Star Wars Outlaws, desenvolvido pela Ubisoft e Massive Entertainment, promete uma experiência única dentro do universo de Star Wars, oferecendo uma nova perspectiva ao focar no submundo do crime.
Esse título marca uma série de novidades importantes para a icônica franquia de ficção científica. Primeiramente, Star Wars Outlaws se destaca como o primeiro jogo moderno de ação e aventura single player na franquia Star Wars que não coloca um Jedi como protagonista jogável. Em vez disso, os jogadores assumem o papel de Kay Vess, uma anti-heroína que se encontra em meio a uma teia de intrigas e perigos.
Finalmente, a Ubisoft tem promovido Star Wars Outlaws como um dos jogos mais ambiciosos da franquia, destacando-se como o primeiro jogo de mundo aberto da série.
Star Wars Outlaws está agendado para lançamento no 30 de agosto para Xbox Series X/S, PS5 e PC. No entanto, os assinantes dos planos Gold e Ultimate terão acesso antecipado a partir de 27 de agosto.
Confira o que achamos do jogo na análise de Star Wars Outlaws abaixo.
História
Star Wars Outlaws coloca você na pele de Kay Vess, uma jovem mercenária que luta para sobreviver no submundo da galáxia, entre os eventos de O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi. Com o Império Galáctico focado na crescente ameaça Rebelde, o crime floresce em meio ao caos. Kay, ao lado de seu fiel companheiro, a criatura Nix – um membro da nova espécie merqaal –, se vê presa em uma teia de intrigas após um roubo mal planejado contra o impiedoso chefe do sindicato do crime, Sliro, líder dos Zerek Besh.
Com uma Marca da Morte sobre sua cabeça, Kay é forçada a fugir, navegando pelas profundezas do submundo galáctico. Para sobreviver, ela aceita um trabalho oferecido pelo misterioso Jaylen, que promete limpar sua ficha em troca de um roubo audacioso: 157 milhões de créditos em lingotes de beskar não marcados. A partir daí, Kay precisa reunir uma equipe de especialistas, desde mestres droides até especialistas em explosivos, e se infiltrar em diferentes facções, como os Pykes, Aurora Escarlate, O Clã dos Ashiga, e os Hutts.
Kay deve equilibrar suas ações cuidadosamente, pois suas escolhas moldarão sua reputação entre esses clãs. Em sua jornada, ela será constantemente confrontada com decisões difíceis: em quem confiar, quando apunhalar pelas costas e como assegurar a sua sobrevivência em um universo onde a honra entre ladrões é rara.
O destino de Kay é traçado em uma série de missões onde ela precisa negociar, se infiltrar e lutar, aprimorando seu equipamento e ampliando sua rede de contatos. A história, repleta de reviravoltas e traições, mergulha você em uma galáxia sombria, onde a Guerra Civil Galáctica está em pleno andamento, e o submundo do crime é a única esperança de Kay para se livrar de uma vez por todas do passado que a persegue.
Neste cenário, cada decisão conta, e o caminho para a liberdade é tão perigoso quanto as alianças que Kay forma e desfaz ao longo da sua saga. Kay Vess não busca apenas a sobrevivência – ela almeja se tornar uma das criminosas mais notórias da galáxia, mesmo que isso signifique atravessar um universo hostil, sempre à beira do abismo.
Campanha
Kay Vess, uma protagonista que inicialmente parece ingênua e inexperiente, revela-se uma personagem central forte em Star Wars Outlaws. Sua evolução de uma jovem ladra impulsiva e de bom coração para uma figura influente no submundo do crime é cativante e bem construída. O jogo permite aos jogadores vivenciar o submundo de Star Wars por meio dos olhos de Kay, uma perspectiva raramente explorada nos outros jogos da franquia.
Cada membro da tripulação que Kay recruta ao longo de sua jornada adiciona profundidade e dinâmica à equipe. O droide ND-5, por exemplo, é prático e eficiente, desenvolvendo uma relação direta e engraçada com Kay. Ank, por outro lado, traz uma personalidade marcante e um senso de humor mórbido que surpreende os outros membros da tripulação. Essas interações entre personagens conferem um charme especial à narrativa, transformando-a em uma aventura espacial cativante que poderia se sustentar por si só, independentemente de sua associação ao universo de Star Wars.
