Review | COGEN: Sword of Rewind


Os jogos com proposta de serem plataforma side-scrolling surgem aos montes, por isso é cada vez mais difícil um se destacar sendo necessário que contenham algo de especial ou único que se destaca no meio do gênero. Com uma proposta de usar elementos de reversão de tempo e belos gráficos, COGEN: Sword of Rewind procura abrir caminho na mercado, mas será que só isso seria suficiente?

História

review COGEN Sword of Rewind No jogo você é Kohaku Otori, uma menina que acorda desmemoriada no chão de uma cidade. Ela encontra ao seu lado a ExeBreaker, uma espada com Inteligência Artificial. Você está na cidade futurística Cogen City e toda a população foi “evacuada”. Os dois são imbuídos de uma missão, destruir um dispositivo localizado no centro El-Bird (empresa do pai de Kohaku, Yuji Otori) para prosseguir com o processo de reinicialização da cidade, que acabou travando.

A reinicialização está executando uma simulação muito complexa. A simulação foi sido executada há bastante tempo e finalmente produziu uma solução. Para fazer essa solução funcionar, os dois terão que desligá-la. O sistema ficou executando bastante tempo e por isso os protocolos de desativação não estão funcionando. Por isso o Yuji Otori decidiu forçar o encerramento da simulação destruindo o dispositivo onde está sendo executada.

Campanha

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A campanha do jogo é bem simples em termos de narrativa e apesar de conter assuntos de tempo e espaço, o jogo é bastante direto e descomplicado no seu roteiro. A narrativa é contada através de diálogos entre os personagens antes, durante e depois de cada fase.

Apesar de poucos, cada personagem possui sua personalidade única e são fáceis de estabelecer uma identificação, apesar dos genéricos e pouco profundos. O problema da narrativa se resume na proposta do jogo, de ser mais focado em gameplay do que preocupado em entregar uma experiência singular em termos narrativos.

Gameplay

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Acho que até agora ficou óbvio que COGEN: Sword of Rewind claramente se inspira na franquia Mega-Man, mais especificamente a série Mega-Man X. É um jogo de plataforma onde você pode andar, fazer salto duplo, se agarrar em paredes, esquivar, atacar com a espada e reverter o tempo.

Sua principal e singular mecânica é sem dúvida o Sistema Ouroboros. Esse sistema funciona com a função de voltar no tempo. Sua personagem não possui uma barra de saúde e no seu lugar existe a barra do Sistema Ouroboro que possui 3 barras de uso, que pode ser ativado manualmente ou automaticamente. Se o jogador for acertado por um inimigo, o sistema se ativa dando o controle para o jogador escolher um ponto antes de receber o dano dando outra chance para que o jogador refaça os seus movimentos. Não só isso, mas o sistema pode ser usado caso o jogador tenha errado um salto de plataforma, voltando para o momento anterior do salto. Caso o jogador use as três barras, ele morre e retornará no último checkpoint salvo. É claro que o jogo alivia e as barras se enchem automaticamente, mais rápido caso o jogador fique parado.

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A mecânica de reversão de tempo não é somente usada contra inimigos, mas também na restauração de plataformas por meio de backup. Há uma espécie de “bug gráfico” na simulação onde o jogador pode recarregar o Sistema Ouroboros e ativar a reversão de tempo para reativar plataformas por um breve período e conseguir alcançar o outro lado da fase.

O jogo é dividido em dois momentos, sua primeira parte institui um desafio padrão, servindo mais como uma introdução de desafios para o que vem a seguir. A sua segunda parte é onde o jogo expõe a sua intenção, de ser um jogo bem desafiante estabelecendo desafios de plataforma onde vai necessitar habilidade e destreza do jogador, já que o Sistema Ouroboros fica bem mais difícil de se encher automaticamente, obrigando a estudar melhorar os movimentos e seu uso durante as fases.

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Sobre os inimigos, eles são relativamente fáceis sozinhos e irritantes em grupo, nos obrigando a sempre agir de forma rápida e precisa para não usar o sistema de reversão de tempo. Os chefes possuem movimentos pré-estabelecidos e são divertidos de lutar.

Infelizmente o jogo se repete muito, fazendo o jogador rejogar fases com pequenas mudanças estruturais, só que bem mais difíceis por conta de alterações de mecânica, não dando tanta atenção a novidades que possam instigar a vontade de continuar a jornada. O jogo não peca por aumentar a sua dificuldade na segunda parte, mas peca em obrigar o jogador a passar pelas mesmas fases novamente.

