Análise | Marvel’s Avengers


6.75/10

Anunciado em 2017 com um teaser recheado de mistério e aguçando a curiosidade de fãs de quadrinhos, Marvel’s Avengers surgiu como uma surpresa. Naquele ano estávamos presenciando um dos maiores momentos de um fenômeno de bilheteria do cinema e a ideia de um jogo de alto orçamento da franquia sendo desenvolvido pela Crystal Dynamics (desenvolvedora de bons jogos da série Tomb Raider) e pulicado pela Square-Enix, parecia indicar que os Vingadores manteriam o alto padrão do cinema nos games.

 

O tempo foi passando e recebíamos poucas novidades sobre o projeto, até acreditamos que ele teria sido cancelado, mas na E3 2019 o jogo ressurgiu finalmente mostrando pela primeira vez cenas ingame do início do jogo e logo enfrentando a primeira crítica, a péssima aparência facial de alguns personagens, que logo depois foi consertada pela Crystal Dynamics.

 

Os dias foram passando e os jogadores foram se mantendo confusos sobre como seria o gameplay de Marvel’s Avengers, a desenvolvedora não era clara o suficiente nos materiais de mídia divulgados e foram deixando os fãs dia-a-dia mais descrentes com o game. Seria um jogo single player ou multiplayer? Teria foco em história ou seria um looter estilo Destiny?

Aos poucos a Crystal Dynamics foi soltando materiais esparsos sobre o gameplay e sua proposta até se confirmar como um jogo multiplayer, com campanha single player e elementos dos jogos de loot. Jogadores que acharam que seria um jogo aos moldes de Marvel’s Spider-Man e a série Batman Arkham, que são jogos single player focados totalmente em campanha, começaram a olhar torto para Marvel’s Avengers e traçar paralelos com a pior referência do mercado de looter shooter, como Anthem.

Depois de um adiamento, finalmente Marvel’s Avengers é lançado no mercado e a pergunta que fica é: Seria ele um jogo digno de hype ou um retumbante fracasso carregando o nome de uma das franquias de maior sucesso dos últimos anos?

História

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A história se inicia no Dia-A, um grande evento de celebração para os Vingadores em São Francisco, nos Estados Unidos. Neste evento você toma controle da jovem Kamala Khan, uma garota muito fã dos heróis que está participando de um concurso de Fanfics, no qual ela é uma finalista com outras crianças. Enquanto você está no evento, ele é interrompido por sucessivos ataques terroristas em São Francisco provocados pelo vilão Treinador (Taskmaster). Os Vingadores compostos por Iron-Man, Black Widow, Thor e Hulk partem para evitar que mais destruição aconteça na cidade enquanto o líder, o Capitão América, fica a bordo do porta-aviões da SHIELD, o Quimera, que está sofrendo por um comportamento incomum em seu reator provocado pelo novo combustível feito de uma fonte de energia chamada Terrigen.

“Todo herói tem que começar de algum lugar.”

Enquanto somos convidados a controlar todos os Avengers pela ponte de São Francisco que está caindo em destroços e lutando contra vários inimigos, Black Widow confronta Taskmaster em uma bela sequência aérea. Ao derrotá-lo e tomar o controle de detonação, perceberam que o atentado terrorista não passou de uma distração, o foco do atentado era o combustível Terrigen que estava no Quimera. Thor e Iron-Man partem em disparada para o porta-aviões para salvar o Capitão América e impedir uma catástrofe, o que se revelou tarde demais. O reator do Quimera explode, levando a vida do Capitão América e liberando um gás altamente nocivo que altera o DNA de diversos humanos. Essa mudança concedeu poderes especiais e transformou uma extensa quantidade humanos em Inumanos.

