A 11 Bit Studios, fundada em 2010 na Polônia, consolidou-se como uma das desenvolvedoras mais inovadoras do cenário indie, graças a títulos como This War of Mine, Children of Morta e The Invincible, jogos que demonstram uma versatilidade impressionante em gêneros distintos. Essa trajetória diversificada culmina agora em The Alters, um projeto ambicioso que promete equilibrar narrativa intensa com mecânicas de construção e sobrevivência.
Para quem, como eu, costuma evitar jogos do gênero, The Alters surge como uma surpresa bem-vinda: uma experiência pensada para acolher até os mais novatos, sem abrir mão da profundidade característica do estúdio.
The Alters me surpreendeu de um jeito que eu não esperava. A 11 Bit Studios parece mesmo em casa no fim do mundo — e dessa vez, está levando os jogadores para uma nova fronteira, onde a sobrevivência depende não só de recursos, mas de quem você escolhe ser.
The Alters foi lançado no PlayStation 5 em 13 de Junho de 2025.
História
O rosto de Jan Dolski surge na escuridão, iluminado apenas pelas luzes vermelhas de alerta que piscam freneticamente. Uma narração em off ecoa sobre erros e caminhos não trilhados, enquanto a nave despenha-se violentamente em um planeta desconhecido. Ele é o único sobrevivente da expedição Projeto Dolly, organizada pela Ally Corp em busca do Rapidium, um elemento raro capaz de acelerar o crescimento da vida orgânica e existir em múltiplos estados quânticos.
Agora, preso em um mundo hostil, Jan precisa sobreviver e descobrir os verdadeiros motivos por trás da missão. A base móvel que resistiu ao impacto abriga um computador quântico avançado, ele permite algo ainda mais extraordinário: criar versões alternativas de si mesmo.
O Procedimento de Ramificação da Ally Corp revive momentos cruciais do passado de Jan, gerando clones quânticos—os Alters. Cada um é uma versão dele que seguiu um caminho diferente como o Cientista, que permaneceu nos estudos em vez de abandoná-los, o Médico, inspirado por um médico de rua após intervir em uma briga ou o Construtor, o próprio Jan, que só está ali por uma sequência de más escolhas. Mas existem vários outros que você poderá “criar”.
Eles acreditam ser o verdadeiro Jan Dolski, mas carregam personalidades e habilidades distintas. Será ético mantê-los conscientes apenas como ferramentas de sobrevivência?
O objetivo é claro: chegar ao ponto de resgate do outro lado do planeta. Mas o Rapidium não é só uma esperança, é uma maldição. O sol escaldante incinera tudo ao amanhecer, forçando Jan e seus Alters a se moverem sob a ameaça constante do tempo.
Enquanto isso, a Ally Corp observa de longe. O que eles realmente querem com um elemento que distorce a própria vida? Jan precisará unir suas versões—não apenas para escapar, mas para desvendar a conspiração por trás de sua missão.
E, no fim, quantos de si mesmo ele está disposto a sacrificar?
Campanha
Jan Dolski não está sozinho—mas, de certa forma, ainda está. Seus Alters, versões alternativas de si mesmo, são mais do que meros clones utilitários. Cada um carrega uma vida inteira de experiências que o verdadeiro Jan nunca viveu, moldadas por decisões cruciais que os levaram a profissões, personalidades e conflitos internos distintos.
No gameplay, os Alters funcionam como especialistas em diferentes áreas—Jan Técnico conserta equipamentos, Jan Cientista pesquisa tecnologias avançadas, e assim por diante. Mas não são apenas peças substituíveis em uma máquina de sobrevivência.
- Histórias entrelaçadas: O Jan Técnico, por exemplo, enfrentou um pai abusivo em vez de fugir, como o original fez. Isso o tornou mais resiliente, mas também mais cínico.
- Personalidades dinâmicas: Alguns são workaholics, aceitando turnos exaustivos sem reclamar. Outros se revoltam se explorados, exigindo diálogos persuasivos, presentes ou até uma partida de beer pong para melhorar o moral.