O jogo Star Wars Outlaws oferece uma experiência imersiva para os fãs da franquia, repleta de referências ao universo expandido. A história se passa entre os eventos de O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi, período no qual os jogadores assumem o papel de Kay Vess, uma jovem mercenária tentando sobreviver no submundo da galáxia. A narrativa é enriquecida com detalhes que os fãs mais ávidos reconhecerão, como a referência ao Han Solo selado em carbonita no palácio de Jabba e menções à participação de Qi’ra e da Crimson Dawn nas Syndicate Wars, eventos retratados nos quadrinhos Crimson Reign.
Apesar dessas conexões com a narrativa maior de Star Wars, a história mantém seu foco em Kay. A nova personagem é autêntica, sem cair no estereótipo de ser apenas uma versão feminina de Han Solo. Acompanhada por Nix, uma nova e carismática criatura da fauna de Star Wars, Kay sustenta grande parte da narrativa.
A narrativa do jogo, no entanto, apresenta altos e baixos. A sequência de abertura em Canto Bight é vibrante e repleta de ação, mas o ritmo desacelera significativamente após esse ponto. Missões que inicialmente são envolventes acabam sendo interrompidas por longos períodos de viagem e a necessidade de realizar melhorias de equipamento, o que prejudica a fluidez da história. Felizmente, essa situação muda drasticamente após o aviso de “Ponto sem retorno”, quando a trama se intensifica com uma série de revelações, reviravoltas e momentos decisivos que ocorrem em rápida sucessão nos momentos finais do jogo.
Os clãs do submundo do crime, como The Pykes, Crimson Dawn, The Ashiga Clan e The Hutts, são apresentados inicialmente como elementos centrais para a jogabilidade. No entanto, fora de algumas situações específicas, o impacto real desses clãs na história é limitado, sugerindo que o desenvolvedor precisou ajustar a narrativa para acomodar todos os clãs sem dar-lhes o destaque devido.
Em resumo, Star Wars Outlaws oferece uma experiência rica e envolvente, destacando-se por sua abordagem única ao submundo de Star Wars. A jornada de Kay Vess de uma ladra inexperiente a uma figura central no crime é cativante, e as interações entre a tripulação adicionam profundidade à narrativa. Apesar de alguns problemas de ritmo e da falta de impacto dos clãs do submundo na história, o jogo consegue prender a atenção dos jogadores, oferecendo uma aventura que, mesmo desvinculada do rótulo Star Wars, se sustenta por sua própria narrativa e personagens bem desenvolvidos.
Gameplay
Star Wars Outlaws se apresenta como um jogo de tiro em terceira pessoa com mapas semiabertos, e embora tenha um sistema de combate funcional, a jogabilidade em si não se destaca de maneira marcante. A mecânica de tiro lembra bastante a série Uncharted, da Naughty Dog, com ênfase em tiroteios cinemáticos que são cuidadosamente integrados à narrativa principal.
Combate e Furtividade
Outlaws parece ter sido projetado como uma experiência onde a furtividade ocupa o papel central, incentivando os jogadores a adotar um caminho silencioso em quase todas as situações. Kay, a protagonista, é uma Slicer habilidosa, e suas habilidades furtivas e de combate refletem sua personalidade e história de maneira coesa. Em meio a tiroteios que trazem à tona a vivacidade de títulos anteriores da Massive Entertainment, como The Division, misturado com a adrenalina de jogos como Uncharted, Kay precisa ser estratégica, usando seu blaster e as armas que coleta de inimigos caídos, embora estas não possam ser mantidas permanentemente.
Kay conta com a ajuda inestimável de Nix, seu adorável e versátil companheiro. Nix desempenha um papel semelhante ao hacking de Watch Dogs, capaz de abrir portas, desativar alarmes e até distrair ou atordoar inimigos, permitindo que Kay os derrube com facilidade. Além disso, ele pode buscar itens fora de alcance e atuar em conjunto com as habilidades furtivas de Kay, como esconder-se em plantas altas, similar ao que vemos em Assassin’s Creed, ou utilizar nuvens de vapor em áreas industriais para se manter fora de vista.