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O ocorrido não passou impune de forma alguma por figuras políticas dos Estados Unidos que se apressaram a culpar os Avengers e a SHIELD pela tragédia conhecida como Dia-A. Logo após o ocorrido, Doutor Bruce Banner (o Hulk) influenciado por uma cientista que participou do experimento com Terrigen, Mônica Rappaccini, confessou tomado por culpa que os Vingadores foram culpados pela incidente, fazendo tanto a Iniciativa Vingadores quanto a SHIELD terem suas operações terminadas.

Com o caminho totalmente livre, surge a A.I.M (Advanced Idea Mechanics), uma organização formada pelo cientista que descobriu o Terrigen, George Tarleton (que se torna o Inumano M.O.D.O.K, o vilão do jogo), e a ex-colega de Bruce Banner, Mônica. A organização possui um acordo de colaboração com governo oferecendo tecnologias bélicas de alto tecnologia e um estudo altamente promissor que promete reconfigurar o DNA dos Inumanos voltando ao seu estados inicial, como seres humanos sem poderes usando o gás Terrigen. Com isso, a A.I.M toma as indústrias STARK de Tony Stark (Iron-Man) sob o aval do governo e varre a influência dos Vingadores. Com a iniciativa Avengers extinta, cada herói desaparece dos radares do mundo sendo esquecidos, mas não por uma garota.

“Bom não é uma coisa que você é, é uma coisa que você faz”

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A grande protagonista do jogo.

Kamala Khan, agora uma adolescente, estava presente no Dia-A e acabou inalando o gás Terrigen se tornando uma Inumana com poderes de deformar, expandir e comprimir partes do seu corpo além de um fator de cura acelerado. Ela acaba descobrindo uma gravação do interior da explosão do reator onde revelaria que os Vingadores não foram culpados, mas foi descoberta pela AIM e precisou escapar de casa. Agora ela parte em busca da antiga formação dos Vingadores a fim de reunir um a um e provarem a sua inocência. E é nessa busca que se baseia todo o enredo do jogo.

Uma campanha pequena e simplória

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A história da campanha, como falado anteriormente, é baseada na busca de Kamala Khan em reunir os antigos Avengers enquanto se infiltra em bases de instalações e laboratórios da AIM. Com diálogos extremamente simples e resoluções de conflitos sem o mínimo de desenvolvimento, Marvel’s Avengers possui uma campanha pequena, com pouca diferenciação de objetivos e grandes cenas reduzidas. Não espere momentos memoráveis e cenas de tirar o fôlego. Com exceção do seu início e do fim, o meio da campanha passa desapercebido, sendo reduzido a invadir instalações com um objetivo (destruir equipamentos, impedir aeronaves e libertar Inumanos presos), encontrar um grande chefe e terminar a missão, sendo só mudada com um Vingador entrando na história e ganhando um pequeno segmento da missão que serve mais como tutorial de gameplay do que um desenvolvimento de personagem.

Longe da história da campanha ser algo ruim ou digno de ser execrado, mas todo o seu desenvolvimento é apressado, prejudicando o trabalho narrativo dos personagens, eliminando tempos de roteiro necessários para resolução de conflitos dos Vingadores e dando a sensação que a campanha principal foi feita apenas para servir de escudo contra possíveis críticas de um jogo que originalmente é mais um loot game com foco no multiplayer que por um acaso tem um single player básico.

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MODOK é o grande vilão da campanha.

Essa sensação é confirmada com as missões secundárias, que não passam de uma replicação de algumas missões principais, se resumindo a meras invasões de instalações e laboratórios. Os objetivos dessas missões são tão genéricos que acredito que dificilmente alguém preste atenção ou dê alguma importância de valor narrativo.

Gameplay

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Por ser um jogo que propõe ao jogador usar uma quantidade variada de heróis, nada mais justo que a versatilidade de gameplay reflita essa proposta com experiências diferentes de jogabilidade que é algo muito positivo para garantir diversão.

“Suas diferenças são os seus maiores superpoderes.”

Kamala Khan, por ser a protagonista do jogo, possui um padrão de gameplay mais balanceado, com ataques à distância de média força e possui um sistema de regeneração de saúde em área. por esticar ela pode dar grandes pulos e se pendurar em beiradas e objetos.