- Consequências reais: Ignorar suas necessidades pode levar a sabotagens, greves ou até deserções.
Criar vida a partir de possibilidades não vividas não é um ato inocente. Os Alters questionam sua existência, disputam autoridade e, às vezes, odeiam uns aos outros—afinal, são versões de um mesmo homem, mas com arrependimentos e orgulhos diferentes.
- “E se?” como narrativa: Um Jan que escolheu o altruísmo pode desprezar o original por seu egoísmo—mas isso não o torna automaticamente uma pessoa melhor.
- Apegos e rivalidades: Você pode se identificar mais com o Jan Curandeiro, compassivo, enquanto despreza o Jan Mercenário, pragmático ao extremo. Mas todos são, em essência, você.
Cada decisão—seja em diálogos, na distribuição de recursos ou no trato com os Alters—afeta não só a eficiência da base, mas o rumo da história.
Como os Efeitos borboleta onde um Alter rebelde pode esconder suprimentos, enquanto um leal pode arriscar a vida por você.
Explorar os Alters como ferramentas facilita a sobrevivência, mas destrói sua humanidade. Tratá-los como iguais traz desafios emocionais—e logísticos.
The Alters vai além do gênero, fundindo gestão de recursos com um RPG psicológico. Não se trata apenas de escapar do planeta, mas de confrontar quem você poderia ter sido—e lidar com as consequências de ter essas versões ao seu lado.
No fim, a pergunta que fica não é “Como sobreviver?”, mas “Qual versão de Jan Dolski merece sobreviver?”. E a resposta, se é que existe uma, está nas escolhas que você não tem coragem de fazer.
Gameplay
A essência da jogabilidade dos Alters está profundamente ligada à sua base móvel em forma de roda, um núcleo vital que exige recursos constantes para se manter em movimento. Mas não se trata apenas de gerenciar materiais—é também uma questão de equilibrar as emoções dos Alters sob seu comando. Embora a sensação de descontrole total nunca tenha sido uma ameaça iminente, os momentos mais impactantes surgiram mais da narrativa do que das minhas decisões. Mesmo assim, cada Alter exigiu atenção única: desde presentear-lhes objetos carregados de memórias significativas até compreender suas frustrações cotidianas, cada gesto moldou nossa jornada.
A dinâmica da base lembra Fallout Shelter ou This War of Mine, da 11 Bit Studios, com sua visão lateral e a necessidade de organizar salas como peças de Tetris para otimizar espaço. Algumas áreas trazem novas funções, seja para produção ou lazer, enquanto os Alters são designados para turnos de trabalho ou atividades livres—alguns até fazendo pedidos específicos, criando uma camada de profundidade interativa.
Exploração é outro pilar. Ao sair da base, você enfrenta biomas planetários hostis, vasculhando por recursos e desvendando anomalias intrigantes. Cada ato da campanha introduz mapas distintos, cheios de desafios que se intensificam conforme o nascer do sol se aproxima—uma corrida contra o tempo em ambientes complexos, porém compactos, onde cada descoberta pode ser a chave para a sobrevivência.
Exploração
A narrativa de The Alters se entrelaça com sua jogabilidade, criando uma experiência onde cada decisão molda a história e vice-versa. Assim como em Frostpunk, você é desafiado a encontrar e extrair recursos vitais, mas aqui a exploração é em terceira pessoa, com um toque mais tátil e pessoal. Equipamentos como um gancho de escalada e um dispositivo que funciona como quase-arma para lidar com anomalias perigosas** adicionam camadas estratégicas, tornando a coleta mais do que um simples exercício de gestão.
Embora seja uma evolução ambiciosa da fórmula de sobrevivência da 11 Bit Studios, nem tudo é perfeito—Jan Dolski, o protagonista, às vezes se atrapalha no terreno, quebrando um pouco a imersão. Ainda assim, a sensação de descobrir um novo depósito de recursos, construir um posto avançado e conectá-lo à base através de torres estrategicamente posicionadas é intensamente recompensadora. Diferente de outros jogos do gênero, você sente o peso de cada conquista, como se estivesse realmente colonizando um território hostil, e não apenas delegando tarefas a subordinados.