A jogabilidade baseada em furtividade é fortemente encorajada, especialmente em missões mais complexas, onde a antecipação e o planejamento são fundamentais. Usar os eletrobinóculos de Kay para estudar o ambiente, semelhante aos binóculos de Far Cry, permite que ela navegue pelas situações com maior segurança. No entanto, a flexibilidade do level design nem sempre favorece abordagens criativas, especialmente em áreas de fortaleza onde aglomerados de inimigos podem limitar as opções do jogador e impedindo outras formas de passar sem ser visto.
Quando tudo dá errado e você é visto pelos inimigos, o caos acontece, mas o jogo não consegue lidar bem com a transição para um tiroteio aberto. As ferramentas de combate de Kay são muito limitadas, e a necessidade de alternar entre armas temporárias reforça a ideia de movimento constante. No entanto, isso pode levar a momentos de frustração, principalmente quando um fluxo interminável de Storm Troopers é desencadeado por um alarme, o que parece uma punição do jogo por não seguir o caminho furtivo.
Em momentos sem Nix, como em uma sequência particularmente notável, a ausência de suas habilidades faz com que Kay pareça estar operando com recursos limitados, sublinhando a importância de seu companheiro. Embora o minijogo de arrombamento baseado em ritmo e o desafio estilo Termo e Letreco sejam interessantes, eles podem ser desativados no menu para jogadores que preferem focar na ação e na furtividade.
Dominar as capacidades de Nix e explorar o potencial furtivo de Kay, porém, é extremamente recompensador. Em certos locais, é possível passar sem eliminar um único inimigo, o que proporciona uma sensação de realização única, tornando o uso inteligente dessas ferramentas um dos pontos altos da experiência. Mesmo que o jogo tenha suas limitações, especialmente em áreas de combate mais intensas, a combinação de furtividade, inteligência e ação rápida faz de Outlaws uma experiência envolvente e desafiadora.
Veículos
Jogar Outlaws oferece uma experiência que, em muitos momentos, evoca a sensação de desbravar os mundos em Uncharted. Kay, a protagonista, explora diversos ambientes ao escalar saliências e superfícies específicas, em uma mecânica que remete à série de aventura. Diferente de Assassin’s Creed, porém, aqui não há o uso do parkour, e as áreas escaláveis são tradicionalmente marcadas pela tinta amarela, que pode ser desativada para uma experiência mais imersiva e limpa. Mas a exploração de Kay vai muito além de simples escaladas.
Embora não possa dirigir diretamente no mundo aberto, Kay possui a habilidade de chamar seu Speeder a qualquer momento. Esse veículo é essencial para que ela se desloque rapidamente pelos terrenos variados dos planetas. Além disso, Kay conta com sua nave estelar, a Trailblazer, para realizar viagens interestelares. A necessidade de buscar atualizações obrigatórias para esses veículos pode, por vezes, desacelerar o ritmo da história. Contudo, a possibilidade de aprimorá-los através de mecânicos e fornecedores, utilizando peças coletadas ao longo da jornada, traz uma sensação de progresso e recompensa. Essas melhorias tornam os veículos mais ágeis, potentes e duráveis, o que enriquece a experiência de jogo.
Quando Kay monta em seu Speeder pela primeira vez, a diversão é instantânea. Saltos acrobáticos e manobras emocionantes fazem parte da travessia dos diversos terrenos dos planetas, tornando cada momento com o Speeder memorável. No entanto, é a Trailblazer que realmente brilha. Durante os combates espaciais, a nave destaca-se por sua manobrabilidade superior e sistemas de mira intuitivos, permitindo disparar com precisão contra os inimigos. A curva de aprendizado para dominar a nave é suave, e em pouco tempo os jogadores estarão eliminando esquadrões inteiros de caças TIE, transformando a Trailblazer em uma verdadeira estrela da aventura.