Já o Hulk, como era de se esperar, é mais pesado e por isso mais lento pra compensar a sua força descomunal, com ataques devastadores e muitas vezes pegando mais de um inimigo, possui um sistema de regeneração próprio e pode atirar grandes pedras que arranca do chão em inimigos mais longe. Além disso, ele pode se agarrar em paredes pré-determinadas e chegar em áreas distantes.

O Iron-Man consegue voar por conta de sua armadura, atira lasers e misseis e possui um foco de combate de mais longa distância além de possui um sistema de defesa.

A Black Widow já é mais ágil e se baseia em combate corpo-a-corpo com chutes e socos, consegue usar duas armas e atirar em inimigos a curta distância e usar objetos tecnológicos como um bastão cheio de raios e invisibilidade para a party.

O Thor, possui grande força, capacidade de voar e lançar o martelo Mjölnir. O Capitão América possui as mesmas habilidades corpo-a-corpo da Black Widow, mas consegue também lançar o seu escudo e defender com ele. Depois de passar por todas essas diferentes características, fica fácil entender que o jogo fornece variedade para o jogador, que não vai se frustrar tanto nas primeiras horas de jogo, pois o problema do seu combate reside na falta de propósito das missões e na baixa variedade de inimigos.

Combate

Além do golpe normal e o forte, os jogadores podem usar três tipos de ataques especiais que se enchem na medida que você batalha. Essas habilidades heroicas são  ataque especial, suporte e a ultimate, que podem ser melhoradas mas não mudá-las drasticamente.

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Hulk esmagará muitos inimigos.

O combate, como falado, é divertido. Geralmente em algumas missões você precisa ir solo, mas na maioria você chega a ir com mais 3 personagens (totalizando 4), mas a IA da sua party é limitadíssima e você não tem nenhum controle sobre ela. Se por um lado há uma extensa variedade de gameplays, por outro ela é totalmente engessada por missões iguais, que se limitam a derrotar ondas de inimigos, que são quase todos iguais, sem necessidade do uso de alguma estratégia. A maioria dos inimigos você se limita a spammar o botão de ataque e os de escudos são os únicos nos quais você precisa usar algum outro recurso de gameplay.

poucos chefes durante o jogo, e as batalhas contra eles são os únicos desafios que você terá que ter maior cuidado. São batalhas que necessitam de um pouco mais de estratégia, mas nada muito difícil, diria que as lutas possuem uma dificuldade primária, mas são sempre batalhas divertidas.

Marvel’s Avengers joga um bom trabalho na variação de estilos de seus personagens por causa de um péssimo trabalho no seu uso. O gameplay carece de uma variação de desafios e em algumas horas acaba cansando o jogador pela repetição.

Níveis definem as suas Habilidades

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Uma mudança para jogos single player, é que agora os níveis dos personagens não definem a sua força, mas sim os pontos que você pode gastar nas árvores de habilidades que cada personagem possui. As árvores são dívidas em três grupos: Primárias, Especialidade e Maestria e cada uma possui categoria de árvores próprias como a do Iron-Man que no grupo primário possui Golpe Físico, Repulsores, Lasers e Foguetes. Em suma estas árvores oferecem novos combos e ataques e se limitam a melhorar a efetividade e custo. Para melhorá-las, o jogador terá que realizar missões para ganhar pontos de habilidade, como as árvores são grandes, o jogador terá que investir uma boa quantidade de horas até melhorar todos os Avengers.

Equipamentos definem a sua força

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Os personagens contam com diversos equipamentos para personalizar e montar uma build própria.

