme você viaja e entra em combate, sua saúde máxima diminui gradualmente devido aos danos sofridos. Isso o força a parar e descansar após batalhas intensas, seja em acampamentos no deserto ou em pousadas. Essa dinâmica de risco versus recompensa é aprimorada pelo ciclo de dia e noite, durante o qual criaturas mais perigosas, como mortos-vivos e espíritos, vagueiam pelas estradas escuras.
Combate
Em Dragon’s Dogma, o sistema de combate é uma parte essencial da experiência, repleto de batalhas intensas contra monstros e a mecânica única dos peões. Com a sequência, Dragon’s Dogma 2, essa fórmula é ampliada e refinada. Cada confronto no jogo pode ser verdadeiramente espetacular, exigindo dos jogadores toda a sua habilidade para superar os desafios, mesmo com uma preparação cuidadosa.
Apesar da intensidade das batalhas, o combate em Dragon’s Dogma 2 pode parecer pesado, lento e desajeitado em certos momentos, sem muitos recursos para compensar essa sensação. Como um jogo que abraça sua estética “datada”, ele pode carecer de algumas das nuances modernas, como um sistema de esquiva ou parry. Isso pode tornar os confrontos mais desafiadores, especialmente quando os jogadores se veem encurralados por ataques inimigos e precisam confiar em itens de cura para sobreviver.
No entanto, é nas batalhas contra os grandes monstros e criaturas que Dragon’s Dogma 2 se destaca. O jogo original já tinha um combate excelente, apesar de sua mecânica um pouco instável, e a sequência eleva isso a um novo patamar. As animações dos personagens são suaves e realistas, e cada tipo de inimigo apresenta desafios únicos que exigem estratégias diferentes para serem superados. Além disso, as opções de vocação oferecem uma variedade incrível de abordagens, incentivando os jogadores a experimentar e encontrar seu estilo de jogo preferido.
O combate em Dragon’s Dogma 2 gira em torno das Vocações (Classes) e das técnicas que elas conferem, mas o que importa é como você lida com cada encontro. Monstros têm fraquezas específicas e algumas vocações são muito mais adequadas para derrotar certas feras do que outras. Você também pode usar o terreno ao redor a seu favor, saltando sobre inimigos maiores e os escalando ao estilo Shadow of the Colossus. É tudo brilhantemente dinâmico, sempre oferecendo diferentes formas de enfrentar situações cada vez mais malucas.
O sistema de Peões em Dragon’s Dogma está de volta, provando mais uma vez que a abordagem da Capcom à fórmula de party de RPG supera muitos no gênero. Os peões muitas vezes apontarão coisas que o Nascen perdeu durante a viagem ou irão em frente e abrirão um baú, agindo como personagens vivos e respirando em vez de NPCs sem vontade ou atitude. O mais impressionante é como eles aprendem e se adaptam ao jogador. Os peões ajustarão suas táticas e aprenderão como lutar de acordo com o estilo de luta do jogador, desde que os jogadores estejam dispostos a ensinar fisicamente aos peões o que fazer.
Você pode ter até três desses companheiros controlados por IA ao seu lado ao mesmo tempo. Um dos três é o seu peão “principal” permanente, cuja aparência, classe e habilidades você seleciona. O resto você recruta ou invoca na Pedra da Fenda, na verdade um servidor onde se reúnem cópias dos peões principais de outros jogadores, esperando para serem escolhidos para aventuras alternativas.
Escolher peões auxiliares da fenda equivale, portanto, a pegar emprestadas as criações de outras pessoas para completar o seu grupo, e elas podem usar as suas, o que adiciona um maravilhoso toque comunitário aos procedimentos. E como os peões emprestados não sobem de nível enquanto trabalham com você, é necessário continuar trocando-os por outros, talvez experimentando diferentes escalações de classe – você mantém o equilíbrio básico de lutador, ladrão, arqueiro, feiticeiro ou ilusionista? – ao mesmo tempo, ganha uma janela sobre o que os colegas Nascen conjuraram do criador detalhado do personagem de Dragon’s Dogma 2 e que tipo de equipamento eles descobriram.
Mas o que separa Dragon’s Dogma de seus pares é como você combina as habilidades do seu grupo para montar táticas infalíveis. Este é um sistema baseado em party, onde o seu Nascen é acompanhado em sua jornada. Dito isto, melhorias óbvias foram feitas na IA do Peão. Mais especificamente, os peões agora lutam de acordo com a sua vocação. Magos e arqueiros permanecem à distância enquanto escudeiros e guerreiros entram na carnificina, evitando os momentos de pura frustração que poderiam pontuar as batalhas no lançamento original.