Mundo Aberto, Exploração e Secundárias
Star Wars Outlaws se destaca como o primeiro jogo de mundo aberto da icônica franquia, com a Ubisoft, conhecida por sua expertise em mundos expansivos, aplicando essa habilidade na criação de planetas detalhados e variados. Ao contrário de outros títulos da Ubisoft, criticados por exagerarem na escala dos mapas, Star Wars Outlaws encontra um equilíbrio eficaz, dividindo o jogo em diferentes planetas, cada um com biomas únicos e bem definidos. A colaboração entre a Massive Entertainment e a Lucasfilm resultou em uma recriação fiel e imersiva de locais icônicos como Tatooine, mas a verdadeira estrela do jogo é a lua savana de Toshara, onde os jogadores passarão a maior parte da história.
A experiência de viagem espacial e transição entre planetas em Star Wars Outlaws é comparável a uma versão mais enxuta do sistema de “pontos de interesse” encontrado em Starfield. Enquanto Starfield oferece uma infinidade de planetas gerados proceduralmente, Star Wars Outlaws apresenta cinco planetas feitos à mão, proporcionando uma experiência mais coesa e visualmente satisfatória. A transição entre esses planetas, embora disfarçada por telas de carregamento, é muito mais fluida, contribuindo para uma experiência de jogo contínua e imersiva.
O mundo aberto do jogo é repleto de atividades e conteúdo secundário, como visitar vendedores, participar de corridas de Fathier, ou até mesmo compartilhar uma refeição com Nix. No entanto, durante a campanha principal, o “mundo aberto” pode parecer restritivo, com Kay frequentemente limitada a um planeta específico devido a necessidades narrativas. Por exemplo, componentes da nave precisam ser adicionados em Toshara, ou bloqueios impostos por Jabba limitam a exploração em Tatooine. Somente após a conclusão da história principal o jogo se abre completamente, oferecendo a liberdade que muitos jogadores esperavam.
Embora Star Wars Outlaws seja promovido como um jogo de mundo aberto, algumas limitações são evidentes. Dos quatro planetas principais, apenas três—Toshara, Tatooine, e um terceiro não revelado—são totalmente exploráveis. Kijimi é mais restrito, limitado a uma grande cidade, o que pode decepcionar aqueles que esperavam uma área de mundo aberto mais expansiva.
Tatooine brilha como o destaque, com seus vastos assentamentos repletos de conversas e edifícios para explorar, oferecendo uma experiência rica tanto em conteúdo quanto em qualidade de construção do mundo. A nostalgia é um atrativo, mas a qualidade da ambientação e da escrita também contribui para sua importância.
No entanto, o conteúdo secundário, apesar de não estar repleto das atividades típicas da Ubisoft, enfrenta outro desafio. As recompensas para quase todas as missões secundárias ou contratos estão diretamente ligadas à posição do jogador com as facções do jogo, o que pode tornar algumas atividades repetitivas ou de menor impacto.
Em termos de exploração, os visuais dos mundos são impressionantes, mas a navegação pode ser desafiadora, com rotas e caminhos que nem sempre são intuitivos.
Reputação Entre Clãs
No jogo, a dinâmica de reptuação entre facções é crucial, pois favorecer um grupo pode prejudicar seu relacionamento com outro. Durante a jornada, você pode optar por aprofundar na relação com um dos clãs teve como um resultado “Excelente” em uma delas. No entanto, essa escolha pode ter um custo: a negligência de uma delas pode fazer com que você tenha a classificação mais baixa possível com uma dessas alainças, levando-os a enviar esquadrões da morte para te perseguir durante o jogo.
Encontrar um equilíbrio perfeito entre os quatro sindicatos parece ser uma tarefa inviável. Por isso, é sensato planejar com antecedência e descobrir quais novas áreas e pontos de viagem rápida são mais vantajosos. Além disso, avaliar quais cosméticos para Kay e seu blaster oferecem os melhores benefícios pode ser essencial.
Embora Star Wars Outlaws destaque repetidamente a importância das alianças com os clãs, os benefícios reais que você obtém são predominantemente cosméticos e de menor impacto. Mesmo que você esteja na pior classificação possível com um clã, é possível reverter a situação comprando itens que são facilmente adquiridos dentro do jogo.