Como mencionado, Marvel’s Avengers é um jogo baseado em loot e por isso carrega vários elementos de jogos consolidados nessa área. Começando por estabelecer a sua base de progressão e equilíbrio de dificuldade baseado nos poderes de cada equipamento, o nível de força do seu personagem é baseado no nível de poder das armas e armaduras equipadas no personagem e é por esse poder que tal missão será recomendada para você ou se vai mostrar que você está despreparado em iniciá-la, um recurso muito parecido com Destiny 2. Além disso, em cada missão você encontrará em baús e itens deixados por inimigos estes equipamentos, que só virão em poderes maiores se você estiver devidamente equipado com os melhores equipamentos, portanto é imprescindível que o jogador se atente a build dos seus heróis. Pra quem está curioso, os equipamentos são dividos em 4 categorias: físico, à distância, defesa e o heroico e cada equipamento é categorizado por níveis de raridade que possuem cores diferentes, alguns equipamentos possuem efeitos adicionais. Com essa implementação, o jogo proporciona uma boa quantidade de montagem de builds focadas no que o jogador mais desejar e atendendo os mais variados públicos, estendendo a sua vida útil, nesse sentido.

Além disso, ao derrotar inimigos e coletar em baús e caixas em missões, o jogador ganha alguns recursos que podem ser usados para melhorar estes equipamentos. Mas o jogo peca em um elemento de personalização. Os equipamentos não ficam visíveis no seu personagem, que era uma expectativa. Para que jogadores possam ver mudanças nas roupas e armaduras, ele precisa atingir determinados objetivos dados e fazer algumas missões para conseguir novas skins.

Multiplayer

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Mutiplayer permite 4 jogadores.

É claro que um jogo desses haveria de ter um modo multiplayer, já que jogos nesse estilo possuem como ponto forte o modo multiplayer. Apesar de ter um modo campanha, Marvel’s Avengers possui um modo multiplayer cooperativo que possui missões baseadas complementarmente a narrativa principal, o que é muito bom. Só que, como o seu modo de campanha, suas missões multiplayer são tão escassas de novidades e desinsteressantes que o jogador acaba por se engajar pouco e depois de algumas jogatinas, a repetição mais uma vez prejudica a experiência de jogo.

Como era de se esperar, as missões do multiplayer recompensam melhor com loots mais valiosos, mas há problemas de matchmaking onde consistem em constantes demoras para se achar uma partida e quedas de desempenho nos servidores, acaba se tornando um veneno para um jogo que tem como foco esse modo de jogo.

Resumindo, a impressão que dá é que o jogo foi lançado sem ter um conteúdo que valesse a pena a investir horas. Seu multiplayer tem potencial com a sinergia com a campanha, mas esse potencial só será visto bem depois do seu lançamento e não podemos avaliar um ponto futuro e sim o presente. Em suma, seu multiplayer foi lançado como uma replicação de missões do modo single-player, ou vice-versa, e não foi tratado como deveria, um modo único com conteúdos e experiências exclusivas, se limitando a melhorar o valor dos loots acreditando que isso bastaria para despertar interesse a algum jogador.

Gráficos

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Marvel’s Avengers teve que lidar com críticas sobre esse quesito desde a sua revelação. Como mencionado no início, o jogo apresentou um teaser contendo rostos esquisitos para alguns personagens (Black Widow, Iron Man e Thor), tanto que obrigou a Crystal Dynamics voltar a modelagem dos personagens e melhorá-los, o que ajudou, mas não impressionou no fim.

Com expressões faciais básicas, Marvel’s Avengers não será referência de mercado, não fazendo feio, mas também não impressionando. A tentativa de fugir de feições que ficaram famosas e consolidadas no cinema se torna perigosa quando feita de forma protocolar e isso acabou ocorrendo no jogo. Bruce Banner só brilha quando Hulk assume o controle. Tony Stark possui um rosto comum e sem o carisma necessário para o personagem. O restante dos personagens sofrem de falta de carisma por causa de um trabalho de expressão protocolar, só se destacando com a carismática Kamala Khan, que consegue se destacar além dos demais.

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Os gráficos no geral seguem o mesmo caminho, não são os piores da geração e também não são os melhores, permanecendo na prateleira de gráficos medianos da geração. Com uma paleta de cores diversificada e muito brilho, o jogo possui um impacto visual colorido, dando um pouco mais de vida ao jogo.