Vocações
O Sistema de Vocação retorna triunfante, trazendo consigo alguns dos favoritos de sempre, como o Lutador e o Mago liderando o pelotão básico. No entanto, não é apenas uma repetição; classes como o antigo Cavaleiro Místico foram reimaginadas como o Lanceiro Místico. Essa vocação surge como uma classe muito versátil em combate e ostentando o título de uma das vocações mais estilosas e cativantes do jogo. E o encanto não para por aí, pois ao explorar todas as dez vocações ao longo da jornada, é fácil perceber que cada uma delas possui seu próprio brilho único.
As vocações em Dragon’s Dogma 2 oferecem uma experiência de jogo completamente distinta umas das outras. O Mago manipula os elementos de forma majestosa, enquanto o Ladrão desafia os jogadores a repensarem suas estratégias de combate. A profundidade e a versatilidade de cada vocação são impressionantes, e a transição entre elas pode ser uma jornada desafiadora, mas recompensadora. Em um mundo onde a punição é a norma, Dragon’s Dogma 2 se destaca ao proporcionar uma experiência acessível para os jogadores explorarem diversas vocações sem se sentirem penalizados.
Em meio às escaramuças, cada classe (quatro para começar, 10 no total) se destaca de forma única. Como um arqueiro, você aprende a distância e o alcance a seu favor, enquanto um feiticeiro precisa dominar o tempo para conjurar seus feitiços elementais. Cada habilidade e técnica especial foi meticulosamente projetada para se adequar ao estilo de cada vocação, oferecendo uma variedade infinita de estratégias à medida que você avança no jogo. A capacidade de levitação de um feiticeiro, por exemplo, abre novas possibilidades de exploração e combate, enquanto um ladrão pode surpreender os inimigos com seu gancho.
Gráficos e Direção de Arte
Em meio a toda a agitação e aos sistemas ocultos, Dragon’s Dogma 2 muitas vezes parece estar se aventurando em território desconhecido, tentando abraçar mais do que pode gerenciar e nem sempre acertando o alvo com todos os seus elementos.
No que diz respeito ao desempenho, Dragon’s Dogma 2 enfrenta problemas significativos. Apesar da afirmação do diretor Hideaki Itsuno ter dito que o jogo possuiria uma taxa de fps desbloqueada, o jogo luta para manter e oscila muito nos 30fps em áreas urbanas densas e no meio de batalhas intensas, sofrendo com falhas graves que parecem se agravar com o tempo.
Os problemas de pop-in também são uma preocupação séria. Com uma quantidade significativamente maior de NPCs e animais em comparação com seu antecessor, Dragon’s Dogma 2 parece sobrecarregar a RE Engine, resultando em NPCs e objetos que aparecem do nada, prejudicando a experiência.
Vale a Pena?
Dragon’s Dogma 2 não é para os de coração fraco, e certamente não é para todos os gostos. O jogo adota uma abordagem deliberada e ponderada, exigindo que os jogadores pensem cuidadosamente em cada movimento e considerem todas as opções, mesmo para as tarefas mais simples. Aqueles que não apreciam essa natureza deliberadamente complexa e, em certos aspectos, datada de Dragon’s Dogma 2, podem não encontrar nele o jogo ideal. Adicione a isso os problemas técnicos e de estabilidade, e a venda do jogo para quem não compartilha sua visão pode ser uma tarefa árdua. No entanto, isso não diminui a excelência com a qual ele executa sua proposta. Nesse aspecto, ele se destaca como o melhor de sua categoria.
Após 44 horas intensas com Dragon’s Dogma 2, torna-se evidente que a Capcom criou uma obra-prima imperfeita, que pode não agradar a todos os paladares. No entanto, para aqueles que se conectam com sua proposta, é uma experiência divertida e única. Em muitos aspectos, é a sequência perfeita para o original Dragon’s Dogma.
Assim como o original, Dragon’s Dogma 2 brilha quando você está explorando seu vasto mundo aberto, acompanhado por seus leais peões – descobrindo cavernas escondidas, enfrentando monstros e mergulhando nas profundezas da aventura. No entanto, assim como seu antecessor, ele deixa a desejar em termos de design de missões e polimento geral. É uma sequência que mantém o charme do original, embora possa ser vista como conservadora em certos aspectos.