O sistema de clãs também influencia a jogabilidade de maneira ocasional. Quando você é designado para uma área ligada a um clã específico, sua classificação pode resultar em ataques instantâneos por parte de inimigos. Embora essa mecânica possa parecer uma grande preocupação no início do jogo, ela tende a ser esquecida conforme você avança na trama, tornando-se um detalhe menor no geral.
Árvore de Habilidades
Um aspecto que me agradou bastante em Star Wars Outlaws foi a forma como a progressão de Kay é abordada. Ao contrário de muitos títulos anteriores da Ubisoft, onde o avanço do personagem está frequentemente preso a árvores de habilidades rígidas, este jogo adota uma abordagem mais fluida e adaptativa. Em vez de forçar os jogadores a seguir um caminho específico de habilidades, Kay desenvolve suas capacidades através de ações e conquistas durante a aventura por meio de personagens que ensinam a ela.
Por exemplo, a progressão de Kay ocorre ao realizar feitos como derrotar inimigos de maneiras específicas ou usar o Nix para completar determinadas ações. Essa abordagem permite que a evolução do personagem se ajuste de forma mais natural ao estilo de jogo do jogador, oferecendo uma experiência de desenvolvimento mais orgânica e personalizada. Ao eliminar a necessidade de desbloquear habilidades através de um sistema tradicional, o jogo proporciona uma sensação mais livre e dinâmica de progresso.
Gráficos
Star Wars Outlaws se destaca também pelas suas cenas cinematográficas, que, embora apresentem uma queda perceptível na qualidade em relação às cutscenes em CG polidas, ainda possuem um apelo suficiente para justificar a ideia de um filme ou série. Essas cenas, com seu estilo visual e narrativa cativante, oferecem um vislumbre fascinante do universo do jogo.
Analisando a parte técnica, é importante considerar o uso da engine Snowdrop. Embora a engine tenha oferecido um bom visual e qualidade, apresentava problemas em efeitos de fumaça, fogo, explossão e outros elementos, o que também é evidente em Star Wars Outlaws. Para compensar, o jogo parece fazer sacrifícios maiores em prol dos enormes mapas, resultando em efeitos pixelados em diversos objetos e até mesmo no cabelo e roupas de Kay além de uma boa quantidade de artefatos visuais quando o jogador movimenta a câmera em altas velocidades no speeder.
O jogo oferece três modos visuais. Após testar todos, optei pelo modo Qualidade, que foca em 40 quadros por segundo e entrega um equilíbrio satisfatório entre qualidade visual e desempenho. O modo Qualidade padrão trava em 30fps para uma imagem melhor, enquanto o modo Desempenho parece gerar a maior quantidade de artefatos e efeitos de baixa qualidade.
Durante nossa jogatina de Star Wars Outlaws no PS5, enfrentamos vários problemas técnicos que impactaram a experiência. Entre os problemas estavam personagens desaparecendo do mundo, nosso speeder também sumindo e nos deixando flutuando no ar enquanto acelerávamos por um planeta.
Trilha Sonora e Som
A trilha sonora é assinada pelo compositores Wilbert Roget II, Jon Everist e Kazuma Jinnouchi responsáveis por músicas de outros jogos da franquia Star Wars, Helldivers 2, Call of Duty, Overwatch e de animes e filmes como Detetive Pikachu, Jumanji, Ghost in the Shell, Suzume e muito mais.
Com um trio tão competente, as faixas de Star Wars Outlaws evocam o trabalho orquestral de John Williams da franquia de filmes, com todo o ar épico de uma odisseia espacial.
Um aspecto que merece destaque é o excepcional trabalho de dublagem realizado para o português brasileiro. As vozes escolhidas não só se encaixam perfeitamente com a personalidade dos personagens, como também foram ajustadas para refletir a diversidade cultural do jogo. Cada raça possui sotaques e idiomas distintos, um detalhe que enriquece a experiência e demonstra um cuidado notável com a autenticidade e a imersão.
Contudo, a tradução dos textos deixa a desejar em alguns pontos. É evidente que houve deslizes que podem ser atribuídos à falta de uma revisão mais meticulosa.