O jogo também mantém o ciclo de gestão de recursos característico da desenvolvedora. Você constantemente equilibra decisões difíceis: estocar materiais para uma grande atualização ou investir em melhorias imediatas, como um novo dormitório ou uma área de lazer para manter o moral dos Alters alto. A tensão dessas escolhas é tão envolvente quanto em Frostpunk e This War of Mine, embora The Alters seja mais acessível em dificuldade, o que pode agradar alguns, mas decepcionar os fãs de desafios brutais.
No fim, o jogo não é apenas sobre sobreviver, mas sobre criar conexões—com seu ambiente, seus recursos e, principalmente, com os próprios Alters, cada um com suas necessidades e personalidades únicas.
Sobreviva e Colete Recursos
A sobrevivência em The Alters gira em torno da sua base—uma imponente roda metálica que serve como abrigo e centro de operações em meio a um planeta inóspito e radioativo. Coletar recursos não é um simples clique à distância: você precisa sair, explorar e minerar com suas próprias mãos, enfrentando o terreno hostil. Matéria-prima orgânica para comida, minérios para fabricação, materiais de pesquisa e o valioso rapidium (essencial para criar mais Alters) compõem sua lista de prioridades—cada viagem de coleta é uma missão tática.
O processo de mineração é deliberadamente físico e imersivo. Você usa dispositivos de escaneamento para localizar veios de minério, ancora máquinas pesadas no solo e estabelece rotas de amarração para ligá-las à base. Explorar o planeta significa escalar penhascos, detonar obstruções e navegar por cavernas e cânions—tudo enquanto evita anomalias perigosas, como bolhas de radiação flutuantes que corroem seu traje. A atmosfera é tensa e cinematográfica, mas não há tempo para contemplação: o planeta está sempre à espreita com novas ameaças.
Gerenciar tempo e mão de obra é crucial. Com apenas horas limitadas por dia, você precisa decidir quais recursos extrair primeiro—e isso se complica quando tempestades magnéticas desativam salas inteiras da sua base ou quando a radiação satura o ambiente, tornando a mineração arriscada. A solução? Expandir sua equipe criando mais Alters, mas isso exige mais espaço, mais recursos e mais infraestrutura: dormitórios, cozinhas, laboratórios e áreas de convivência. Cada nova sala é um investimento, e reorganizar o layout da nave—sem custo adicional—é um alívio para quem ama eficiência, mas odeia microgerenciamento desnecessário.
A 11 Bit Studios mantém sua marca registrada: crises implacáveis. Tempestades magnéticas, escudos falhando e picos de radiação testam sua preparação, mas o jogo oferece ferramentas para reagir rápido:
- Terminal de acesso rápido para gerenciar produção, pesquisa e tarefas.
- Produção automática (defina limites mínimos e o jogo replanifica sozinho).
- Dificuldade ajustável—ótimo para quem prefere focar na narrativa emocional sem frustrações.
Jan Dolski certamente gostaria de um botão “modo fácil” na vida real, mas no jogo, a satisfação vem justamente da superação. Cada recurso minerado, cada sala construída e cada crise vencida traz a sensação de que você está conquistando o planeta—não apenas sobrevivendo a ele. E quando a poeira abaixa, resta a pergunta inevitável: até onde você vai para manter sua equipe—e sua consciência—intactos?
Os Alters, seus verdadeiros amigos
Os Alters são o coração pulsante da experiência – versões alternativas de você mesmo, cada uma moldada por caminhos que sua vida poderia ter tomado. Eles não são meros funcionários automatizados, mas indivíduos complexos, com habilidades únicas e personalidades que vão do cínico ressentido ao idealista esperançoso. Gerenciá-los exige mais do que designar tarefas; é um equilíbrio delicado entre eficiência e humanidade.