Se você é fã de RPGs de ação, Dragon’s Dogma 2 é uma escolha óbvia para sua próxima grande aventura. Hideaki Itsuno diz que um bom jogo não precisa necessariamente de viagens rápidas, mas com as decisões tão radicais, há riscos que podem desagradar e atrapalhar a experiência de muitos jogadores, onde uns se divertem aproveitando a jornada cheia de desafios ao lado dos seus peões, outros só querem chegar ao destino sem precisar percorrer por dezenas de vezes o mesmo caminho.
*Jogo analisado no PS5 com cópia digital fornecida pela Capcom.
Notas do Jogo
Título: Dragon's Dogma 2
Descrição do jogo: Dragon’s Dogma é um RPG de ação para um jogador movido por narrativa, que desafia os jogadores a escolherem sua própria experiência – desde a aparência de seus Nascen, suas vocações, seus aliados, seus comportamentos perante situações distintas e mais. Agora, nesta muito aguardada sequência, o rico e explorável mundo de fantasia de Dragons's Dogma 2 aguarda. Em sua jornada, você encontrará Peões, misteriosos seres de outro mundo, em uma jornada tão única que você se sentirá acompanhado por outros jogadores em sua própria aventura. Todos esses elementos são potencializados pela tecnologia de física, inteligência artificial (IA), e pelos gráficos mais modernos para criar um mundo de fantasia realmente imersivo em Dragon's Dogma 2.
Gênero: RPG e Ação
Lançamento: 22/03/2024
Produtora: Capcom U.S.A., Inc.
Distribuidora: Capcom U.S.A., Inc.
Nota
-
História - 7/10
7/10
-
Jogabilidade - 7.5/10
7.5/10
-
Gráficos - 7/10
7/10
-
Trilha Sonora e Som - 7/10
7/10
Veredito
Dragon’s Dogma 2 não é para os de coração fraco, e certamente não é para todos os gostos. O jogo adota uma abordagem deliberada e ponderada, exigindo que os jogadores pensem cuidadosamente em cada movimento e considerem todas as opções, mesmo para as tarefas mais simples. Aqueles que não apreciam essa natureza deliberadamente complexa e, em certos aspectos, datada de Dragon’s Dogma 2, podem não encontrar nele o jogo ideal. Adicione a isso os problemas técnicos e de estabilidade, e a venda do jogo para quem não compartilha sua visão pode ser uma tarefa árdua. No entanto, isso não diminui a excelência com a qual ele executa sua proposta. Nesse aspecto, ele se destaca como o melhor de sua categoria.
Após 44 horas intensas com Dragon’s Dogma 2, torna-se evidente que a Capcom criou uma obra-prima imperfeita, que pode não agradar a todos os paladares. No entanto, para aqueles que se conectam com sua proposta, é uma experiência divertida e única. Em muitos aspectos, é a sequência perfeita para o original Dragon’s Dogma.
Assim como o original, Dragon’s Dogma 2 brilha quando você está explorando seu vasto mundo aberto, acompanhado por seus leais peões – descobrindo cavernas escondidas, enfrentando monstros e mergulhando nas profundezas da aventura. No entanto, assim como seu antecessor, ele deixa a desejar em termos de design de missões e polimento geral. É uma sequência que mantém o charme do original, embora possa ser vista como conservadora em certos aspectos.
Se você é fã de RPGs de ação, Dragon’s Dogma 2 é uma escolha óbvia para sua próxima grande aventura. Hideaki Itsuno diz que um bom jogo não precisa necessariamente de viagens rápidas, mas com as decisões tão radicais, há riscos que podem desagradar e atrapalhar a experiência de muitos jogadores, onde uns se divertem aproveitando a jornada cheia de desafios ao lado dos seus peões, outros só querem chegar ao destino sem precisar percorrer por dezenas de vezes o mesmo caminho.
Vantagens
- Vocações adicionam camadas de profundidade na variação de jogabildiades;
- Combate adiciona momentos épicos;
- Sistema de Peões é único e divertido;
- Jogadores se sentem em uma jornada;
Desvantagens
- Poucas mudanças ao primeiro jogo;
- Missões esquisitas, confusas e chatas;
- Nada relevante acontece nos primeiros capítulos;
- Animações de diálogos ruins;
- Desempenho inconstante e alguns problemas com técnicos como pop-in e colisão;
- Longas jornadas sem recursos para viagem rápida acessíveis pode tornar a experiência entediante.
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