Um tweet viral deturpou uma declaração da Sony, sugerindo que a empresa planejava tornar o PlayStation totalmente multiplataforma, assim como a Microsoft. A confusão surgiu após uma teleconferência de resultados na qual a Sony mencionou “abandonar um modelo centrado em hardware”. Sem o contexto completo, muitos interpretaram como um anúncio de que os exclusivos do PlayStation chegariam a outras plataformas. Mas não é bem assim.
A citação real, registrada pelo SeekingAlpha, revela que a Sony está reorientando seus negócios para a criação de conteúdo, não abandonando o hardware. A empresa destacou que 60% de sua receita já vem de entretenimento (música, filmes e jogos), com investimentos em áreas como streaming (Crunchyroll) e catálogos musicais (EMI).
No setor de jogos, a estratégia é aumentar o engajamento da comunidade, não necessariamente lançar jogos em consoles rivais. A Sony reforçou que PlayStation 6 está em desenvolvimento, mantendo sua identidade como fabricante de hardware.
A declaração completa e sem edições pode ser lida abaixo:
Então, o investimento na Bandai e, claro, estamos migrando para a criação. Por exemplo, os três negócios de entretenimento representam basicamente 60% da nossa receita consolidada. Então, basicamente, nosso portfólio de negócios está migrando mais para a criação.
E, quanto aos negócios de eletrônicos e TV, em comparação com dispositivos de saída, estamos migrando para dispositivos de criação que incluem câmeras digitais. Como resultado, estamos observando maior estabilidade na lucratividade e na receita, e também a produtividade do nosso desempenho está aumentando. E nesse contexto, por exemplo, no negócio de música, a Music Streaming e a EMI Music Publishing foram adquiridas, e então aumentamos o catálogo musical.
E, como mencionei no discurso, no setor de jogos, a mudança de um negócio centrado em hardware para um negócio mais voltado para o engajamento comunitário tem aumentado. Portanto, agora que fazemos a transição para a criação de entretenimento, a estabilidade e a produtividade estão aumentando, nosso desempenho está melhorando. Portanto, essa revisão para cima pode não ter sido um resultado direto disso. No entanto, a publicação musical, a aquisição de um catálogo musical e a aquisição da Crunchyroll são áreas em que estamos vendo crescimento. E, como portfólio, temos expandido nossos negócios e também melhorado nossa lucratividade.
Conclusão: A mudança é sobre diversificação, não abandono do modelo atual. Enquanto a Microsoft abraçou o multiplataforma, a Sony parece focada em expandir seu ecossistema sem descartar exclusivos.
Artigo Original Incorreto
A notícia já circulava em rumores, mas foi durante o relatório trimestral de lucros que a Sony oficializou o que muitos esperavam: a empresa está abandonando a estratégia de exclusividade para abraçar um modelo multiplataforma. O movimento segue os passos da Microsoft, priorizando alcançar o maior número possível de jogadores, independentemente do hardware.
Helldivers 2, que já era alvo de especulações sobre um possível lançamento no Xbox, agora tem sua expansão confirmada. Sadahiko Hayakawa, vice-presidente sênior da Sony, deixou claro o objetivo:
“No ramo de jogos, estamos deixando de lado um modelo de negócio centrado em hardware e migrando para um negócio de plataforma que expande a comunidade e aumenta o engajamento.”
A ideia é simples: construir bases de jogadores mais amplas, mesmo entre aqueles que nunca tiveram um PlayStation.
Mas isso não significa o fim dos consoles. Tanto o PlayStation 6 quanto o próximo Xbox já estão em desenvolvimento, mantendo viva a rivalidade entre as gigantes. A diferença é que, daqui em diante, a guerra não será travada por exclusivos, e sim por potência, preço e outros fatores decisivos para os consumidores.
Enquanto Sony e Microsoft se espalham por todas as plataformas, a Nintendo parece ser a única que manterá sua tradição: jogos feitos apenas para seu hardware.