O processo de criação dos Alters é uma jornada íntima pela psique de Jan. Através do computador quântico da nave, você revisita momentos cruciais – aqueles instantes em que uma única decisão teria mudado tudo. Quer um engenheiro? Recrie o Jan que persistiu nos estudos técnicos. Precisa de um botânico? Resgate a versão que abandonou a carreira para viver off-grid. Cada Alter carrega não apenas habilidades distintas, mas bagagens emocionais únicas, fruto de vidas que você (ou melhor, Jan Prime) nunca viveu.
A genialidade está nos detalhes. O mesmo rosto, a mesma voz, mas posturas radicalmente diferentes – o cientista tem um tom professoral, o botânico fala com uma calma rural, o soldado mantém respostas curtas e diretas. Eles não apenas trabalham para você; questionam, reclamam, sonham. Alguns se ressentem por serem “cópias”, outros abraçam sua segunda chance. Um menu especial revela seus pensamentos mais íntimos: saudades de vidas que nunca viveram, medos sobre esse presente despedaçado, ciúmes mesquinhos entre clones.
O gerenciamento diário é onde a filosofia encontra a prática. Sim, você precisa designar tarefas – coloque o médico na enfermaria, não no depósito – mas também deve negociar egos, apaziguar conflitos e manter a sanidade coletiva. Refeições decentes substituindo rações pobres, horas de lazer com filmes antigos, até partidas improvisadas de beer pong; tudo conta. Mas a 11 Bit Studios vai além do mecânico: quando dois Alters começam a brigar por validação, você não pode apenas clicar em “resolver”. Precisa escolher lados, com consequências que ecoam.
E assim surge o verdadeiro dilema: como liderar versões de si mesmo sem se perder no processo? Privilegiar os mais úteis é pragmaticamente irresistível, mas ouvindo à noite os sussurros do clone negligenciado – aquele que lembra seu fracasso como pai – a eficiência começa a pesar na alma. The Alters transforma a exploração espacial em um espelho distorcido, onde cada decisão de gestão é, no fundo, um interrogatório sobre quem você é… e quem poderia ter sido.
Pontos Negativos
The Alters é um jogo de contrastes – brilhante em suas ambições narrativas, mas atormentado por problemas de design que testam a paciência do jogador. A base expansiva, que deveria ser seu refúgio, acaba se tornando um labirinto frustrante. Por mais que você organize corredores e elevadores, encontrar Alters espalhados por compartimentos distintos vira uma caça tediosa, especialmente com a câmera excessivamente ampla que prioriza estética sobre funcionalidade. Sem fast travel interno, você passa mais tempo navegando menus e mapas do que interagindo de fato com seus clones – ironicamente, o cerne emocional do jogo.
A manutenção da base é outro ponto cego. Crítico para a sobrevivência, o sistema é pouco intuitivo e mal comunicado visualmente, só revelando sua importância quando já é tarde demais – como um escudo que falha no meio de uma tempestade radioativa. Pequenos descuidos, como o terceiro ato que perde parte da tensão cruciante que define as horas iniciais, diluindo-se em repetição.
A Rotina que Cansa
Na terceira área, a jogabilidade mostra suas costuras. A exploração e mineração, antes revigorantes, tornam-se um ciclo mecânico:
- Escanear terrenos familiares.
- Posicionar plataformas de extração.
- Gerenciar crises previsíveis.
A falta de inovações tardias faz com que até os conflitos entre Alters, inicialmente fascinantes, pareçam obrigações burocráticas em vez de dramas orgânicos. Há momentos em que você deseja abandonar a simulação de sobrevivência e mergulhar só na narrativa filosófica – o verdadeiro trunfo do jogo.
Nosso Vídeo de Gameplay de The Alters
Vale a Pena?
A 11 Bit Studios entrega uma experiência que vai muito além do esperado em um jogo de sobrevivência. The Alters não se contenta em ser apenas mais um título do gênero — ele mergulha fundo em dilemas existenciais, narrativas interconectadas e uma pressão constante que desafia tanto a habilidade do jogador quanto sua moralidade.