Vale a Pena?
Star Wars Outlaws oferece uma nova perspectiva no vasto universo de Star Wars, imergindo os jogadores em um cenário visivelmente mais perigoso. Desde os primeiros momentos em Canto Bight, onde Kay Vess explora bares e casas de jogo, o jogo mergulha profundamente no lado escuro e cruel da galáxia. Embora outros meios tenham explorado este ambiente, Star Wars Outlaws faz isso de forma autêntica e imersiva.
Apesar de alguns problemas de ritmo e da sensação de restrição em certas partes do jogo, Star Wars Outlaws proporciona uma experiência agradável de mundo aberto. É uma das explorações mais profundas do lado trambiqueiro e marginal do universo. A integração da história de Kay Vess na franquia mais ampla ainda é incerta, mas com revelações importantes na parte final do jogo, podemos antecipar grandes acontecimentos para o futuro dessa primeira aventura promissora.
No entanto, Star Wars Outlaws apresenta algumas limitações. Embora o jogo estabeleça vários Dindicatos de forma forte no início, esses acabam se tornando secundários conforme a história avança, fazendo com que o sistema de reputação pareça subutilizado. Enquanto Tatooine é bem explorado, outros planetas não recebem a mesma atenção, deixando uma sensação de que o jogo poderia ter feito mais com seu rico universo.
Apesar das qualidades do jogo, ele é um misto de experiências positivas e decepcionantes. A narrativa e o personagem principal são amplamente envolventes, e as ferramentas de combate são intrigantes, mas muitos elementos ao redor revelam uma falta de profundidade. Star Wars Outlaws encantará os fãs de Star Wars com seu mundo e personagens autênticos, mas, além disso, oferece uma experiência jogável que pode ser frustrante e insatisfatória em alguns momentos. Em resumo, é um bom primeiro passo em direção a uma galáxia mais expansiva, mas ainda não se destaca entre as melhores aventuras da franquia.
Notas do Jogo
Título: Star Wars Outlaws
Descrição do jogo: Aposte tudo na pele Kay Vess, uma vigarista em ascensão em busca de liberdade e meios para começar uma nova vida. Lute, roube e trapaceie para subir os degraus dos sindicatos do crime e entrar para o rol dos mais procurados da galáxia. A galáxia está cheia de oportunidades para quem tem coragem de arriscar.
Gênero: Aventura e Mundo Aberto
Lançamento: 30/08/2024
Produtora: Ubisoft Entertainment
Distribuidora: Ubisoft Entertainment
Nota
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História - 8/10
8/10
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Jogabilidade - 7.5/10
7.5/10
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Gráficos - 7.5/10
7.5/10
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Trilha Sonora e Som - 9/10
9/10
Veredito
Star Wars Outlaws oferece uma nova visão do universo de Star Wars, imergindo os jogadores no perigoso submundo da galáxia. O jogo começa em Canto Bight, explorando bares e casas de jogo, e mergulha no lado mais sombrio e cruel da franquia de forma autêntica e envolvente.
Apesar de uma experiência geral agradável de mundo aberto, o jogo enfrenta problemas de ritmo e restrições em certas áreas. A integração da história de Kay Vess com a franquia principal é promissora, mas alguns elementos, como os sindicatos e a diversidade de planetas, são subutilizados. Embora a narrativa e o personagem principal sejam cativantes, a falta de profundidade em vários aspectos pode ser frustrante.
Star Wars Outlaws é um passo positivo em direção a uma galáxia mais expansiva, mas não se destaca entre as melhores aventuras da franquia.
Vantagens
- Universo bem retratado
- Muitas referências à tradição de Star Wars
- Kay e Nix são bons protagonistas
- CGIs são impressionantes, mesmo em quantidade reduzida
Desvantagens
- Problemas de ritmo nas missões obrigatórias;
- Algumas partes limitam o mundo aberto do jogo;
- Sistema de reputação mal elaborado;
- Conteúdo secundário é repetitivo e não recompensa bem;
- Combate e furtividade parecem inflexíveis e limitantes.
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