Gráficos

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O jogo se sustenta no uso de sprites, que são bem animados e desenhados a mão em COGEN: Sword of Rewind. Cada personagem é cuidadosamente bem retratado e criado para ser animados de uma forma fluida e bonita, pena seus cenários não sofrerem do mesmo cuidado. Além deles serem pouco cuidados, a sensação que passa é que são pouco diversos.

Trilha Sonora e Som

Um dos maiores atrativos de Cogen: Sword of Rewind é sua música, a trilha sonora é composta por Motoi Sakuraba, responsável por trilhas sonoras de grandes jogos como Star Ocean, Golden Sun, Mario Tennis, a série Tales, Dark Souls, Star Fox e etc. 

O jogo não possui dublagem, mas é localizado para Português do Brasil nas legendas, portanto o jogador não irá se perder no seu enredo.

Vale a Pena?

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COGEN: Sword of Rewind é um jogo de plataforma side-scrolling competente e sólido onde se destaca por sua nova mecânica de reversão de tempo. Sua história é divertida e explicada de forma descomplicada, mas não chega a se destacar e só brilha por causa dos seus personagens simpáticos.

O jogo possui dois momentos que podem ser divisivos para os jogadores, já que sua dificuldade aumenta muito na sua segunda metade, podendo afastar quem espera um jogo apenas divertido e descompromissado. Enquanto graficamente os personagens principais e chefes são brilhantemente construídos por sprites, as fases são notoriamente sem graça não possuindo nenhuma identidade visual e genéricas.

Por ser um jogo muito curto (cerca de 3 horas de duração), COGEN: Sword of Rewind não consegue desenvolver e amadurecer muito da sua história e suas mecânicas, tornando um jogo aquém do que poderia ser.

Notas do Jogo
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Título: COGEN: Sword of Rewind

Descrição do jogo: COGEN é um novo jogo de ação 2D sem tempo para morrer. Cada hit é uma sentença de morte neste jogo de ação 2D side-scrolling. Mas não tenha medo! Você pode não ter HP suficiente para suportar os choques, mas tem o sistema Ouroboros ao seu lado. Essa tecnologia futurista começa assim que a morte o atinge e você pode retroceder no tempo em até 3 segundos. Você está cometendo um erro e gostaria de poder voltar atrás? Quer jogar e experimentar? Fácil, basta rebobinar o relógio! Aprimore suas habilidades tentando e cometendo erros e derrotando armadilhas diabólicas e legiões de inimigos assustadores!

Gênero: Ação, Plataforma

Lançamento: 06/11/2021

Produtora: Gemdrops, Inc.

Distribuidora: Gemdrops, Inc.

COMPRAR

Nota
7/10
7/10
  • História - 6/10
    6/10
  • Gameplay - 8/10
    8/10
  • Gráficos - 7/10
    7/10
  • Trilha Sonora e Som - 7/10
    7/10

Veredito

COGEN: Sword of Rewind é um jogo de plataforma side-scrolling competente e sólido onde se destaca por sua nova mecânica de reversão de tempo. Sua história é divertida e explicada de forma descomplicada, mas não chega a se destacar e só brilha por causa dos seus personagens simpáticos.

O jogo possui dois momentos que podem ser divisivos para os jogadores, já que sua dificuldade aumenta muito na sua segunda metade, podendo afastar quem espera um jogo apenas divertido e descompromissado. Enquanto graficamente os personagens principais e chefes são brilhantemente construídos por sprites, as fases são notoriamente sem graça não possuindo nenhuma identidade visual e genéricas.

Por ser um jogo muito curto (cerca de 3 horas de duração), COGEN: Sword of Rewind não consegue desenvolver e amadurecer muito da sua história e suas mecânicas, tornando um jogo aquém do que poderia ser.

Vantagens

  • Gameplay divertido e desafiante
  • Belos sprites de personagem
  • Mecânica de reversão de tempo única

Desvantagens

  • História básica
  • Cenários muito iguais
  • Segunda metade se torna repetitiva
  • Duração curta

San Moreira
San Moreira tem 33 anos e é natural de São Paulo. Eu sou formado em Banco de Dados e Gestão Empresarial. Amante da cultura gamer, sempre apaixonado pelo universo. Atuando como jornalista e Content Manager de games com foco na plataforma PlayStation e Battle Royales como Free Fire. Teve a ideia de criar este site exclusivamente pela vontade informar e ajudar a comunidade gamer.