A premissa é enganosamente simples: você está sozinho em um planeta distante, lutando para sobreviver. Mas a verdadeira complexidade surge com os Alters, versões alternativas de si mesmo que aparecem conforme suas decisões. Cada encontro com essas variações de Jan Dolski revela novas camadas da história, transformando a jogabilidade em uma reflexão sobre identidade e consequência.
Enquanto muitos jogos se apoiam em gráficos impressionantes ou ação frenética, The Alters se destaca pela profundidade de seu storytelling. A narrativa se desenrola como um livro de ficção científica, onde cada escolha tem peso real, moldando não só o destino do personagem, mas também o significado por trás de sua jornada. A sensação de descoberta é constante, com reviravoltas que mantêm o jogador envolvido por horas.
A jogabilidade mescla gestão de recursos tensa com decisões morais agonizantes. O tempo passa de forma implacável, e cada minuto desperdiçado pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso. Ainda assim, há espaço para momentos inesperados — um diálogo sarcástico com um Alter, uma descoberta absurda em meio ao caos — que aliviam a atmosfera opressiva sem quebrar a imersão.
Não se engane: este não é um jogo fácil. A dificuldade está não só nos desafios de sobrevivência, mas no peso emocional das escolhas. Certas decisões ecoam por horas de gameplay, deixando o jogador questionando se fez a coisa certa. E talvez esse seja o maior trunfo de The Alters: ele não te dá respostas fáceis, mas te obriga a viver com as consequências.
No final, o que fica é a certeza de que a 11 Bit Studios criou algo único. The Alters é mais do que um jogo — é uma experiência que ressoa, uma história que continua a ser pensada muito depois de o controle ser largado. E, quem sabe, no processo, ele pode até fazer você se perguntar: Quem você seria em outra vida?
Confira a Política de Reviews do PS Verso
Notas do Jogo
Título: The Alters
Descrição do jogo: Explore um jogo de ficção científica emocionante com um toque único de sobrevivência, aventura e construção. Ajude Jan Dolski, único sobrevivente da expedição espacial infortunada, a criar versões de si para fugir de um planeta hostil e supere conflitos com a tripulação incomum.
Gênero: Sobrevivência
Lançamento: 13/06/2025
Produtora: 11 bit studios
Distribuidora: 11 bit studios
Nota
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História - 9/10
9/10
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Jogabilidade - 8/10
8/10
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Gráficos - 8/10
8/10
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Trilha Sonora e Som - 7/10
7/10
Veredito
The Alters da 11 Bit Studios transcende o gênero de sobrevivência, oferecendo uma experiência que mistura gestão de recursos com profundos dilemas existenciais. Através do conceito inovador dos “Alters” – versões alternativas do protagonista -, o jogo transforma a mecânica de escolhas em uma reflexão sobre identidade e consequências. Sua narrativa rica se desenrola como um romance de ficção científica, onde cada decisão carrega peso emocional e prático, mantendo o jogador constantemente envolvido. A jogabilidade equilibra tensão e humor, com desafios de sobrevivência implacáveis que convivem com momentos de alívio bem dosados. O verdadeiro desafio vai além da dificuldade mecânica, residindo no impacto psicológico das escolhas que ecoam por toda a experiência. Mais do que entretenimento, The Alters se consolida como uma jornada introspectiva que persiste na mente do jogador muito depois do fim, questionando noções de destino e identidade de forma memorável.
Vantagens
- Narrativa envolvente
- Altíssima rejogabilidade
- Personagens marcantes
- Cenários deslumbrantes
- Construção de base satisfatória
- Decisões difíceis e desafios intensos
- Equilíbrio perfeito
Desvantagens
- Gerenciamento de base/recursos pode desanimar alguns jogadores
- Algumas seções da história parecem tarefas repetitivas
- Bugs visuais e de áudio frequentes
- Conversas estáticas e pouco dinâmicas
- Mecânica de manutenção mal explicada até virar um problema
- Terceiro ato perde o tom desesperado de sobrevivência
- Atravessar a base a pé é maçante
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