Falando de brilho, o jogo abusa de efeitos de partículas, raios, explosões, luzes e fogo nos seus golpes. Há um bom trabalho nesse quesito, mas não posso deixar de pontuar um ponto onde achei uma falha amadora. Em certo ponto da história Kamala Khan conversa com um Inumano genérico (os NPCs desse jogo são quase todos iguais) com poderes de fogo e era perceptível que ao lançar um jato de fogo pela mão, o efeito saia atrás da mão do personagem usando e falhando em um truque de perspectiva pra facilitar a implementação do efeito e não por dentro, caracterizando um trabalho nas “coxas”.

Os cenários, que são poucos, possuem um trabalho também mediano. Apresentando pouca diversificação de biomas, construções e objetos. A maioria se limita por campos rochosos, instalações tecnológicas e pequenos segmentos de cidades. Não há nem muito o que se falar dada a baixa quantidade de diversificação nesse quesito.

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Sobre bugs e desempenho, o jogo apresenta o modo de desempenho e o modo 4K. No modo de desempenho o jogo roda a 1080p com o framerate desbloqueado, mas no PS4 Pro o jogo sofre com constantes quedas de fps que ocorrem no gameplay e até mesmo em cutscenes, provocando uma falha grave no seu propósito, um modo de desempenho não deveria sequer cogitar essas quedas, oferecendo uma experiência ruim. Já no modo 4K, o jogo trava em 30 fps, mas as quedas ainda continuam com menos ocorrência. Geralmente estes problemas ocorrem quando estamos em grandes ondas de inimigos, onde o jogo não aguenta o excesso de informação sendo jogada em tela.

O jogo conta com alguns bugs, desde personagens que travam em partes do mapa, entram em objetos como paredes e chão e até mesmo ondas de inimigos não aparecem, sendo necessário reiniciar partidas. Alguns problemas de texturas que demoram a carregarem também ocorrem.

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No fim, Marvel’s Avenger conta com gráficos abaixo do esperado para uma grande empresa e um jogo inacabado nessa questão. Por não ser um jogo de mundo aberto e mais de cenários abertos bem limitados, se esperava um trabalho grandioso, já que teoricamente, requisitaria menos trabalho do hardware, mas o que experimentamos é um jogo mal otimizado em desempenho com constantes quedas de frames e gráficos aceitáveis. Marvel’s Avengers apresenta pouco graficamente, se destacando apenas por ser um jogo colorido e efeitos de luzes que incrementam o seu visual.

Trilha Sonora e Som

Como trilha sonora, Marvel’s Avengers não apresenta grandes novidades em jogos de heróis, mas não faz feio. A trilha sonora foi composta por Bobby Tahouri, responsável por trilhas sonoras de filmes menos conhecidos e jogos como Transformers: Rise of the Dark Spark e Rise of Tomb Raider da própria Crystal Dynamics. O jogo usa e abusa de músicas orquestradas e com a mesma pegada de filmes da Marvel. Seu grande é que pelo jogo ser curto, foram compostas poucas músicas

 

Como a trilha sonora se mostra competente em nos passar o sentimento épico de uma música de filme de herói, a dublagem apresenta um bom trabalho na caracterização dos Avengers. Apesar dos detalhes técnicos como animações e expressões faciais atrapalharem o trabalho de intepretação com problemas de sincronização labial, a dublagem brasileira compensa na interpretação de cenas e momentos chave.

Vale a Pena?

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No fim, Marvel’s Avengers entrega um produto mediano, mas aquém do tamanho do seu nome. Com uma campanha simples e burocrática, o jogo apresenta uma narrativa interessante, mas com pouco desenvolvimento feita pra justificar um jogo multiplayer. Com acontecimentos apressados e decisões de roteiro simplistas, o jogo não figurará em nenhum prateleira de melhores narrativas tampouco em narrativas de jogos de heróis.

