O Burning Shores de Horizon Forbidden West está a menos de duas semanas, mas a Guerrilla Games ainda tem muito a revelar. Depois de provocar um acordo em Los Angeles, cenário para a nova expansão, foi confirmado que foi estabelecido pelo Quen.
Pequenos spoilers seguem para Forbidden West, então esteja avisado.
A equipe da Guerrilla explora a fundo a tribo marítima Quen no coração do Litoral Ardente com a roteirista principal Annie Kitain
Horizon Forbidden West: Burning Shores leva Aloy às ruínas de Los Angeles. A metrópole foi devastada devido à atividade tectônica e vulcânica nos últimos mil anos. O resultado: um arquipélago inóspito, habitado por máquinas letais. Em meio a essas ilhas, há um grande assentamento Quen em uma luta pela sobrevivência.
Alerta de spoiler: Este artigo pode conter spoilers sobre Horizon Forbidden West e seu enredo.
O povo Quen
O primeiro encontro da Aloy com a tribo foi em Horizon Forbidden West, durante a busca pelas funções subordinadas da GAIA. “Os Quen são uma tribo marítima com origem no oceano Pacífico”, explica Annie Kitain, a roteirista principal da Guerrilla. “Ao contrário das outras tribos que a Aloy conhece, os Quen estabeleceram uma sociedade a partir do uso do Foco, que permitiu o acesso e a leitura de dados antigos. Esta vantagem tecnológica favoreceu a tribo em relação às outras nas terras do Grande Delta, mas também influenciou a cultura deles de formas interessantes.”
“O conhecimento do passado antigo permitiu aos Quen formarem um império formidável. No entanto, diferente da tribo Oseram, por exemplo, cujos avanços tecnológicos resultaram de invenções criativas, os Quen dependem unicamente do conhecimento de mil anos atrás para viabilizar os próprios avanços. Consequentemente, um aspecto importante da cultura Quen gira em torno de proteger os poucos Focos que a tribo possui, assim como restringir quem pode acessar as valiosas informações que tal dispositivo revela.”
“Com esse objetivo, os Videntes desempenham um papel especial na tribo. Uma classe muito prestigiada, os Videntes são os únicos Quen permitidos a usar o Foco para acessar os dados. O trabalho deles é procurar e registrar conhecimento antigo que pode beneficiar o império, garantindo que não caia nas mãos de forasteiros.”
Contudo, a perspectiva dos Quen sobre o Velho Mundo é distorcida. Ao contrário do Foco da Aloy, descobrimos em Horizon Forbidden West que os dispositivos usados pelos Quen só reproduzem informações até um certo período da História, e tudo depois desse marco é ilegível. Esta limitação acarretou na má interpretação de grande parte dos dados que eles encontraram. Ao longo do tempo, começaram a venerar um panteão de grandes figuras do Velho Mundo, formado por CEOs e magnatas empreendedores do século XXI.
A Expedição ao Leste
Tal como as terras do Oeste Proibido, a terra natal dos Quen sofreu com o colapso ambiental ao longo dos últimos vinte anos. Desesperados por uma solução, os Quen passaram a acreditar que os dados do antigo centro tecnológico de São Francisco seriam a chave para salvar suas terras.
“Infelizmente, a expedição se deparou com diversos obstáculos”, pontua Annie. “No início, perderam metade da frota em um tempestade violenta. Depois, quando as embarcações restantes conseguiram chegar a São Francisco, a busca pelos dados foi interrompida, impedindo-os de fazer o regresso triunfante ao lar. A situação estava bem ruim para eles… até a Aloy aparecer.”
A Aloy conhece uma Vidente da expedição durante a missão dela para recuperar DEMÉTER nas ruínas do antigo centro de pesquisa Faro. “Brilhante e curiosa, Alva é a primeira Quen que a Aloy pôde chamar de amiga”, diz Annie. “As duas fizeram amizade enquanto exploravam as ruínas do Velho Mundo e descobriam mais sobre o passado antigo. Durante as aventuras delas, Aloy ajudou a Alva a recuperar uma coletânea de dados que poderia beneficiar o povo Quen. Em troca, Alva ajudou a Aloy na missão dela e até se juntou ao grupo de amigos na base.”
“Ao fim de Forbidden West, Alva escolheu ficar para trás com alguns soldados quando a expedição partiu para casa. Graças à Aloy, ela tem uma nova perspectiva do mundo. E, com uma nova ameaça à vida na Terra a caminho, está determinada a fazer o possível para ajudar.”
Rumo ao Litoral Ardente
Quando questionada sobre o que mais deveríamos saber em relação à tribo antes de zarpar para o Litoral Ardente, Annie responde: “Acho que é importante lembrar que sabemos muito menos sobre os Quen do que sobre as outras tribos. Tivemos um contato superficial com eles no Oeste Proibido, portanto, preparem-se para descobrir ainda mais e saber como a hierarquia rígida da tribo afeta os novos personagens que vão encontrar!”
Os Quen que acabaram no Litoral Ardente estão lá há algum tempo e, embora a sobrevivência seja um desafio constante, conseguiram estabelecer um assentamento impressionante e divertido de explorar. Aqui vocês vão conhecer novos personagens, como o Almirante Gerrit. “Conhecemos o almirante bem no começo da trama”, explica Annie. “Ele é um comandante condecorado na Marinha Quen e líder desse grupo no leste. É responsável por manter tudo sob controle mesmo nas piores circunstâncias.”
A arte principal de Horizon Forbidden West: Burning Shores mostra Aloy acompanhada por Seyka, uma nova personagem com um distinto traje Quen. “Apresentar a Seyka é muito empolgante para nós! Ela é uma fuzileira naval ambiciosa que assumiu o dever de ajudar o povo dela a sobreviver. Como uma nova companheira no DLC, Aloy vai passar bastante tempo com ela no decorrer da narrativa, a ponto de depender dela em muitas situações, algo com que Aloy não está muito acostumada.”
“Confiante, altruísta e intensa, a Seyka é bem diferente das pessoas que a Aloy já conheceu, tendo um papel importante no próximo capítulo da jornada da caçadora Nora.”
“Não queremos estragar o resto… mas não vemos a hora dos jogadores conhecerem a Seyka ao explorar o Litoral Ardente!”
Horizon Forbidden West: Burning Shores já está em pré-venda no PlayStation 5 e fica disponível no dia 19 de abril.