Com um gameplay divertido, com grande personalização e uma boa variedade de opções para diversos jogadores, ele acaba pecando pela repetição de objetivos, se limitando a apenas lutar contra ondas de inimigos “spamando” o botão de ataque sem grandes estímulos e desafios, prejudicando a experiência de uma boa variedade de jogabilidade de personagens.

Com problemas de desempenho em vários setores e gráficos comuns, o jogo não se sustenta hoje como um grande jogo multiplayer e nos entrega mais uma promessa do que um produto pronto, restando ao jogador decidir se espera pelos novos conteúdos que serão lançados (como os já anunciados e adiados Hawkeye e Kate Bishop) ou abandona, como o que já anda ocorrendo, conforme relatado pelo diretor do jogo.

Marvel’s Avengers se torna um jogo que só vale a pena se você estiver engajado a esperar algum suporte pós-lançamento, como nada nesse sentido foi atendido de forma satisfatória, é preferível que você espere esses conteúdos saírem e com a decorrência dessa espera, o preço irá baixar e valerá mais a pena adquirir um jogo pela metade do preço, já que a entrega foi um jogo pela metade.

Notas do Jogo
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Título: Marvel's Avengers

Descrição do jogo: Marvel's Avengers começa no Dia-A, enquanto o Capitão América, Iron Man, Hulk, Black Widow e Thor inauguram o novo e avançado quartel-general dos Avengers em São Francisco. A celebração torna-se fatal quando um inimigo misterioso causa um acidente catastrófico, resultando em destruição em massa. Marvel's Avengers é um jogo épico de ação e aventura em terceira pessoa que combina uma história original cinematográfica com jogabilidade individual e cooperativa*. Monte uma equipe com até quatro jogadores online, domine habilidades extraordinárias, personalize um elenco crescente de heróis e proteja a Terra de ameaças cada vez maiores.

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Nota
6.8/10
6.8/10
  • História - 6/10
    6/10
  • Jogabilidade - 6/10
    6/10
  • Gráficos - 7/10
    7/10
  • Trilha Sonora e Som - 8/10
    8/10

Veredito

No fim, Marvel’s Avengers entrega um produto mediano, mas aquém do tamanho do seu nome. Com uma campanha simples e burocrática, o jogo apresenta uma narrativa interessante, mas com pouco desenvolvimento feita pra justificar um jogo multiplayer. Com acontecimentos apressados e decisões de roteiro simplistas, o jogo não figurará em nenhum prateleira de melhores narrativas tampouco em narrativas de jogos de heróis.

Marvel’s Avengers se torna um jogo que só vale a pena se você estiver engajado a esperar algum suporte pós-lançamento, como nada nesse sentido foi atendido de forma satisfatória, é preferível que você espere esses conteúdos saírem e com a decorrência dessa espera, o preço irá baixar e valerá mais a pena adquirir um jogo pela metade do preço, já que a entrega foi um jogo pela metade.

Vantagens

  • Jogabilidade diversificada entre os personagens.
  • Alta personalização de equipamentos.
  • Trilha sonora e dublagem competentes.

Desvantagens

  • Campanha principal simplista.
  • Missões secundárias repetitivas.
  • Inimigos repetitivos e baixa variedade de estratégias em combate.
  • Expressões faciais protocolares e muitas vezes sem vida.
  • Bugs e quedas de fps constantes.
  • Multiplayer repete os mesmos problemas das missões e com problemas para encontrar partidas e na estabilidade do servidor.

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San Moreira
San Moreira tem 33 anos e é natural de São Paulo. Eu sou formado em Banco de Dados e Gestão Empresarial. Amante da cultura gamer, sempre apaixonado pelo universo. Atuando como jornalista e Content Manager de games com foco na plataforma PlayStation e Battle Royales como Free Fire. Teve a ideia de criar este site exclusivamente pela vontade informar e ajudar a comunidade gamer.

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